Rua Norberto de Araújo - (1939) Desenho de A. Vieira da Silva (Lanço Oriental da Cerca Moura de Lisboa - Escala 1:1000 - O traço a preto é a planta topográfica actual da região. O traçado a vermelho é a planta anterior ao Terramoto de 1755. As legendas a preto e a vermelho são as correspondentes às mesmas épocas. A cor verde representa a "RUA NORBERTO DE ARAÚJO", a cor amarela a "Rua da Adiça". A letra (A) indica o local da "Casa dos Arcos", a letra (B) o sítio do "Limoeiro") in Publicações Culturais da C.M.LISBOA
Rua Norberto de Araújo - (2007) - (Panorama da localização em ALFAMA da "RUA NORBERTO DE ARAÚJO") in GOOGLE EARTH
Rua Norberto de Araújo - (entre 1950 e 1970) Foto de Amadeu Ferrari (A "RUA NORBERTO DE ARAÚJO" junto à "Cerca Moura de Lisboa") (Esta foto abre em tamanho grande) in AFML
Rua Norberto de Araújo - (entre 1890 e 1945) Foto de José Artur Leitão Bárcia (A "Casa dos Arcos" na "Rua Norberto de Araújo" vista na parte virada a Sul) (Esta foto abre em tamanho grande) in AFML
Rua Norberto de Araújo - (entre 1930-1939) Foto de Eduardo Portugal ( A "Casa dos Arcos" e a "Torre das Portas do Sol", na "RUA NORBERTO DE ARAÚJO") in AFML
Rua Norberto de Araújo - (entre 1930 e 1933) Foto de Eduardo Portugal (A "Rua Norberto de Araújo" a fresta gradeada à esquerda em cima é a casa da guarda do Limoeiro. O paredão com latada à direita é o jardim de "Júlio de Castilho" junto da "Igreja de Santa Luzia") in AFML
-RUA NORBERTO DE ARAÚJO [ I ]
«A RUA NORBERTO DE ARAÚJO E SEU ENQUADRAMENTO»
A «RUA NORBERTO DE ARAÚJO» pertence à freguesia de «SÃO MIGUEL», começa na «RUA DA ADIÇA» no número 68 e termina em escadaria no «LARGO DAS PORTAS DO SOL».
Esta artéria era conhecida (ainda assim chamada em 1888) por «RUA DA ADIÇA», passou mais tarde a chamar-se «CALÇADA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA».
Por Edital de 22 de Junho de 1956, um troço da «CALÇADA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA» a partir dos números 53 e 70 (actualmente números 1 e 2A), foi denominada «RUA NORBERTO DE ARAÚJO», ficando a parte Sul da "Calçada" com o topónimo de «RUA DA ADIÇA», finalizando a Sul com a «RUA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA».
Sabe-se que a Muralha Moura descia das "Portas do Sol", pela antiga «RUA DA ADIÇA» (designação já do século XVI), depois «CALÇADA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA», em cujo primeiro lanço alto de escadaria se pode observar ainda a parte da Muralha antiga, onde assenta a «IGREJA DE SANTA LUZIA», (cuja edificação teve início no século XII, a expensas da "Ordem de Malta"), seguindo para a parte Sul, em ângulo com o casarão do «LIMOEIRO», onde a artéria fazendo um pequeno desvio, descia até ao local em que se abria a «PORTA DE ALFAMA».
No ano de 1573 tinha já a cidade umas casas na «RUA DA ADIÇA» (depois "Calçada de S. João da Praça") acima da já desaparecida «IGREJA DE SÃO PEDRO», subindo pela dita rua no lado esquerdo, ao longo do muro que dá para o «LIMOEIRO».
Muitas e variadas aplicações tem merecido este edifício do «LIMOEIRO», ou melhor as que se lhe têm sucedido (no local onde hoje se encontra), de tantas obras tem sido objecto, que dificilmente se torna imaginar a sua planta inicial.
O traçado da muralha da «CERCA MOURA DE LISBOA» na sua fachada para oriente, passava sensivelmente entre o edifício do «LIMOEIRO» e as casas que têm entrada pela antiga «Calçada de São João da Praça» actual «RUA NORBERTO DE ARAÚJO» ou a mais antiga ainda a velha «RUA DA ADIÇA».
Num grande prédio, onde esteve instalada uma padaria, com o número 6 e 8, entre a «RUA DA GALÉ» e a antiga «RUA DA ADIÇA», foi o local da antiga «IGREJA PAROQUIAL DE SÃO PEDRO DE ALFAMA», erigida em 1344 por «D. AFONSO IV». O Terramoto de 1755 destruí-a totalmente e não mais se reedificou neste sítio, passando a paróquia para «ALCÂNTARA».
Uma casa que se situa nesta artéria (sensivelmente mais a Norte da rua), de uma certa beleza pitoresca, não se observa na frente, o que esconde de mais interessante. Era chamada da «CASA DOS ARCOS», e só se distingue ao longe, desde o adro da «IGREJA DE SANTO ESTEVÃO». Possivelmente com alguma história, embora não se conheça muito bem. Nas traseiras da casa mostra essas arcadas de volta perfeita sobre terraços muito modestos. Com uma cisterna no lanço estreito da entrada, e um oratório ou nicho, hoje inexpressivo. Mas tudo leva a crer que este semblante pitoresco, encobre hoje qualquer feição religiosa do tempo antigo, e da qual não ficou justificação escrita. No quintal abandonado, cresciam ervas e couves.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)-«RUA NORBERTO DE ARAÚJO [ II ]-NORBERTO DE ARAÚJO, UM ALFACINHA DE RAZÃO E CORAÇÃO (1 )»
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