Rua de Dona Estefânia - (2012) - (Uma relação de paixão e cumplicidade com D. Pedro, dizia a autora do livro "SARA RODI", publicação da "a esfera do livros") in FAMILIA REAL PORTUGUESA
Rua de Dona Estefânia - (2007) - (Vista panorâmica do "Hospital de Dona Estefânia" de nascente para poente. A entrada principal fica virada para a "Rua Jacinta Marto" (antigo troço da "Rua Joaquim Bonifácio" in GOOGLE EARTH
Rua de Dona Estefânia - (Século XIX) (Escudo bipartido com o Brasão "Real Português" à esquerda e o Brasão da casa "Hohenzollern" à direita, na parte de cima da entrada principal do "Hospital Dona Estefânia") in CENTRO HOSPITALAR DE LISBOA
Rua de Dona Estefânia - (Início do séc. XX) Foto de autor não identificado (O "Hospital Dona Estefânia" entrada principal pela "Rua Jacinta Marto") in AFML
Rua de Dona Estefânia - (Século XIX) Gravura de J. Novaes Jr (O Hospital de Dona Estefânia" gravura do século dezoito) in LISBOA ANTIGA e LISBOA MODERNA
(CONTINUAÇÃO) - RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ III ]
«A RAINHA DONA ESTEFÂNIA»
A «D. ESTEFÂNIA JOSEFINA FREDERICA GUILHERMINA ANTÓNIA» era princesa com um título de pronúncia quase impossível nestas paragens meridionais: de HOHENZOLLERN - SIGMARINGEN.
Nascida em 1837, era dois meses mais velha que o seu futuro marido. Viveu boa parte da sua juventude na SUÍÇA, mas foi já depois do regresso à Alemanha que viria a ser pedida em casamento pelo rei português em 1857.
Claro que, à boa maneira da época, os noivos praticamente não se conheciam antes da chegada de D. ESTEFÂNIA a Portugal.
O pedido foi feito pelo CONDE DE LAVRADIO, depois, o casamento foi celebrado em BERLIM, por procuração, sendo o nosso «D. PEDRO» representado por seu cunhado o príncipe "LEOPOLDO", irmão da noiva, a seguir a princesa ainda passou por várias cortes europeias, acompanhada por uma embaixada portuguesa, chefiada pelo «DUQUE DA TERCEIRA».
Só em 18 de Maio de 1858, na IGREJA DE SÃO DOMINGOS, amplamente engalanada para o efeito, o monarca e a noiva se encararam finalmente, perante o cardeal-patriarca "D. GUILHERME", para confirmarem os votos nupciais.
Rezam as crónicas que, milagrosamente, se apaixonaram. e, convenhamos, com as idades que tinham e não tendo nenhum deles muito por onde escolher, o milagre não era difícil.
O certo é que, no escasso ano e pouco em que viveram juntos, deram sempre ideia de um casal unido. Lenda ou realidade, diz-se que muitas vezes "D. ESTEFÂNIA" tratava o marido por "São Pedro".
Ao moço rei (subiu ao trono aos 16 anos, embora até aos 18 fosse seu pai, "D. FERNANDO II", a assumir a regência) não sobrou muito tempo para devaneios amorosos antes dos esponsais com "D. ESTEFÂNIA". No entanto, os bisbilhoteiros da época anotaram (ou inventaram) uma breve inclinação por uma cantora do "São Carlos", a bela "Emília Ranzi". Dizia-se nos mexericos que a real figura, sentada no seu camarote, só tinha olhos para a italiana e que esta até se distraia na execução dos papeis, a ponto de lhe ser chamada a atenção pelo director de cena. O actor "João Anastácio Rosa".
Verdade? Mentira? Fica a historieta.
O certo é que o casal PEDRO/ESTEFÂNIA ficou nas memórias e nos corações deste povo. A pobre Rainha, casada havia um ano, contraiu, durante uma permanência em «VENDAS NOVAS», uma angina diftérica.
Durou nove dias, morrendo em LISBOA, a 17 de Julho de 1859, completava 22 anos e dois dias. O marido durou mais dois anos; o seu temperamento nervoso, a sua propensão para a tristeza e para as doenças, facilitaram o trabalho da moléstia que o vitimou.
Poucos casais - reais e não só - se terão entranhado tanto no gosto popular como este jovem par formado por el-Rei "D. PEDRO V" (O Esperançoso) e pela menina que foi sua mulher. Tiveram juntos uma daquelas histórias que muito bem se enquadrou ao gosto romântico da época, ambos novos, ambos bonitos, ambos bondosos, ambos mortos de prematura idade - ela aos 22, ele aos 24 anos.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ IV ]-O HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA ( 1 )»
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