Rua de Dona Estefânia - (2012) (A entrada da extensa "Rua de Dona Estefânia" pelo lado Norte) in GOOGLE EARTH
Rua de Dona Estefânia - (2012) (A "Rua de Dona Estefânia" no seguimento do muro do "Hospital" à direita e na esquerda a "Travessa de Dona Estefânia") in GOOGLE EARTH
Rua de Dona Estefânia - (2012) (A "Rua de Dona Estefânia" no sentido Sul para Norte, junto ao muro do "Hospital dona Estefânia" na nossa direita) in GOOGLE EARTH
Rua de Dona Estefânia - (2012) - (A "Rua de Dona Estefânia" na parte Norte junto da "Avenida Duque de Ávila") in GOOGLE EARTH
Rua de Dona Estefânia - (1961) Foto de Arnaldo Madureira (Edifício na "Rua de Dona Estefânia" nº 17, esquina com a "Rua Joaquim Bonifácio") in AFML
Rua de Dona Estefânia - (1961) - Foto de Artur Goulart (Antiga "Agência do Banco Pinto & Sotto Mayor" na "Rua de Dona Estefânia, número 48-A) in AFLM
Rua de Dona Estefânia - (ant. a 1961) Foto de Arnaldo Madureira - (Prédio para demolir, revestido de azulejos, com varandas de sacada em ferro forjado assentes em mísulas, na "Rua de Dona Estefânia" número 19, esquina para a "Rua Joaquim Bonifácio") in AFML
(CONTINUAÇÃO) - RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ II ]
«A RUA DE DONA ESTEFÂNIA E SEU ENQUADRAMENTO(2)»
A Quinta da rainha «D. CATARINA DE BRAGANÇA» era realmente muito espaçosa, faziam parte dela o «BAIRRO ESTEFÂNIA» e ainda seguia para os lados do "Matadouro" (hoje "Praça José Fontana") esta quinta beneficiava de um grande pitoresco com ares aprazíveis.
A família de «D. PEDRO IV» não pretenderam habitar o "Palácio da Bemposta" mandado construir possivelmente no ano de 1701, por vontade de "D. CATARINA" (Infanta de Portugal e Rainha de Inglaterra, viúva de "CARLOS II") para sua residência. Apenas «D. PEDRO IV» ali permaneceu algum tempo, embora pouco, pois optou pelo «PALÁCIO DAS NECESSIDADES».
No ano de 1853 o governo entregou o edifício para a «ESCOLA DO EXÉRCITO», e a grande «QUINTA DA BEMPOSTA», parte dela passou para o «INSTITUTO AGRíCOLA» e para o «HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA», fundado pelo rei «D. PEDRO V» em 1860, como homenagem à gentilíssima e ideal princesa que tão breve tempo compartilhou o trono, mas que passou nesta terra portuguesa como um meteoro de amorosa luz.
Com a edificação do «PAÇO DA BEMPOSTA» começou a afluir concorrência ao local, e de campo propriamente dito, com terras de semeadura e raros moradores, veio a fazer-se um sítio aristocrático, procurado pela fidalguia, que começou a construir casas para si e para os familiares.
A "ESCOLA DO EXÉRCITO" tem sido aumentada e é um bom Instituto, perfeitamente instalado, porquanto, apesar da qualidade de prédios, uns de boa aparência, outros nem tanto, o sítio é agradável e desafogado. De há uns anos para cá tem-se realizado grandes melhoramentos. A actividade da segunda metade do século XIX produziu obras que nem sonhadas foram durante séculos.
À uniformidade pesada, matemática, das edificações pombalinas, sucedeu a arquitectura ligeira, caprichosa e sorridente de Lisboa. Quem viu aqueles terrenos do «BAIRRO ESTEFÂNIA» nem quase os reconhece! Terras de semeadura, aqui e além uma pequena habitação de caseiros, noras gemendo melancolicamente em noites de luar.
Belas ruas cruzam agora aquelas propriedades agrícolas; palacetes de gracioso aspecto, estabelecimentos de todos os géneros, é uma pequena cidade aquele bairro sadio e vistoso.
Mas também existiram tempos que passar por aqueles sítios era muitíssimo arriscado, principalmente de noite.
Passando o belo «HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA», era nesse tempo quase tudo deserto. Existiu um determinado anúncio dessa época, no qual se oferecia uma professora para estabelecer residência por ali, caso lhe assegurassem determinado número de aulas. Era como se fosse questão de ir assentar arraiais nos sertões africanos... Hoje as dificuldades para estabelecimentos de colégios no «BAIRRO ESTEFÂNIA» são justamente motivados pela concorrência, tantas são as casas de ensino particular que por ali se instalaram.
Se da «RUA DE DONA ESTEFÂNIA», descendo, tomarmos a direcção da "ESCOLA AGRÍCOLA", e nos orientarmos para "S. SEBASTIÃO DA PEDREIRA", passando pelo "LARGO DO MATADOURO" (hoje "Praça José Fontana"), onde existe um jardim elegante. No cimo estava um grande edifício, onde eram abatidas as reses para consumo público. Dizem que era o estabelecimento à altura dos melhores que existia, e o processo usado para matar os animais nada deixava a desejar.
Por esses sítios encontra-se agora o gigante das comunicações a "PORTUGAL TELECOM, SGPS, S.A." ou "Grupo PT".
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)-«RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ III ] - A RAINHA DONA ESTEFÂNIA».
Por esses sítios encontra-se agora o gigante das comunicações a "PORTUGAL TELECOM, SGPS, S.A." ou "Grupo PT".
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)-«RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ III ] - A RAINHA DONA ESTEFÂNIA».