Rua Vítor Cordon - (finais do séc. XIX) Foto de autor não identificado (Retrato de "António Macedo Papança" (1º Conde de Monsaraz", possivelmente em finais do século XIX) in ALENTEJO DO PASSADO
Rua Vítor Cordon - (ant. a 1952) Foto de Firmino Marques da Costa (Edifício na "RUA VÍTOR CORDON", onde viveu e faleceu o "Conde de Monsaraz") in AFML
Rua Vítor Cordon - (1952) - Foto de Cláudio Madeira (Descerramento da lápide em homenagem ao "CONDE DE MONSARAZ" referente ao centenário do seu nascimento) in AFML
Rua Vítor Cordon - (1952) -Foto de Cláudio Madeira (Cerimónia do descerramento da lápide em homenagem ao "CONDE DE MONSARAZ" por ocasião do centenário do seu nascimento 18.07.1852) in AFML
Rua Vítor Cordon - (1955) - Foto de Armando Serôdio (Edifício na "RUA VÍTOR CORDON" onde residiu e faleceu o "CONDE DE MONSARAZ") in AFML
(CONTINUAÇÃO) - RUA VÍTOR CORDON [ VIII ]
«CASA ONDE FALECEU O 1º CONDE DE MONSARAZ»
Por ocasião das comemorações do centenário do nascimento de «ANTÓNIO MACEDO PAPANÇA - 1º CONDE DE MONSARAZ», mandou a Câmara Municipal de Lisboa colocar uma lápide entre os números 5 e 7 do edifício na «RUA VÍTOR CORDON», em 18 de Julho de 1952, casa onde o poeta e político faleceu. Também por designação camarária de 13.07.1933, foi atribuído o topónimo da «RUA CONDE DE MONSARAZ» que começa na «RUA CESÁRIO VERDE» e termina na «RUA MESTRE ANTÓNIO MARTINS», na freguesia da «PENHA DE FRANÇA».
Foi único "Visconde" e «1º CONDE DE MONSARAZ», «ANTÓNIO DE MACEDO PAPANÇA», que nasceu em «REGUENGOS DE MONSARAZ» a 18 de Julho de 1852 e faleceu em LISBOA na «RUA VÍTOR CORDON» a 17 de Julho de 1913.
Passou a sua infância na «QUINTA DAS VIDIGUEIRAS» e fez os seus estudos secundários na «ESCOLA ACADÉMICA DE LISBOA». Com 17 anos matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra onde, em 1874 obteve o grau de Bacharelato.
No ano de 1875 em Coimbra, «CESÁRIO VERDE» conhece e faz amizade com «MACEDO PAPANÇA». Consta que o poeta «Macedo Papança» residiu também na «RUA DOS CORREEIROS», nos anos 70/80 do século XIX. Esta casa terá constituído um dos mais notáveis centros Culturais da cidade. Lá se reuniram «CESÁRIO VERDE» (já nos seus últimos tempos), «GUERRA JUNQUEIRO», «FERNANDO CALDEIRA» e o então jovem «EUGÉNIO DE CASTRO».
Anos mais tarde (1933) estava novamente junto de «CESÁRIO VERDE», mas desta vez, por nome de "RUAS", na freguesia da «PENHA DE FRANÇA».
Ingressou na vida política como militante do «PARTIDO PROGRESSISTA» e foi eleito deputado pelo círculo de Évora em 1886. Mais tarde, em 1898, foi par do Reino.
Casou em 1888 com «D. AMÉLIA AUGUSTA FERNANDES COELHO SIMÕES», filha de um grande proprietário e negociante da «FIGUEIRA DA FOZ» e, também, membro do partido. Deste casamento nasceu em 28.02-1889 um único filho, «ALBERTO DE MONSARAZ» que viria a ser o «2º CONDE DE MONSARAZ».
Foi, porém, como escritor que «ANTÓNIO DE MACEDO PAPANÇA» mais se distinguiu. Já como aluno universitário evidenciava a sua disposição poética, com o poema "AVANTE", alusivo à festa cívica anual que em COIMBRA se celebrava a 8 de Maio. O seu nome como poeta de elevado lirismo estava feito. Colaborou em vários jornais e revistas da época, traduziu peças de Teatro, representadas com o maior aplauso nos Teatros de «D. MARIA II» e «D. AMÉLIA» (actual S. LUÍS).
Em 1908 publica a "MUSA ALENTEJANA", notável colectânea de inspiradas poesias ele elegância da forma e do pensamento.
São publicadas obras do poeta em dois volumes com o título: «OBRAS DE MACEDO PAPANÇA, CONDE DE MONSARAZ», LISBOA, 1892 (onde incluía as poesias de 1882 a 1891), pelo livreiro-editor «M.GOMES».
Por Decreto de «D. LUÍS» em 17 de Janeiro de 1884, foi concedido a «ANTÓNIO DE MACEDO PAPANÇA» o título de «VISCONDE DE MONSARAZ». «D. CARLOS», por Decreto de 3 Janeiro de 1890, concedeu-lhe o título de «CONDE DE MONSARAZ».
Em 1906 é agraciado com a "COMENDA DA ORDEM DE S. TIAGO DE ESPADA" e em 1907 com a "GRÃ-CRUZ DA ORDEM DE AFONSO XII", de Espanha.
Sócio da Academia Real das Ciências (na classe de letras), da "Academia Brasileira de Letras" do "Instituto de Coimbra" e da "Sociedade de Geografia de Lisboa".
Depois da proclamação do regime republicano, exilou-se voluntariamente (como fervoroso monárquico que era), na SUIÇA, onde aproveitou para se tratar, passando depois a PARIS, onde se fixou com a família.
Na primavera de 1913 regressa a Portugal à sua casa na «RUA VÍTOR CORDON» e, poucos meses depois, no dia 17 de Julho falecia na sua residência em LISBOA. O seu corpo encontra-se sepultado na terra de sua esposa na «FIGUEIRA DA FOZ».
(CONTINUA)-(PRÓXIMO) - «RUA VÍTOR CORDON [ IX ] -MUSEU NACIONAL DE ARTE CONTEMPORÂNEA-MUSEU DO CHIADO»
Se conheço a Rua Victor Cordon mais ou menos, é precisamente porque andei no Quíron, a escola de astrologia da Filha do Sr. Conde, Maria Fávia de Monsaraz, uma grande Senhora.
ResponderEliminarObrigada por nos trazer estas imagens tão gratas.
:)
Cara Coruja
ResponderEliminarEu é que agradeço as suas palavras e a restante informação.
Pensava que os familiares do sr. Conde tinham deixado de residir nesta casa.
Já lá vai uns aninhos (2008) que não aparecia a comentar. Mas compreendo que por vezes não é fácil comentar determinados assuntos.
Um bom 1º de Maio
Cordialmente
APS
Eu viví nesta casa do ano 1995 até o ano 2003, na altura trabalhava em Lisboa como representante dum banco alemao.
ResponderEliminarAntónio de Monsaraz, filho do poeta vivia lá no primeiro andar e eu no segundo e terceiro que foi construido depois do que mostram as fotografias.
Ele falleceu no propio ano 1995 na sua propriedade no Alentejo e depois o primeiro andar foi transforamdo em Centro Astrologico.
Tinha-se uma vista maravilhosa sobre o mar da palha, até mais alem da Ponte 25 de abril.
Penso hoje que foram os melhores anos da minha vida.
Cara Fofinha
ResponderEliminarRealmente tanto o Palácio dos Condes de Vila Franca, depois "Ribeira Grande"(o edifício a seguir para Norte), conhecido também pela FNAT ou mais recentemente INATEL, juntamente com o edifício onde faleceu o "Conde de Monsaraz", deviam ter umas boas vistas, eles estavam num sítio bastante privilegiado em altura. Esse lugar em tempos muito recuados, era chamado pela ravina do "Monte Fragoso".
Despeço-me com amizade
Cumprimentos
APS