Calçada Marquês de Tancos - (2011) - ("PALÁCIO MARQUÊS DE TANCOS" na Calçada com o mesmo nome , freguesia de SANTA MARIA MAIOR) in SIPA-MONUMENTOS
Calçada Marquês de Tancos - (2011) - (Palácio Marques de Tancos, portão do pátio de acesso ao andar nobre) in SIPA-MONUMENTOS
Calçada Marquês de Tancos - (entre 1898 e 1908) Machado & Sousa - (PALÁCIO MARQUÊS DE TANCOS nos séculos XIX princípio de XX) (ABRE EM TAMANHO GRANDE) in AML
Calçada Marquês de Tancos - Foto de Eduardo Portugal (1900-1958) (Possivelmente da segunda década do século XX) - (Parte baixa da CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS, podendo ainda se ver, a cúpula da IGREJA DE SÃO CRISTÓVÃO) (ABRE EM TAMANHO GRANDE) in AML
(CONTINUAÇÃO) - CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS [ II ]
«O PALÁCIO MARQUES DE TANCOS ( 1 )»
As coberturas do «PALÁCIO» são diferenciadas, com telhados de 2, 3 e 4 águas, revelando a disposição horizontal dos volumes. A extensa fachada SO, é animada horizontalmente pelas fileiras de janelas de parapeito no 3.º piso e de sacada com guarda de ferro no andar nobre; no piso 5 destaca-se uma fiada de janelas cegas que correspondem ainda às salas de pé-direito duplo do piso 4.º. Nas extremidades NO e SE duas janelas com varandas de ferro, correspondem a sala do piso 5. Os pisos Térreos, a SO, com portas e janelas correspondem a lojas e oficinas que o ocuparam, são revestidos por cantaria aparelhada.
Não se poderá dizer, com justiça, que seja de extraordinária beleza. Trata-se antes de uma imponente massa arquitectónica, com um aspecto de solidez e sobriedade, uma amostra de boa cantaria, residindo o seu encanto exterior sobretudo nas 15 janelas.
De qualquer forma, o edifício compensa em história qualquer carência que eventualmente se lha aponte no que respeita à formosura.
Para a história ser mais completa, diga-se que há notícias deste PALÁCIO desde tempos recuados.
No século XVI mais exactamente em 1539 já existia naquele local uma modesta CASA NOBRE que pertencia a "DOM ANTÓNIO DE ATAÍDE" (1500-1563), 1.º CONDE DE CASTANHEIRA. Sua filha "DONA JOANA DE ATAÍDE" casou com "DOM NUNO MANUEL" 2.º SENHOR DE ATALAIA, DE SALVATERRA E DE TANCOS. No início do século 17 aqui residiu o 1.º CONDE DE ATALAIA, "DOM FRANCISCO MANUEL DE ATAÍDE" é possivelmente o responsável pela transformação da casa Quinhentista num PALÁCIO. Novas ligações, por casamentos, dos titulares levaram a que o PALÁCIO fosse indicado em finais do século XVII, como a casa do CONDE DE "VALE DE REIS".
A família era a mesma e, entretanto, já no século XVIII o 6.º CONDE DE ATALAIA foi honrado com o título de «MARQUÊS DE TANCOS», "DOM JOÃO MANUEL DE NORONHA" (1679-1761) ( 1 ), que ampliou e restaurou o PALÁCIO . Estava encontrado, de forma mais ou menos definitiva, o nome do PALÁCIO e da CALÇADA que o serviu.
Irmão do 1.º MARQUÊS DE TANCOS era "DOM JOSÉ MANUEL DEÃO " da SÉ PATRIARCAL, elevado em 1734 a CARDEAL-PATRIARCA DE LISBOA.
Chega o Terramoto de 1755. O PALÁCIO estava habitado, mas escassos foram os danos sofridos. Assim, depois do sismo, continuou a ser ali a morada dos MARQUESES DE TANCOS.
Mantiveram-se estes no PALÁCIO até ao 4.º FIDALGO com esse título, "DOM DUARTE MANUEL", que era também 9.º CONDE DE ATALAIA. Na segunda metade do século XIX, tudo se iria transformar.
- ( 1 ) - MARQUÊS DE TANCOS, título criado pelo REI DE PORTUGAL "DOM JOSÉ I", em 22 de Outubro de 1751, a favor de "DOM JOÃO MANUEL DE NORONHA" (1679-1761) e 6.º CONDE DE ATAÍDE-
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«CALÇADA MARQUES DE TANCOS[ III ] O PALÁCIO MARQUES DE TANCOS ( 2 )»
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