Terreiro do Paço - (Primeiro Quartel do século XVIII) autor desconhecido (Painel de azulejos representando a vista de LISBOA entre o Palácio dos Condes de Miranda, o lugar mais a Ocidente, e o Convento de Stª. Maria de Jesus de Xabregas. Nesta caso no particular temos só o TERREIRO DO PAÇO, lugar do poder político e económico. A sua produção data entre 1700 e 1725, sendo em azulejos de faiança azul e branca. O painel pertenceu ao antigo Palácio dos Condes de Tentúgal no Largo de Santiago, em Lisboa. A sua venda foi anunciada no D.G. em 11 de Abril de 1843 e a aquisição feita pelo Marquês de Sousa Holstein para a Real Academia de Belas-Artes, tendo dado entrada nas colecções do Museu de Belas-Artes e Arqueologia instalado no Palácio Alvor em Lisboa, actual Museu Nacional de Arte Antiga, onde esteve exposto desde 1903 na entrada principal do Museu. O painel foi transferido em 1965 para o MUSEU DO AZULEJO, aberto ao público em 1970, por sinal instalado no Convento da Madre de Deus, na zona Oriental de Lisboa-Xabregas) in MUSEU NACIONAL DO AZULEJO
Terreiro do Paço - (Século XVIII) Banda Desenhada (O aspecto de LISBOA no século XVIII em Banda Desenhada, vista pelos olhos e pincéis de dois Belgas: JACQUES MARTIN e LUÍS DIFERR, publicado no Facebook de JOSÉ VALENTE) in JOSÉ VALENTE - FACEBOOK
Terreiro do Paço - (Séc. XVIII) Desenho de autor não identificado (O "PALÁCIO DA RIBEIRA" no Terreiro do Paço, no início do século dezoito) in WIKIPÉDIA
Terreiro do Paço - (Século XVII) (Gravura em cobre de Ioam Schorquens-1619-1622) (Esta gravura representa o desembarque de FILIPE III no Terreiro do Paço, em 29 de Junho de 1619. Lisboa que se encontra engalanada, desde a casa do Marquês de Castro Rodrigo a Ocidente, até à zona do Mercado a oriente. Este já se encontrava instalado na Ribeira Velha para onde, entretanto, foi transferido. Vê-se com relativo pormenor, as barracas das vendedeiras. O Torreão encontra-se já com as remodelações introduzidas por FILIPE TERZI, por ordem de FILIPE II. Na parte superior, ao centro, lê-se: DESEMBARCACION de SV. M. EN LISBOA ) in MUSEU DA CIDADE
(CONTINUAÇÃO) - TERREIRO DO PAÇO [ III ]
«O PAÇO DA RIBEIRA ( 3 )»
Nem o esforço de renovação da arquitectura portuguesa, em que D. JOÃO V pôs bastante empenho, produziu alterações significativas no PAÇO DA RIBEIRA.
O rei preferiu, então, a construção de um novo Palácio em LISBOA, para o que foi chamado, de TURIM, o arquitecto FILLIPPO JUVARRA. Abandonando a ideia, consagrou-se às obras de MAFRA e do PALÁCIO DAS NECESSIDADES.
Não deixou, no entanto, D. JOÃO V de adaptar interiormente o velho edifício ribeirinho à CORTE BARROCA, onde os rituais de encenação do poder eram cada vez mais complexos.
Nas obras JOANINAS trabalhavam o arquitecto italiano ANTÓNIO CANAVARI que, além da escadaria de acesso aos aposentos da rainha e das obras de construção de água para o Paço, riscou uma nova Torre Sineira - Conhecida por TORRE DO RELÓGIO - e JOÃO FREDERICO LUDOVICE, que acrescentou ao Palácio um novo corpo.
No PAÇO funcionou, desde sempre, uma capela Real. Remodelada em 1610, foi transferida para o andar superior em 1619, aquando da visita de FILIPE III.
Sucessivamente adaptada a novos gostos, um viajante estrangeiro considerava, em 1730, nulo o seu valor arquitectónico, embora lhe notasse a vastidão e a excelência dos ornatos. A Capela real, que funcionava como SÉ PATRIARCAL, era então um templo de três naves e Capela-mor muito profunda.
Nas naves laterais, mais estreitas, distribuíam-se. de cada lado, quatro altares de talha dourada alternando com painéis de azulejos. Á CAPELA-MOR, de profundidade igual à do corpo da Igreja, depois das obras JOANINAS, era enriquecida com um ciclo pictórico de iconografia mariana, em relação, aliás com o orago da Capela, dedicado a NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO.
Em 1755 o conjunto palaciano foi enriquecido pela construção de um imenso TEATRO DE ÓPERA, segundo projecto feito pelo arquitecto e cenógrafo GIOVANNI CARLO BIBIENA e realizado por JOÃO PEDRO LODOVICE.
Com capacidade para seiscentos espectadores e uma riquíssima decoração interior, a "ÓPERA DO TEJO" - nome pelo qual também ficou conhecida - era uma das obras mais importantes da EUROPA.
O "PALÁCIO DA RIBEIRA" e todo o seu conjunto de anexos foram completamente destruídos pelo terramoto que abalou LISBOA no dia 1 de Novembro de 1755.
O REI D. JOSÉ, sucedendo ao trono de seu pai, nunca imaginou que cinco anos depois, todas aquelas grandezas, acumuladas por D. MANUEL, D. JOÃO III, D. SEBASTIÃO, o CARDEAL, os FILIPES, D. JOÃO IV, D. AFONSO VI, D.PEDRO e D. JOÃO V e algumas que ele próprio terá arranjado, haviam de desaparecer tão nefasto. Todas aquelas opulências se haviam de aluir, alargar-se de terriça, arder, sumir-se para sempre, com o terramoto.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«TERREIRO DO PAÇO [ IV ] O PAÇO DA RIBEIRA (4)»
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