sábado, 25 de setembro de 2010

AVENIDA DA LIBERDADE [ VI ]

Avenida da Liberdade - (200_) Foto de Dias dos Reis (Um troço da Avenida da Liberdade) in DIAS DOS REIS
Avenida da Liberdade (2004) - Fotógrafo não identificado (Canteiro na Avenida da Liberdade) in SKYSCRAPERCITY

Avenida da Liberdade - (1959) Foto de Garcia Nunes (Avenida da Liberdade junto da Rua do Salitre) in AFML


Avenida da Liberdade - (1930 ou 1934) Foto de Ferreira da Cunha (Uma panorâmica da Avenida da Liberdade) in BIC LARANJA



Avenida da Liberdade - (1928)? Colecção de Ferreira da Cunha - (retirado do blogue «BIC LARANJA» de 24.06.2006) (Avenida da Liberdade naquela época, com cavaleiros e tipóias a utilizarem o lado esquerdo) in AFML




(CONTINUAÇÃO)
AVENIDA DA LIBERDADE [ VI ]
«A AVENIDA DA LIBERDADE (4)»
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Voltando à evolução da «AVENIDA DA LIBERDADE», foi naturalmente concebida como artéria de grande circulação, o que entristeceu muitos lisboetas na época, saudosos do simpático «PASSEIO PÚBLICO». E, em pouco tempo, o tráfego de barulhentas carruagens começou a dar lugar aos primeiros automóveis, ainda mais barulhentos e "diabólicos" para com o sossego dos peões.
Para compensar, foram construídas alamedas no meio da avenida, arborizadas, mas que ficavam muito aquém do conceito de "Parque". Com o correr dos tempos - e o alargamento das vias rodoviárias - a AVENIDA tornou-se menos cativante para o passeio dos alfacinhas, embora como cópia dos «BOULEVARDS» parisienses, a «AVENIDA DA LIBERDADE» não tenha perdido o seu deslumbramento.
Surgiram edifícios de traça «moderna», alegre e elaborada, contrastante com a sobriedade dos edifícios "POMBALINOS".
A «AVENIDA DA LIBERDADE» foi durante algumas décadas uma "montra" privilegiada para os mais arrojados arquitectos, qual "ex-libris" de um novo urbanismo de Lisboa.
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Cruzam ou desembocam na «AVENIDA» vários arruamentos.
Junto dos RESTAURADORES, no início da «AVENIDA» na parte Oeste, temos a «CALÇADA DA GLÓRIA» com o seu elevador inaugurado em 31 de Outubro de 1884. Na esquina desta calçada, já virada para a «AVENIDA» podemos observar o Café «PALADIUM», desde 17 de Novembro de 1932, tendo sido fundado por «TAVARES & FERREIRA». E o seu arquitecto «RAUL TOJAR».
Na parte Leste temos a «RUA DOS CONDES» assim como o «LARGO DA ANUNCIADA» (que comunica com a AVENIDA) de que falaremos mais à frente.
Seguem-se a «TRAVESSA DA GLÓRIA» e a «RUA DA CONCEIÇÃO DA GLÓRIA», a Oeste mais para cima está a rua de acesso à «PRAÇA DA ALEGRIA», e a «RUA DAS PRETAS» a Leste, comunicando entre si, cruzando a Avenida.
Segue-se a Oeste, a unem-se em nome e no terreno a «TRAVESSA DO SALITRE» (antiga Travessa das Vacas) e «RUA DO SALITRE»; espreita à direita, em desnível o que resta da antiga «TRAVESSA DA HORTA DA CERA» e mais à frente a «RUA JÚLIO CÉSAR MACHADO» (antiga Travessa do Moreira), na posição a Leste encontramos a «RUA MANUEL DE JESUS COELHO» fazendo esquina com o «TIVOLI».
Mais para cima vamos encontrar a zona mais moderna, surgindo as grandes ruas que atravessam a «AVENIDA» de lado a lado.
Primeiro a «RUA BARATA SALGUEIRO», depois a «RUA ALEXANDRE HERCULANO». No lado Oeste entre estas duas ruas existe uma rua que não atravessando a «AVENIDA» não deixa de merecer a nossa simpatia, trata-se da «RUA ROSA ARAÚJO» (o mentor da Avenida da Liberdade). E servindo como "terminus" natural da «AVENIDA» temos a «PRAÇA MARQUÊS DE POMBAL» com seu monumento ao «MARQUÊS».
Já depois da «AVENIDA» estar concluída e ajardinada, existiu no topo dos talhões no cruzamento com a «RUA ALEXANDRE HERCULANO», quatro estátuas que representavam a «EUROPA», a «ÁFRICA», a «ÁSIA» e a «OCEANIA», foram retiradas para dar lugar aos quatro escritores do século XIX.
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(CONTINUA)-(PRÓXIMO) - «AVENIDA DA LIBERDADE [VII]-PALÁCIO DOS CONDES DE ERICEIRA-(RUA DOS CONDES AO LARGO DA ANUNCIADA)»

4 comentários:

  1. A última foto deve ser bastante anterior a 1928, pelo menos a julgar pelos candeeiros que se encontram por trás do polícia, que parecem ser ainda a gás, notando-se os bicos e a chaminé por cima dos mesmos.

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  2. Tem toda a razão, deve estar mal datada, embora de onde foi retirada também indica (1928)? Só que eu devia ter lido os comentários para me precaver.

    O AFML igualmente refere (1928) (daí começa o problema) o seu autor "Ferreira da Cunha" viveu de 1901 a 1970, seria que em rapaz já fazia fotografia ou era do avô?
    Todas as hipóteses são possíveis, e uma coisa é certa... a data não está correcta!

    Obrigado pelo seu reparo
    Um abraço
    APS

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  3. Que saudades, do eléctrico na Avenida.

    Cumps

    Luisa

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  4. Cara Luísa

    Essas saudades são extensivas a muitos alfacinhas que viram abruptamente, os "amarelos" desaparecerem da sua cidade.

    Cumpts
    APS

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