O topónimo do «LARGO DO BARÃO DE QUINTELA» é o resultado da convergência entre a «RUA DAS FLORES» e a «RUA DO ALECRIM» (ver mais aqui) pertencentes à freguesia da «ENCARNAÇÃO».
Alguns textos e fotos de ruas da minha terra, coisas que vou investigando e transcrevendo, dando assim conhecimento para quem como eu goste de Lisboa.
sábado, 28 de agosto de 2010
RUA DAS FLORES [ V ]
O topónimo do «LARGO DO BARÃO DE QUINTELA» é o resultado da convergência entre a «RUA DAS FLORES» e a «RUA DO ALECRIM» (ver mais aqui) pertencentes à freguesia da «ENCARNAÇÃO».
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
RUA DAS FLORES [ IV ]
«ANTÓNIO TEIXEIRA LOPES» o escultor, convoca a nossa atenção para a dinâmica existente entre o escritor e a respectiva obra. Realismo, descritivo e considerado um dos renovadores da prosa portuguesa, serve-se da imaginação para dar corpo a uma obra crítica, de forte pendor irónico a questionar continuamente os valores estabelecidos.
sábado, 21 de agosto de 2010
RUA DAS FLORES [ III ]
Rasgado paralelamente à «RUA DAS FLORES» muito mais a Sul, para a qual se abrem apenas três dos seus lados, são rematados com edifícios contemporâneos.
O topónimo que baptiza o LARGO está associado aos "filhos do industrial inglês «WILLIAM STEPHENS» que reformou as fábricas de vidros da «MARINHA GRANDE» em 1769".
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
RUA DAS FLORES [ II ]
RUA DAS FLORES [ II ]
«A RUA DAS FLORES (2)»
Diz-nos o mestre olisipógrafo «A.VIEIRA DA SILVA» no seu livro «AS MURALHAS DA RIBEIRA DE LISBOA», que em 1502 o nosso rei «D. MANUEL I» começou por fazer doação do chão e salgado da praia de «CATA-QUE-FARÁS» a vários particulares, para neles poderem construir casas. Já anteriormente existia aí uma rua, que corresponde sensivelmente à actual «RUA DO LARGO DO CORPO SANTO», e que primeiramente se chamou «RUA DE CATA-QUE-FARÁS» (1), ou «RUA DIREITA DE CATA-QUE-FARÁS» (2), mais tarde «RUA DIREITA DE SÃO PAULO», para o «CORPO SANTO» (3), ou segundo o Tombo de 1755: «RUA DIREITA DO CORPO SANTO» (4).
Esta rua tinha no seu lado Sul, no início do século XVI, um parapeito ou parede em que batia o mar (5).
No início do século XVI foram-se definindo as ruas abertas no novo aterro, para poente do «LARGO DO CORPO SANTO»; a denominação de «CATA-QUE-FARÁS» aparece em 1755 apenas como nome de uma CALÇADA (6). Depois do Terramoto foi dado o mesmo nome à Travessa em escadaria que vai da «RUA DO ALECRIM» para a «RUA DAS FLORES». Esta última recordação desapareceu em 1866 (7), pela troca do nome da Travessa de «CATA-QUE-FARÁS» em «TRAVESSA DO ALECRIM» (8).
Esta era a primeira exposição publica dos artistas da terceira geração moderna na modesta «RUA DAS FLORES» nos anos da II Guerra Mundial. O acontecimento atraiu algumas figuras que frequentavam «A BRASILEIRA», como «ALMADA NEGREIROS», «ANTÓNIO DACOSTA» e «JOÃO COUTO».
(1) - Estremadura, livro II, fl. 134 V, ano 1501 - Estatística de Lisboa, 1522 ms. da Biblioteca Nacional de Lisboa, B-11-10, fl. 102V.
(2) - Chancelaria de D. João III, livro LXV, fl. 95, ano 1556 - Sumario, etc. por C. Rodrigues de Oliveira, Ed. de 1755, pag. 19.
(3) - Corografia Portuguesa etc., pelo Pª. A. Carvalho da Costa, Tomo III, 1712, pág. 235.
(4) - Bairro dos Remolares, 1755, fl. 37.
(5) - Estremadura, Livro II, fl. 95V, ano 1501 - idem, livro I, fl. 151V, ano 1501 - idem fl. 134 e Chancelaria de D. Manuel livro IV, fl. 29, ano 1501.
(6) - Bairro dos Remolares, 1755, fl. 80.
(7) - Edital da Câmara, de 31 de Dezembro de 1885.
(8) - Para ocidente de CATA-QUE-FARÁS pode ver-se na «A RIBEIRA DE LISBOA» de J. Castilho, 1893. Livro IV, e também uma monografia sobre os Remolares, por Gomes de Brito, 1899. Ai se estuda o aparecimento da denominação REMOLARES, a sua substituição por CATA-QUE-FARÁS, o sítio a que foi dada, e algumas Ruas do bairro conhecido pela mesma designação.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «RUA DAS FLORES [ III ] - O LARGO DOS STEPHENS E O BECO DOS APÓSTOLOS»
sábado, 14 de agosto de 2010
RUA DAS FLORES [ I ]
A possível interpretação da «CALÇADA DE CATA-QUE-FARÁS» é citada em finais do século XV em documento anterior a 1493, indicando a ordem de como haviam de desfilar os ofícios da Cidade na festa do «CORPO DE DEUS», onde figuravam "os pescadores de Cata-que-farás". Não se sabe qual a origem e o significado deste nome tão vetusto nesta localidade. Sabemos que se tratava de uma artéria em forma mais ou menos de meio círculo, que nascia onde hoje podemos encontrar o «LARGO DOS STEPHENS», obliquava num largo, e dava a parte de cima à «TRAVESSA DO CONDE», atravessava o lugar onde se ergue esse grande quarteirão, entre as actuais «TRAVESSA DO ALECRIM» e a «RUA DO ATAÍDE», para vir findar no topo da antiga «RUA DO CONDE» actual «RUA DO ALECRIM». Neste traçado de meio circulo ficava ligada nas extremidades por uma serventia de nome «CALÇADINHA DA PACIÊNCIA».
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
AVENIDA 24 DE JULHO [ XI ]
BIBLIOGRAFIA
sábado, 7 de agosto de 2010
AVENIDA 24 DE JULHO [ X ]
Avenida 24 de Julho - (2009?) Fotógrafo não identificado (Placa toponímica da Escadaria que liga o Jardim 9 de Abril e Janelas Verdes à Avenida 24 de Julho) in MARCAS DAS CIÊNCIAS E DAS MARCAS
Avenida 24 de Julho - (ant. 1958) Foto de Eduardo Portugal (Palácio Óbidos-Sabugal - Rocha do Conde de Óbidos e passagem de nível para a Gare Marítima) in AFML
Avenida 24 de Julho - (1880-1940) Fotógrafo não identificado (Colecção Seixas) - Rocha do Conde de Óbidos in LISBOA RIBEIRINHA
Abriram-se duas novas entradas no muro alto do Palácio, do lado do «JARDIM 9 DE ABRIL», com portões de ferro. O referido pátio, em declive, a partir da «RUA PRESIDENTE ARRIAGA», foi em 1934 dividido em dois terraplanos: as fachadas restauradas e abertas novas janelas correspondentes às dependências que se construíram sobre o primitivo e alto «VESTÍBULO NOBRE», na entrada principal.
As salas, câmaras, átrios e a Capela foram renovados mais integralmente nas paredes e tectos, recebendo pinturas e adornos de materiais nobres, ajustando tanto quanto possível ao carácter seiscentista, tornando a história da «CASA ÓBIDOS-SABUGAL-PALMA», digna da benemerência a que foi destinada. É de notar também a toponímia foi alterada, não correspondendo, em todo, aos nomes actuais.
Existe presentemente no Palácio um serviço histórico-cultural apoiado por um «ARQUIVO HISTÓRICO», uma «FOTOTECA» e uma «BIBLIOTECA».
A «CRUZ VERMELHA PORTUGUESA» para rentabilizar o património Cultural e construído, conta com um «SERVIÇO DE ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE EVENTOS».
«ESCADARIA JOSÉ ANTÓNIO MARQUES»
Em 1880, depois de longas negociações entre a «CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA» e a «CASA DE ÓBIDOS-SABUGAL» foi o «MORRO» ou «ROCHA» mandada dinamitar, e no espaço foi construído uma escada dupla, hoje chamada «ESCADARIA JOSÉ ANTÓNIO MARQUES», em homenagem ao fundador da «CRUZ VERMELHA PORTUGUESA», e que liga a «AVENIDA 24 DE JULHO» ao «JARDIM 9 DE ABRIL» e as ruas «DAS JANELAS VERDES» e «PRESIDENTE DE ARRIAGA». Os trabalhos de escavação e remoção do morro e rocha, como ainda a construção da escadaria foram dados como concluídos em 1882, porém, o nome de «ROCHA CONDE DE ÓBIDOS» continuou a fazer parte da toponímia lisboeta.
Diz-nos ainda sobre o assunto «NORBERTO DE ARAÚJO» nas suas «PEREGRINAÇÕES EM LISBOA» volume XIII página 91 o seguinte: (...) para dar lugar a uma nova muralha e escadaria da "ROCHA DO CONDE DE ÓBIDOS" (a actual foi construída em 1880-1882) e que é desviada do seu local actual mais para nascente, na rectificação que se fará do "JARDIM 9 DE ABRIL", (antigo das ALBERTAS), em cuja cêrca conventual foi construído".
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quarta-feira, 4 de agosto de 2010
AVENIDA 24 DE JULHO [ IX ]
«PALÁCIO DOS CONDES DE ÓBIDOS - CRUZ VERMELHA PORTUGUESA(1)»
O «PALÁCIO DOS CONDES DE ÓBIDOS» foi mandado construir no segundo quartel do século XVII, por «D. VASCO DE MASCARENHAS» 1º Conde de ÓBIDOS. Exerceu funções como «GOVERNADOR-GERAL DO BRASIL», «VICE-REI DO BRASIL» e «ALCAIDE-MOR DE ÓBIDOS».
Regressado ao reino em 1667 foi nomeado «ESTRIBEIRO-MOR» da Rainha «D. MARIA FRANCISCA ISABEL DE SABÓIA» (duas vezes rainha da Portugal), cargo que desempenhou até à sua morte em 1678.
Este Palácio foi construído sobre uma «ROCHA» ou «ROCHEDO» sobranceiro ao Rio TEJO, motivo pelo qual o sítio é chamado de «ROCHA CONDE DE ÓBIDOS». Hoje o Palácio fica a "olhar" lá de cima, para a «AVENIDA 24 DE JULHO».
A «SOCIEDADE PORTUGUESA DA CRUZ VERMELHA» adquiriu o Palácio em 1919 (por 65 contos), ao último proprietário do imóvel «D. PEDRO DE MELO D'ASSIS MASCARENHAS», 11º Conde de ÓBIDOS, 12º Conde de PALMA e 11º Conde do SABUGAL, nasceu a 05.08.1874 e faleceu solteiro a 10.09.1947.
Conforme a existência de uma escritura celebrada em 30 de Junho de 1919, feita no notário (ao tempo Tabelião) «ALFREDO MAY D'OLIVEIRA», na «RUA DOS SAPATEIROS» (Arco do Bandeira) número 104-1º em Lisboa, entre «D. PEDRO DE MELO» e o general «JOAQUIM JOSÉ MACHADO» como 8º Presidente da «CRUZ VERMELHA PORTUGUESA» em representação da Sociedade.
Transcrevemos do original a seguinte passagem: "Prédio urbano sito na Rua de S. Francisco de Paula, número 1 a 9, tornejando para o «JARDIM DAS ALBERTAS» para onde tem os números 1 a 3, freguesia de «SANTOS-O-VELHO», que constitui o «PALÁCIO DOS CONDES DE ÓBIDOS». Consta de casas nobres formando cave, rés-do-chão e em parte primeiro andar ao lado Sul, e rés-do-chão e em parte primeiro andar também ao lado Norte, pertencendo àquele lado o terreno da dita «ROCHA» e a Este um prédio com gradeamento e portões de ferro, (...) a Poente existe um edifício abarracado de garagem e quartos anexos com janelas que deitam para o pequeno logradouro ao Sul dele".
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «AVENIDA 24 DE JULHO [ X ] - PALÁCIO DOS CONDES DE ÓBIDOS - CRUZ VERMELHA PORTUGUESA(2)»