sábado, 28 de agosto de 2010

RUA DAS FLORES [ V ]

Rua das Flores - (2009) Foto de Dias dos Reis (Largo do Barão de Quintela, Palácio e estátua de Eça) in DIAS DOS REIS
Rua das Flores (1980) Fotógrafo não identificado (Largo do Barão de Quintela e Estátua de EÇA) in TRAGÉDIA DA RUA DAS FLORES

Rua das Flores ( 1965-03) Foto de Armando Serôdio ( Largo do Barão de Quintela ao fundo a Rua das Flores) in AFML


Rua das Flores - (1965-03) Foto de Armando Serôdio (Largo do Barão de Quintela, edifício onde estão instalados os Bombeiros Voluntários de Lisboa) in AFML

Rua das Flores - (ant. 1895) - Foto de Francisco Rochini ( Largo do Barão de Quintela antes da colocação da estátua de EÇA) in AFML
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(CONTINUAÇÃO)
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RUA DAS FLORES [ V ]
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«LARGO DO BARÃO DE QUINTELA E PALÁCIO QUINTELA»
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LARGO DO BARÃO DE QUINTELA
O topónimo do «LARGO DO BARÃO DE QUINTELA» é o resultado da convergência entre a «RUA DAS FLORES» e a «RUA DO ALECRIM» (ver mais
aqui) pertencentes à freguesia da «ENCARNAÇÃO».
Este Largo terá a sua origem, após a terraplenagem, que possivelmente decorreu em finais do século XVIII, mandado executar por «JOAQUIM PEDRO QUINTELA» 1º Barão de Quintela. Nessa altura terá comprado uns casebres (entre a antiga «RUA DO CONDE» actual «RUA DO ALECRIM» e a «RUA DAS FLORES») que existiam frente ao seu Palácio.
O LARGO e JARDIM, cujo arranjo data do início do século XIX, demonstra-nos que sempre existiu dificuldades em tratar o problema do seu desnivelamento. Local discreto, com suas palmeiras decorativas, embelezado com a estátua a «EÇA DE QUEIROZ», iniciativa de homens de letras.
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PALÁCIO QUINTELA
Os terrenos onde está instalado este Palácio, pertenciam em 1521 à Câmara, que os aforou a «D. JORGE DE MELO». No ano de 1648 os terrenos eram arrematados na justiça por «D. AFONSO DE PORTUGAL», 4º Conde de Vimioso. Existia no século XVIII um Palácio na posse de outro VIMIOSO «D. FRANCISCO DE PORTUGAL», Marquês de Valença.
No ano de 1726 registou-se no Palácio um poderoso incêndio que o reduziu a ruínas. Em 1731, pelo desinteresse dos VIMIOSOS-VALENÇAS em reedificar, foram estas ruínas adquiridas por «ANDRÉ RODRIGUES DA COSTA BARROSO». No ano de 1777 eram comprados os terrenos e as ruínas pelo desembargador «LUIZ REBELO QUINTELA».
A construção do Palácio deu-se entre 1781 e 1782. Ampliado e muito enriquecido por «JOAQUIM PEDRO QUINTELA», 1º Barão de Quintela (1748-1817), sobrinho do desembargador.
Foi o 2º Barão de Quintela e 1º Conde de Farrobo que instituiu o «MORGADO DE FARROBO», também ele de nome «JOAQUIM PEDRO QUINTELA» (1801-1869) que revestiu o Palácio de uma ostentação pouco frequente em Lisboa.
O odioso general «JUNOT» no período da primeira invasão francesa, foi residente neste Palácio Quintela.
Após a ruína e sucessiva falência da «CASA QUINTELA-FARROBO» este Palácio foi vendido em haste-pública. O novo proprietário seria o capitalista «MENDES MONTEIRO» no início do último quartel do século XIX. O novo proprietário do Palácio seria o filho de «MENDES MONTEIRO» também ele grande capitalista de nome «ANTÓNIO CARVALHO MONTEIRO» a quem toda a Lisboa chamava o «MONTEIRO DOS MILHÕES». (O construtor da "QUINTA DA REGALEIRA" em Sintra).
Por morte do «MONTEIRO DOS MILHÕES» o Palácio foi entregue por partilha a uma sua filha, casada com «D. FRANCISCO DE ALMEIDA».
No anos de 1937 este Palácio (sem o seu recheio interior) foi quase na totalidade arrendado à «CASA LIQUIDADORA», antigo «BAZAR CATÓLICO», fundado em 1882.
Actualmente funciona neste espaço o «IADE-INSTITUTO DE ARTES VISUAIS, DESIGN E MARKETING».
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ASSEMBLEIA BRITÂNICA
Aquele quarteirão que se apresenta na parte Sul do «LARGO DO BARÃO DE QUINTELA», entre as ruas do «ALECRIM» e «DAS FLORES» no século XIX era ali a «ASSEMBLEIA BRITÂNICA».
O prédio, propriedade do «4º MARQUÊS DE MARIALVA» e «ESTRIBEIRO-MOR», «D. PEDRO JOSÉ ANTÓNIO DE MENESES», que em 1783 depois das obras que se realizaram, foi alugado por seiscentos mil reais anuais, a um grupo de homens de negócios da «NAÇÃO BRITÂNICA», representados por «JOÃO BERTHON», «DUARTE MARSHAL» e «JOÃO DIOGO STEPHENS».
Na construção do edifício foi acordado que teria 7 janelas para a «RUA DAS DUAS IGREJAS» (actual RUA DO ALECRIM), 6 janelas para a «TRAVESSA DE S. JOSÉ» ( 1 ) e também 7 janelas para a «RUA DAS FLORES».
Neste edifício há a distinguir, entre a frequência ordinária das «ASSEMBLEIAS» reservadas aos sócios, os grandes bailes sazonais, (com ceia), onde a nata da sociedade lisboeta não podia faltar.
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-( 1 ) - Artéria de ligação entre a «RUA DO ALECRIM» e a «RUA DAS FLORES», desapareceu quando, em finais do século XVIII, «JOAQUIM PEDRO QUINTELA» comprou os terrenos e barracas fronteiro ao seu Palácio, fez o terrapleno e doou à Câmara. O Largo assim formado que por isso recebeu o nome de «BARÃO DE QUINTELA», designação já em uso pelo menos desde finais de 1801-(Júlio Castilho ob. Cit. Vol. 2, pp 114-115 e Amanach... 1802, p. 441).
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Embora exista muita literatura sobre o «CONDE DE FARROBO», aconselho a obra de «JOSÉ NORTON» - «O MILIONÁRIO DE LISBOA» da editora D.QUIXOTE. Um bloguista como nós, mas com a história mais bem contada e desenvolvida sobre o homem que ajudou o liberalismo. Link- http://desunastidade.blogspot.com/ (O MILIONÁRIO DE LISBOA).
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) «RUA DAS FLORES [ VI ] SÍNTESE DA BIOGRAFIA DE EÇA DE QUEIROZ»


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

RUA DAS FLORES [ IV ]

Rua das Flores - (2009) Fotógrafo não identificado (Réplica em bronze da autoria de António Teixeira Lopes) in MARCAS DAS CIÊNCIAS
Rua das Flores (Ant. 26.07.2001) Fotógrafo não identificado (Estátua da "VERDADE" em lioz do escultor "ANTÓNIO TEIXEIRA LOPES") in PESSOALISSIMO

Rua das Flores - (1980) Fotógrafo não identificado (Largo do Barão de Quintela e estátua de EÇA com a "VERDADE") in A TRAGÉDIA DA RUA DAS FLORES


Rua das Flores - (Post. 1903) Foto de Paulo Guedes - (A estátua da "VERDADE" ainda em pedra lioz, no início do século XX no Largo do Barão de Quintela) in AFML
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(CONTINUAÇÃO)
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RUA DAS FLORES [ IV ]
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«ESTÁTUA DA "VERDADE"»
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Esta estátua concebida de acordo com os modelos do romantismo, inspira-se na frase "SOBRE A NUDEZ FORTE DA VERDADE O MANTO DIÁFANO DA FANTASIA", retirada da obra de «EÇA DE QUEIROZ» do livro «A RELÍQUIA».
«ANTÓNIO TEIXEIRA LOPES» o escultor, convoca a nossa atenção para a dinâmica existente entre o escritor e a respectiva obra. Realismo, descritivo e considerado um dos renovadores da prosa portuguesa, serve-se da imaginação para dar corpo a uma obra crítica, de forte pendor irónico a questionar continuamente os valores estabelecidos.
É pois na relação entre criador e obra que o escultor nortenho concebeu a peça, destinada a corresponder à vontade da homenagem, por parte de outros homens das letras.
Deste modo o autor de várias obras entre elas «A TRAGÉDIA DA RUA DAS FLORES» é representado na pedra com toda a fidelidade imagética, enquanto que a figura feminina, alegórica ao espírito criativo, sedutora e seduzida, impõe-se pelo naturalismo de tratamento e de grande sensualidade, em abandono ao seu "protector".
«ANTÓNIO TEIXEIRA LOPES» dá corpo à metáfora literária, representada na alegoria de um nu feminino e sensual, apenas parcialmente coberto por um panejamento transparente, de grande elegância e naturalista, contrasta com a interpretação realista da figura de «EÇA DE QUEIROZ».
«ESTÁTUA»
Original em lioz da autoria de «ANTÓNIO TEIXEIRA LOPES (filho)- (1866-1942)», inaugurada em 1903, no «LARGO DO BARÃO DE QUINTELA».
O original, alvo de constantes actos de vandalismo, foi removido para o «MUSEU DA CIDADE DE LISBOA» no «CAMPO GRANDE» no ano de 2001.
Para o seu lugar, veio uma réplica em bronze, no dia 26 de Julho de 2001.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «RUA DAS FLORES [ V ] - LARGO DO BARÃO DE QUINTELA E PALÁCIO QUINTELA»


sábado, 21 de agosto de 2010

RUA DAS FLORES [ III ]

Rua das Flores - (2008) - Foto de APS (RUA DAS FLORES à esquerda entrada para o "BECO DOS APÓSTOLOS» in ARQUIVO/APS
Rua das Flores - (2008) Foto de APS (BECO DOS APÓSTOLOS, ao fundo a RUA DAS FLORES) in ARQUIVO/APS

Rua das Flores - (2008) Foto de APS (Rua das Flores tendo à nossa direita o «LARGO DOS STEPHENS» in ARQUIVO/APS


Rua das Flores - (2008) Foto de APS - Rua das Flores na parte Sul, à esquerda o «LARGO DOS STEPHENS» in ARQUIVO/APS
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(CONTINUAÇÃO)
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RUA DAS FLORES [ III ]
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«O LARGO DOS STEPHENS E O BECO DOS APÓSTOLOS»
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O «LARGO DOS STEPHENS», onde começara então aquela via «CATA-QUE-FARÁS», e resultado da reconstrução ortogonal Pombalina.
Rasgado paralelamente à «RUA DAS FLORES» muito mais a Sul, para a qual se abrem apenas três dos seus lados, são rematados com edifícios contemporâneos.
O topónimo que baptiza o LARGO está associado aos "filhos do industrial inglês «WILLIAM STEPHENS» que reformou as fábricas de vidros da «MARINHA GRANDE» em 1769".
Os irmãos «GUILHERME STEPHENS» e «JOÃO DIOGO STEPHENS» que residiam neste sítio, dispondo o primeiro da Administração das Fábricas de Vidros da «MARINHA GRANDE», e não tendo filhos, deixou como herdeiro e sucessor seu irmão «JOÃO DIOGO STEPHENS».
Inicialmente o topónimo surgiu no singular, homenageando apenas «JOÃO DIOGO STEPHENS» que, depois da sua morte, em 1826, sem descendência, e de acordo com o desejo de seu irmão e sócio; "legou à Nação Portuguesa, para servir como um Monumento do seu alto apreço e gratidão pelos favores e protecção que neste país lhe haviam sido concedidos (...) os edifícios e casas de habitação, e mais casas, herdades, terras, pomares, vinhas, jardins, engenhos de água, etc., na «MARINHA GRANDE», e ao que se pudesse dar o nome de fixo capital do seu tráfego de vidros" ( 1 ).
A injustiça desta homenagem no singular aparecia já desde finais do século XIX e era criticada, mas apenas só no século seguinte em 01.11.1939, seria reparada.
Diz-nos ainda o mestre «NORBERTO DE ARAÚJO» que no número um do prédio que esquina com o «LARGO STEPHENS» viveu, e morreu pobre, o grande pintor «COLUMBANO BORDALO PINHEIRO» em 06.11.1929.
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«O BECO DOS APÓSTOLOS»
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Igualmente o «BECO DOS APÓSTOLOS» (ver mais aqui) (sem saída), fica no lado esquerdo de quem sobe a «RUA DAS FLORES».
Segundo ainda «J.J. GOMES DE BRITO» em «RUAS DE LISBOA» "devem ter sido os Jesuítas que originaram o dístico a este BECO" pois que, quando estes apareceram em Portugal, por volta de 1540, alguns alojaram-se no «HOSPITAL DE TODOS-OS-SANTOS», empregando-se nos serviços de enfermagem. Dali saíram para as Capelas de «SÃO ROQUE», no sítio onde posteriormente se construiu a CASA PROFESSA, onde faziam as pregações, exercícios e práticas religiosas. Os seus admiradores aumentaram e começaram a chamar-lhes «APÓSTOLOS».
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- ( 1 ) - J.J. GOMES DE BRITO - RUAS DE LISBOA - VOLUME II - LISBOA - LIVRARIA SÁ DA COSTA - 1935 - Pagina 285.
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «RUA DAS FLORES [ IV ] - A ESTÁTUA DA "VERDADE"».

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

RUA DAS FLORES [ II ]

Rua das Flores - (2008) Foto de APS (Parte Norte da Rua das Flores, vendo-se à direita a vedação que protege a rampa da saída de viaturas do Parque Subterrâneo da Praça Luís de Camões) in ARQUIVO/APS
Rua das Flores - (2009) Foto de Manuel António Delgado Nevado ( Uma vista da Rua das Flores com o TEJO ao fundo) in PANORAMIO

Rua das Flores - (2008) - Foto de APS (Rua das Flores junto ao Largo Barão de Quintela) in ARQUIVO/APS


Rua das Flores, 113 a 119 - (196_) Foto de João H. Goulart (Rua das Flores no seu final junto à Praça Luís de Camões) in AFML
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(CONTINUAÇÃO)
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RUA DAS FLORES [ II ]
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«A RUA DAS FLORES (2)»

Diz-nos o mestre olisipógrafo «A.VIEIRA DA SILVA» no seu livro «AS MURALHAS DA RIBEIRA DE LISBOA», que em 1502 o nosso rei «D. MANUEL I» começou por fazer doação do chão e salgado da praia de «CATA-QUE-FARÁS» a vários particulares, para neles poderem construir casas. Já anteriormente existia aí uma rua, que corresponde sensivelmente à actual «RUA DO LARGO DO CORPO SANTO», e que primeiramente se chamou «RUA DE CATA-QUE-FARÁS» (1), ou «RUA DIREITA DE CATA-QUE-FARÁS» (2), mais tarde «RUA DIREITA DE SÃO PAULO», para o «CORPO SANTO» (3), ou segundo o Tombo de 1755: «RUA DIREITA DO CORPO SANTO» (4).
Esta rua tinha no seu lado Sul, no início do século XVI, um parapeito ou parede em que batia o mar (5).
No início do século XVI foram-se definindo as ruas abertas no novo aterro, para poente do «LARGO DO CORPO SANTO»; a denominação de «CATA-QUE-FARÁS» aparece em 1755 apenas como nome de uma CALÇADA (6). Depois do Terramoto foi dado o mesmo nome à Travessa em escadaria que vai da «RUA DO ALECRIM» para a «RUA DAS FLORES». Esta última recordação desapareceu em 1866 (7), pela troca do nome da Travessa de «CATA-QUE-FARÁS» em «TRAVESSA DO ALECRIM» (8).
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Existiu na «RUA DAS FLORES» em 1942 num quarto alugado, uma exposição improvisada, local que serviu de atelier a alguns ex-alunos da Escola de Arte Decorativa ANTÓNIO ARROIO, quase todos recentemente inscritos na «ESCOLA DE BELAS-ARTES DE LISBOA». Entre os participantes encontrava-se «FERNANDO AZEVEDO», «JÚLIO POMAR», «MARCELINO VESPEIRA», «JOSÉ MARIA GOMES PEREIRA» (este último foi depois arquitecto e abandonou a pintura).
Esta era a primeira exposição publica dos artistas da terceira geração moderna na modesta «RUA DAS FLORES» nos anos da II Guerra Mundial. O acontecimento atraiu algumas figuras que frequentavam «A BRASILEIRA», como «ALMADA NEGREIROS», «ANTÓNIO DACOSTA» e «JOÃO COUTO».
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O «PARQUE DE ESTACIONAMENTO SUBTERRÂNEO NA PRAÇA LUÍS DE CAMÕES» de cinco pisos, com entrada de viaturas pela «PRAÇA LUÍS DE CAMÕES» fazendo-se a sua saída pela «RUA DAS FLORES» que lhe retira metade do seu espaço, no topo desta rua.

(1) - Estremadura, livro II, fl. 134 V, ano 1501 - Estatística de Lisboa, 1522 ms. da Biblioteca Nacional de Lisboa, B-11-10, fl. 102V.

(2) - Chancelaria de D. João III, livro LXV, fl. 95, ano 1556 - Sumario, etc. por C. Rodrigues de Oliveira, Ed. de 1755, pag. 19.

(3) - Corografia Portuguesa etc., pelo Pª. A. Carvalho da Costa, Tomo III, 1712, pág. 235.

(4) - Bairro dos Remolares, 1755, fl. 37.

(5) - Estremadura, Livro II, fl. 95V, ano 1501 - idem, livro I, fl. 151V, ano 1501 - idem fl. 134 e Chancelaria de D. Manuel livro IV, fl. 29, ano 1501.

(6) - Bairro dos Remolares, 1755, fl. 80.

(7) - Edital da Câmara, de 31 de Dezembro de 1885.

(8) - Para ocidente de CATA-QUE-FARÁS pode ver-se na «A RIBEIRA DE LISBOA» de J. Castilho, 1893. Livro IV, e também uma monografia sobre os Remolares, por Gomes de Brito, 1899. Ai se estuda o aparecimento da denominação REMOLARES, a sua substituição por CATA-QUE-FARÁS, o sítio a que foi dada, e algumas Ruas do bairro conhecido pela mesma designação.

(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «RUA DAS FLORES [ III ] - O LARGO DOS STEPHENS E O BECO DOS APÓSTOLOS»


sábado, 14 de agosto de 2010

RUA DAS FLORES [ I ]

Rua das Flores - (2008) Foto de APS (Placa toponímica da Rua das Flores) in ARQUIVO/APS
Rua das Flores - (2008) Foto de APS (Rua das Flores vista da parte Norte) in ARQUIVO/APS

Rua das Flores - (2000) (Lamploo2000) (Um troço da Rua das Flores) in SKYSCRAPERCITY
Rua das Flores - (1940) Desenho do Engº A. Vieira da Silva (Estampa I de "MURALHAS DA RIBEIRA DE LISBOA" - 3ª Ed. - Volume I) (O traçado e dizeres a preto corresponde à actualidade, a vermelho representa o sítio antes do Terramoto de 1755) in PUBLICAÇÕES CULTURAIS DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA.
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RUA DAS FLORES [ I ]
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«A RUA DAS FLORES ( 1 )»
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A «RUA DAS FLORES» pertence a duas freguesias.
À freguesia de «SÃO PAULO» do número um a vinte e nove, e do número dois a trinta e dois. À freguesia da «ENCARNAÇÃO» do número trinta e um e do número trinta e quatro em diante.
Começa na «RUA DE SÃO PAULO» no número 58 e termina na «PRAÇA LUÍS DE CAMÕES» no número 5.
A «RUA DAS FLORES» é atravessada pela «RUA DO ATAÍDE» e de Sul para Norte está ligada à «TRAVESSA DO ALECRIM»no seu lado direito e pelo «LARGO DOS STEPHENS» no seu lado esquerdo. Mais um pouco para cima e do mesmo lado encontramos o «BECO DOS APÓSTOLOS» (ver mais aqui). No número 65 desta rua começa a «TRAVESSA DE GUILHERME COSSOUL» antiga (TRAVESSA DO SEQUEIRO DAS CHAGAS) e imediatamente a seguir o «LARGO BARÃO DE QUINTELA» que fica entre a «RUA DAS FLORES» e a «RUA DO ALECRIM», o que resta da rua, para Norte, finaliza na «PRAÇA LUÍS DE CAMÕES».
Embora se desconheça a data exacta deste topónimo, sabe-se que a «RUA DAS FLORES» já existia antes do Terramoto de 1755.
A «RUA DAS FLORES» era a continuação da «TRAVESSA DO CONDE» com início nessa época, no espaço onde hoje se cruza a «RUA DO ATAÍDE» e encaminhava-se (tal como hoje) para Norte. (Ver mais detalhado no mapa do Engº A. Vieira da Silva, aqui publicado).
A «TRAVESSA DO CONDE» por sua vez estava ligada à «CALÇADA DE CATA-QUE-FARÁS» e esta convergia com a antiga «RUA DIREITA DE SÃO PAULO», hoje «RUA DE SÃO PAULO».

A possível interpretação da «CALÇADA DE CATA-QUE-FARÁS» é citada em finais do século XV em documento anterior a 1493, indicando a ordem de como haviam de desfilar os ofícios da Cidade na festa do «CORPO DE DEUS», onde figuravam "os pescadores de Cata-que-farás". Não se sabe qual a origem e o significado deste nome tão vetusto nesta localidade. Sabemos que se tratava de uma artéria em forma mais ou menos de meio círculo, que nascia onde hoje podemos encontrar o «LARGO DOS STEPHENS», obliquava num largo, e dava a parte de cima à «TRAVESSA DO CONDE», atravessava o lugar onde se ergue esse grande quarteirão, entre as actuais «TRAVESSA DO ALECRIM» e a «RUA DO ATAÍDE», para vir findar no topo da antiga «RUA DO CONDE» actual «RUA DO ALECRIM». Neste traçado de meio circulo ficava ligada nas extremidades por uma serventia de nome «CALÇADINHA DA PACIÊNCIA».
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «RUA DAS FLORES [ II ] - A RUA DAS FLORES (2)».




quarta-feira, 11 de agosto de 2010

AVENIDA 24 DE JULHO [ XI ]

Avenida 24 de Julho - (1833) (Honoré Daunier) (Caricatura representando D.PEDRO IV e D. MIGUEL a brigar pela Coroa Portuguesa - joguetes das potencias da época) in WIKIPÉDIA
Avenida 24 de Julho - (1830) - (Pintura de Simplício Rodrigues de Sá) (Museu Imperial de PETRÓPOLIS)(D. Pedro I do Brasil e IV de Portugal) in PEREGRINA CULTURAL

Avenida 24 de Julho - (1828?) (D. Miguel ano da sua aclamação como "REI ABSOLUTO") in TEMPO QUE PASSA


Avenida 24 de Julho - (2008) Foto de APS - (DUQUE DA TERCEIRA na Praça com o mesmo nome junto da Avenida 24 de Julho) in ARQUIVO/APS

Avenida 24 de Julho - (2009) Fotógrafo não identificado (Ortofoto da zona da Avenida 24 de Julho) in SKYSCRAPERCITY
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(CONTINUAÇÃO)
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AVENIDA 24 DE JULHO [ XI ]
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«AS LUTAS LIBERAIS»
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Este topónimo da «AVENIDA 24 DE JULHO» está relacionado com um episódio importante na história portuguesa. A luta pelo Liberalismo entre «D. PEDRO IV» e seu irmão «D. MIGUEL», um dos momentos mais dramáticos da nossa história (a Guerra Civil de 1828 a 1834), que opôs as tropas Absolutistas de «D. MIGUEL» contra as forças Liberais de seu irmão «D. PEDRO IV».
Em «24 DE JULHO DE 1833» as tropas Liberais de «D. PEDRO IV» comandadas pelo «DUQUE DA TERCEIRA»(ver mais aqui) (António José Sousa Manuel de Menezes Severim de Noronha), entraram vitoriosamente em LISBOA, tendo desembarcado no ALGARVE e atravessado o ALENTEJO sem dispararem um tiro.
As tropas de «D. MIGUEL» tinham abandonado a cidade de madrugada. Assim, a Capital do país é libertada das tropas absolutistas, antecipando o que iria acontecer no ano seguinte (1834), a vitória definitiva do Liberalismo em Portugal e o exílio de «D. MIGUEL».
Recuemos um pouco a outros acontecimento relevantes.
Com a morte de seu pai «D. JOÃO VI» rei de Portugal em (1826), existiu a ideia da reunificação das duas coroas, PORTUGAL e BRASIL. Tendo sido «D. PEDRO» deserdado, houve necessidade de a regente infanta «D. ISABEL MARIA» nomeá-lo IMPERADOR DO BRASIL como seu sucessor.
Neste mesmo ano de 1826, «D. PEDRO» tornava-se também, rei de Portugal com o título de «D. PEDRO IV» (ver mais aqui). Como a Constituição Brasileira de (1824) não lhe autorizava que governasse dois países, abdicou um mês depois da coroa portuguesa em favor de sua filha menor «D. MARIA DA GLÓRIA» que futuramente seria a rainha «D. MARIA II» de Portugal. No tempo da sua menor idade seu tio «D. MIGUEL» foi nomeado regente do trono de Portugal, tendo sido acordado que o casamento entre «D. MIGUEL» e a sobrinha, deveria ser realizado.
Mas no ano de 1828 as «CORTES PORTUGUESAS» aclamaram «D. MIGUEL», como REI DE PORTUGAL. Desrespeitado o compromisso assumido, fez-se aclamar «REI ABSOLUTO».
Em 1831 «D. PEDRO» decide regressar a Portugal, para ajudar a sua filha e o trono de Portugal, abdicando da coroa no Brasil e junta-se aos Liberais nos Açores. Inicia-se, assim um período de «GUERRA CIVIL», entre «LIBERAIS e ABSOLUTISTAS», que vai durar cerca de dois anos.(FINAL)

BIBLIOGRAFIA
ARAÚJO, Norberto de - 1993 - 2ª edição - Peregrinações em Lisboa Livro XIII - LISBOA VEGA.
LISBOA RIBEIRINHA - 1994 - Arquivo Municipal - Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa - Expo´94 - Lisboa94 - Livros Horizonte.
MATTOSO, José - 1993 - História de Portugal - Círculo dos Leitores Volume V - Lisboa
SANTANA, Francisco e SUCENA, Eduardo - 1994 Dicionário da História de Lisboa.
ZUQUETE, Afonso Eduardo Martins - 1961 - Nobreza de Portugal e do Brasil- Volume III - Representações Zairol - Lisboa.
BLOGUES E SITES
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(PRÓXIMO) - «RUA DAS FLORES [ I ] - A RUA DAS FLORES(1)»

sábado, 7 de agosto de 2010

AVENIDA 24 DE JULHO [ X ]

Avenida 24 de Julho - (entre 1930 e 1939) Fotógrafo não identificado (Palácio de Óbidos-Sabugal, actual sede da Cruz Vermelha Portuguesa, virada para a Avenida 24 de Julho) in AFML
Avenida 24 de Julho - (2009?) Fotógrafo não identificado (Placa toponímica da Escadaria que liga o Jardim 9 de Abril e Janelas Verdes à Avenida 24 de Julho) in MARCAS DAS CIÊNCIAS E DAS MARCAS

Avenida 24 de Julho - (ant. 1958) Foto de Eduardo Portugal (Palácio Óbidos-Sabugal - Rocha do Conde de Óbidos e passagem de nível para a Gare Marítima) in AFML


Avenida 24 de Julho - (1880-1940) Fotógrafo não identificado (Colecção Seixas) - Rocha do Conde de Óbidos in LISBOA RIBEIRINHA
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(CONTINUAÇÃO)
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AVENIDA 24 DE JULHO [ X ]
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«PALÁCIO DOS CONDES DE ÓBIDOS - CRUZ VERMELHA PORTUGUESA (2)»
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Este palácio esteve arrendado à «LEGAÇÃO DA ESPANHA» e ao «CLUBE INGLÊS». Com a instalação da «CRUZ VERMELHA PORTUGUESA» foram necessárias obras entre 1934 e 1947, embora já em 1927 tivesse sofrido grandes transformações: os dois portões de ferro, que davam entrada ao pátio ajardinado, desapareceram para no lugar ser construído um muro com gradeamento.
Abriram-se duas novas entradas no muro alto do Palácio, do lado do «JARDIM 9 DE ABRIL», com portões de ferro. O referido pátio, em declive, a partir da «RUA PRESIDENTE ARRIAGA», foi em 1934 dividido em dois terraplanos: as fachadas restauradas e abertas novas janelas correspondentes às dependências que se construíram sobre o primitivo e alto «VESTÍBULO NOBRE», na entrada principal.
As salas, câmaras, átrios e a Capela foram renovados mais integralmente nas paredes e tectos, recebendo pinturas e adornos de materiais nobres, ajustando tanto quanto possível ao carácter seiscentista, tornando a história da «CASA ÓBIDOS-SABUGAL-PALMA», digna da benemerência a que foi destinada. É de notar também a toponímia foi alterada, não correspondendo, em todo, aos nomes actuais.
Existe presentemente no Palácio um serviço histórico-cultural apoiado por um «ARQUIVO HISTÓRICO», uma «FOTOTECA» e uma «BIBLIOTECA».
A «CRUZ VERMELHA PORTUGUESA» para rentabilizar o património Cultural e construído, conta com um «SERVIÇO DE ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE EVENTOS».
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«ESCADARIA JOSÉ ANTÓNIO MARQUES»
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Encontra-se no «MUSEU-ESCOLA DE ARTES DECORATIVAS DA FUNDAÇÃO RICARDO ESPÍRITO SANTO» uma aguarela onde se pode observar as águas do Tejo junto da base do morro "ROCHA".
Em 1880, depois de longas negociações entre a «CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA» e a «CASA DE ÓBIDOS-SABUGAL» foi o «MORRO» ou «ROCHA» mandada dinamitar, e no espaço foi construído uma escada dupla, hoje chamada «ESCADARIA JOSÉ ANTÓNIO MARQUES», em homenagem ao fundador da «CRUZ VERMELHA PORTUGUESA», e que liga a «AVENIDA 24 DE JULHO» ao «JARDIM 9 DE ABRIL» e as ruas «DAS JANELAS VERDES» e «PRESIDENTE DE ARRIAGA». Os trabalhos de escavação e remoção do morro e rocha, como ainda a construção da escadaria foram dados como concluídos em 1882, porém, o nome de «ROCHA CONDE DE ÓBIDOS» continuou a fazer parte da toponímia lisboeta.
Diz-nos ainda sobre o assunto «NORBERTO DE ARAÚJO» nas suas «PEREGRINAÇÕES EM LISBOA» volume XIII página 91 o seguinte: (...) para dar lugar a uma nova muralha e escadaria da "ROCHA DO CONDE DE ÓBIDOS" (a actual foi construída em 1880-1882) e que é desviada do seu local actual mais para nascente, na rectificação que se fará do "JARDIM 9 DE ABRIL", (antigo das ALBERTAS), em cuja cêrca conventual foi construído".



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(CONTINUA)-(PRÓXIMO) - «AVENIDA 24 DE JULHO [ XI ] -AS LUTAS LIBERAIS» Final.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

AVENIDA 24 DE JULHO [ IX ]

Avenida 24 de Julho - (2009?) Fotógrafo não identificado (Palácio dos Condes de Óbidos actual Cruz Vermelha Portuguesa) in MARCAS DAS CIÊNCIAS E DAS TÉCNICAS.
Avenida 24 de Julho - (2009?) Fotógrafo não identificado (Entrada do Palácio dos Condes de Óbidos, actual Cruz Vermelha Portuguesa) in MARCAS DAS CIENCIAS E DAS TÉCNICAS

Avenida 24 de Julho - (1981) Foto de F. Gonçalves (Gabinete de Implementação de Transportes da Área de Lisboa-Palácio Óbidos-Sabugal-Posto de Turismo e Cruz Vermelha Portuguesa, virados a Avenida 24 de Julho) in AFML


Avenida 24 de Julho - (1935-05) Foto de Eduardo Portugal (Avenida 24 de Julho, junto da Rocha do Conde de Óbidos) in AFML .
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(CONTINUAÇÃO)
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AVENIDA 24 DE JULHO [ IX ]
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«PALÁCIO DOS CONDES DE ÓBIDOS - CRUZ VERMELHA PORTUGUESA(1)»
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O «PALÁCIO DOS CONDES DE ÓBIDOS» foi mandado construir no segundo quartel do século XVII, por «D. VASCO DE MASCARENHAS» 1º Conde de ÓBIDOS. Exerceu funções como «GOVERNADOR-GERAL DO BRASIL», «VICE-REI DO BRASIL» e «ALCAIDE-MOR DE ÓBIDOS».

Regressado ao reino em 1667 foi nomeado «ESTRIBEIRO-MOR» da Rainha «D. MARIA FRANCISCA ISABEL DE SABÓIA» (duas vezes rainha da Portugal), cargo que desempenhou até à sua morte em 1678.

Este Palácio foi construído sobre uma «ROCHA» ou «ROCHEDO» sobranceiro ao Rio TEJO, motivo pelo qual o sítio é chamado de «ROCHA CONDE DE ÓBIDOS». Hoje o Palácio fica a "olhar" lá de cima, para a «AVENIDA 24 DE JULHO».

A «SOCIEDADE PORTUGUESA DA CRUZ VERMELHA» adquiriu o Palácio em 1919 (por 65 contos), ao último proprietário do imóvel «D. PEDRO DE MELO D'ASSIS MASCARENHAS», 11º Conde de ÓBIDOS, 12º Conde de PALMA e 11º Conde do SABUGAL, nasceu a 05.08.1874 e faleceu solteiro a 10.09.1947.

Conforme a existência de uma escritura celebrada em 30 de Junho de 1919, feita no notário (ao tempo Tabelião) «ALFREDO MAY D'OLIVEIRA», na «RUA DOS SAPATEIROS» (Arco do Bandeira) número 104-1º em Lisboa, entre «D. PEDRO DE MELO» e o general «JOAQUIM JOSÉ MACHADO» como 8º Presidente da «CRUZ VERMELHA PORTUGUESA» em representação da Sociedade.

Transcrevemos do original a seguinte passagem: "Prédio urbano sito na Rua de S. Francisco de Paula, número 1 a 9, tornejando para o «JARDIM DAS ALBERTAS» para onde tem os números 1 a 3, freguesia de «SANTOS-O-VELHO», que constitui o «PALÁCIO DOS CONDES DE ÓBIDOS». Consta de casas nobres formando cave, rés-do-chão e em parte primeiro andar ao lado Sul, e rés-do-chão e em parte primeiro andar também ao lado Norte, pertencendo àquele lado o terreno da dita «ROCHA» e a Este um prédio com gradeamento e portões de ferro, (...) a Poente existe um edifício abarracado de garagem e quartos anexos com janelas que deitam para o pequeno logradouro ao Sul dele".

(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «AVENIDA 24 DE JULHO [ X ] - PALÁCIO DOS CONDES DE ÓBIDOS - CRUZ VERMELHA PORTUGUESA(2)»