Praça Dr. Alfredo Cunha - ( 2016 ) - (A "PRAÇA DR. ALFREDO CUNHA" com saída à direita para a "RUA DAS PEDREIRAS") in GOOGLE EARTH
Praça Dr. Alfredo Cunha - (2016) - (Um dos lados da "PRAÇA DR. ALFREDO CUNHA" na freguesia de BELÉM) in GOOGLE EARTH
Praça Dr. Alfredo Cunha - (2016) - (O edifício do "DIÁRIO DE NOTÍCIAS" na "AVENIDA DA LIBERDADE" visto da Rotunda do Marquês) in GOOGLE EARTH
Praça Dr. Alfredo Cunha - ( 1910 ) - (Foto do Doutor Alfredo Cunha, no período em que representava o Diário de Notícias como Director) in WIKIPÉDIA
Praça Dr. Alfredo Cunha - ( 1890 ) - (Figura feminina de GEORGE SAINT-LANNE (1848-1912) - (A esposa do "Dr. Alfredo Cunha", Dona Maria Adelaide Coelho da Cunha) in WIKIPÉDIA
Praça Dr. Alfredo Cunha - ( 2005 ) - Foto de APS - (Antiga Sucursal do "DIÁRIO DE NOTÍCIAS" no ROSSIO - Praça D. Pedro IV - tendo no passado como Director o Dr. Alfredo Cunha) in ARQUIVO/APS
(CONTINUAÇÃO) - RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS (4.ª SÉRIE) [ XI ]
«PRAÇA DR. ALFREDO CUNHA ( 3 )»
«MARIA ADELAIDE COELHO DA CUNHA» esposa de "ALFREDO CUNHA", herdeira da maioria das empresas que o marido administrava, resolveu, abandonar a casa em 13.11.1918, desencadeando um grande escândalo na época. Foi depois revelado que "MARIA ADELAIDE" de 48 anos de idade, se tinha apaixonado pelo motorista da família, um jovem de 20 anos mais novo, tendo partido com ele para um esconderijo.
O casal foi rapidamente encontrado, sendo o rapaz preso na cadeia do PORTO, onde permaneceu quatro anos sem culpa formada, e MARIA ADELAIDE internada num hospital considerada louca. A interdição judicial não foi levantada pelo marido e o único filho do casal, então com 26 anos de idade, mantivera na sua posse toda a fortuna.
Libertada mais tarde, viveu na cidade do PORTO, onde o novo companheiro foi o "MOTORISTA". O "DRAMA", terá apaixonado a Alta Sociedade lisboeta do tempo, inspirou diversas obras, entre as quais "DOIDOS E AMANTES" de AGUSTINA BESSA LUÍS, o filme "SOLO DE VIOLINO" (1990), realizado por MONIQUE RUTLER. Existe ainda outro livro sobre o episódio com o título "DOIDA NÃO E NÃO" de MARIA ADELAIDE COELHO CUNHA, LISBOA, BERTRAND EDITORA publicado no ano de 2009.
Mas voltemos ao "nosso" jornalista "DR. ALFREDO CUNHA". Só em 1919, devido a alterações na constituição da Empresa proprietária do jornal, ALFREDO CUNHA deixaria a direcção, entregue então a AUGUSTO DE CASTRO.
Entretanto, quer na Redacção quer na Direcção, tinha mantido a orientação que fora fixada pelos fundadores: fazer um jornal politicamente imparcial e defensor das causas mais populares. Por outro lado, o DR. ALFREDO CUNHA tinha integrado várias comissões de defesa da IMPRENSA, tomando parte nomeadamente num CONGRESSO INTERNACIONAL sobre o tema e colaborando na ASSOCIAÇÃO DOS TRABALHADORES DA IMPRENSA, sendo também um precursor do SINDICATO DOS JORNALISTAS.
Deixou os jornais ainda cedo, pelo que passou a exercer outras actividades. Esteve, por exemplo, no "BANCO LISBOA & AÇORES" e na Administração dos TABACOS. Sem carácter remuneratório, trabalhou para o JARDIM ZOOLÓGICO e muitas outras instituições de cultura e beneficência. Publicou ainda numerosa obra, parte da qual subordinada à musa da POESIA ("ENDECHAS E MADRIGAIS", "O IMPOSTO DO BEM...). Vários trabalhos incidiram sobre figuras e história do jornalismo em PORTUGAL, com destaque para a biografia que fez de EDUARDO COELHO.
Foi membro da ASSOCIAÇÃO DOS ARQUEÓLOGOS PORTUGUESES e da SOCIEDADE PROPAGANDA DE PORTUGAL, tendo sido agraciado com a COMENDA DA ORDEM DE SANTIAGO (1903) e o OFICIALATO DA LEGIÃO DE HONRA (1905) e, igualmente com a PLACA DE HONRA ( 1919 ) e a da DEDICAÇÃO (1920) pela CRUZ VERMELHA.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS(4.ª SÉRIE)[ XII]-RUA CARLOS FERRÃO (1)».
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