Rua da Palma - (1930) - (Cartaz de caricaturas do elenco por AMARELHE) (Revista "O SENHOR DA SERRA" de Xavier de Magalhães, Lourenço Rodrigues e Álvaro Leal, com musica de Bernardo Ferreira, Raul Ferrão e F. de Freitas. Apresentada no "TEATRO APOLO" e depois no MARIA VITÓRIA. Com um elenco de: Filomena Casado, Ausenda de Oliveira, Carlos Leal, Maria Laura, Cremilda de Oliveira, Adelina Fernandes, Sales Ribeiro, António Gomes, Alda de Sousa e Alberto Miranda) in HISTÓRIA DO TEATRO DE REVISTA EM PORTUGAL
Rua da Palma - (1907) - (Cartaz dos autores da Revista "Ó DA GUARDA" de Luís Galhardo e Barbosa Júnior, estreada neste ano de 1907 no "TEATRO DO PRÍNCIPE REAL", com um êxito extraordinário) in HISTÓRIA DO TEATRO DE REVISTA EM PORTUGAL
Rua da Palma - (23.02.1911) - ( A actriz "CAMILA DE SOUSA" no papel de "O ESTIO" da revista "AGULHA EM PALHEIRO" representada no (antigo Teatro do Príncipe Real) saudoso "TEATRO APOLO", foi a primeira Revista verdadeiramente republicana) in HISTÓRIA DO TEATRO DE REVISTA EM PORTUGAL
Rua da Palma - (1911) - (Crítica publicada numa Revista da época referente a "AGULHA EM PALHEIRO" de Ernesto Rodrigues, Félix Bermudes e Marçal Vaz (Lino Ferreira), música de Filipe Duarte e Carlos Calderon, apresentada no "TEATRO APOLO", sendo a primeira Revista representada neste TEATRO com o novo nome) in RESTOS DE COLECÇÃO
(CONTINUAÇÃO) - RUA DA PALMA [ XVI ]
«O TEATRO APOLO ( 2 )»
Na Revista «Ó DA GUARDA» de Luís Galhardo e Barbosa Júnior, com musica de Filipe Duarte e Carlos Calderon, um do nosso trecho "DAS COPLAS" seleccionado referente à aparição do "MARQUÊS DE POMBAL" (desempenhado por ERNESTO DO VALE), dizendo assim em verso - O MARQUÊS: Não importa, que esse é bom. / Mas... falemos noutro tom: / Dizeis lá aos Liberais: / Se ainda os há ma minha grei, / que já não posso nem sei / de entre as cinzas gritar mais! / Que não me ergam monumentos / p'ra pedestal de pandilhas, / mas que olhem p'rós Conventos / onde morrem suas filhas! / Acudam às mães aflitas, / acudam à PÁTRIA inculta, / em poder dos JESUÍTAS / cuja seita vil exulta / do mal na negra vitória! / São eles que ainda procuram / apagar a liberdade, e nas trevas se conjuram / contra a luz, contra a vontade. / Vai e dizei-lhes ainda / que não reneguem a HISTÓRIA / da nossa terra tão linda! / Que ensinem o povo a ler, / pois já não posso outra vez / ir fazê-lo renascer / da fome e da estupidez.
Na rábula «OS CAVALHEIROS DE INDUSTRIA» referida à questão dos adiantamentos, o episódio de «AS CARTAS ROUBADAS», e o recitativo sobre "AS CONTRADIÇÕES DE LISBOA" que aqui deixamos em verso: "É LISBOA a si mesma bem contrária: / Diz a AVENIDA ser da LIBERDADE, / mas tem ao fundo a tal PENITENCIÁRIA / E andam sempre a vedá-la e com grade. / Defronte do CASTELO fica a GRAÇA, / Que não tem, isso não, graça nenhuma, / P'ra lá chegar, é mesmo uma desgraça, / Uma pessoa chega a deitar espuma. / Mas, para mim, o caso mais ratão, / Dentre tantas, tão várias chuchadeiras, / É uma RUA haver do CAPELÃO, / onde à certa não há frades nem freiras! / Onde o CRISTO não teve desprazeres, / Há um largo chamado do CALVÁRIO. / Cemitério se chama dos PRAZERES / Ao campo que é da dor o santuário. / É BOA HORA a casa fatalista / Onde em má hora a gente dava entrada; / A TAPADA é aberta e a BELA VISTA / É que p'los lados todos é tapada. / Mas uma coisa há mais piramidal, / A destacar de tanto caso incerto: / Haver uma receita eventual / Que é tudo quanto temos de mais certo. / A AJUDA não ajuda mesmo nada; / Sem custo só a sobem os Lanceiros; / No LARGO que se diz da ANUNCIADA, / Não há um só anúncio nem letreiro. / A RUA DA ALEGRIA é só tristeza, / A tal do BENFORMOSO é chuchadeira. / Na RUA DOS LAGARES, com certeza, / Não se faz nem azeite de purgueira. / Mas aquilo a que eu digo: te arrenego! / E me chega a dar volta cá ao barco, / É haver esse tal ARCO DO CEGO, / Sem ter cego e sem mesmo ter um arco! / Na RUA que é da ACHADA, nunca achei / Cousa alguma, até hoje, infelizmente. / Não me entendo e nem mesmo entenderei / Com o LARGO que se chama do INTENDENTE. / Na BICA DO SAPATO do Roteiro, / Há só bica, mas não há sapato: / Essa RUA DAS FLORES, se tem cheiro, / Não é delas, que mo diz o meu olfacto. / O tal LARGO existe o PARLAMENTO, / É DAS CORTES, essas Cortes afamadas, / Que se abrem de momento p'ra momento, / Mas estão sempre fechadas, [ ACTO I, 5.º QUADRO ].
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DA PALMA [ XVII ] - O TEATRO APOLO ( 3 )»
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