Rua das Flores - (2008) - Foto de APS (RUA DAS FLORES à esquerda entrada para o "BECO DOS APÓSTOLOS» in ARQUIVO/APS
Rua das Flores - (2008) Foto de APS (BECO DOS APÓSTOLOS, ao fundo a RUA DAS FLORES) in ARQUIVO/APS
Rua das Flores - (2008) Foto de APS (Rua das Flores tendo à nossa direita o «LARGO DOS STEPHENS» in ARQUIVO/APS
Rua das Flores - (2008) Foto de APS - Rua das Flores na parte Sul, à esquerda o «LARGO DOS STEPHENS» in ARQUIVO/APS
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(CONTINUAÇÃO)
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RUA DAS FLORES [ III ]
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«O LARGO DOS STEPHENS E O BECO DOS APÓSTOLOS»
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O «LARGO DOS STEPHENS», onde começara então aquela via «CATA-QUE-FARÁS», e resultado da reconstrução ortogonal Pombalina.
Rasgado paralelamente à «RUA DAS FLORES» muito mais a Sul, para a qual se abrem apenas três dos seus lados, são rematados com edifícios contemporâneos.
O topónimo que baptiza o LARGO está associado aos "filhos do industrial inglês «WILLIAM STEPHENS» que reformou as fábricas de vidros da «MARINHA GRANDE» em 1769".
Rasgado paralelamente à «RUA DAS FLORES» muito mais a Sul, para a qual se abrem apenas três dos seus lados, são rematados com edifícios contemporâneos.
O topónimo que baptiza o LARGO está associado aos "filhos do industrial inglês «WILLIAM STEPHENS» que reformou as fábricas de vidros da «MARINHA GRANDE» em 1769".
Os irmãos «GUILHERME STEPHENS» e «JOÃO DIOGO STEPHENS» que residiam neste sítio, dispondo o primeiro da Administração das Fábricas de Vidros da «MARINHA GRANDE», e não tendo filhos, deixou como herdeiro e sucessor seu irmão «JOÃO DIOGO STEPHENS».
Inicialmente o topónimo surgiu no singular, homenageando apenas «JOÃO DIOGO STEPHENS» que, depois da sua morte, em 1826, sem descendência, e de acordo com o desejo de seu irmão e sócio; "legou à Nação Portuguesa, para servir como um Monumento do seu alto apreço e gratidão pelos favores e protecção que neste país lhe haviam sido concedidos (...) os edifícios e casas de habitação, e mais casas, herdades, terras, pomares, vinhas, jardins, engenhos de água, etc., na «MARINHA GRANDE», e ao que se pudesse dar o nome de fixo capital do seu tráfego de vidros" ( 1 ).
A injustiça desta homenagem no singular aparecia já desde finais do século XIX e era criticada, mas apenas só no século seguinte em 01.11.1939, seria reparada.
Diz-nos ainda o mestre «NORBERTO DE ARAÚJO» que no número um do prédio que esquina com o «LARGO STEPHENS» viveu, e morreu pobre, o grande pintor «COLUMBANO BORDALO PINHEIRO» em 06.11.1929.
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«O BECO DOS APÓSTOLOS»
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Igualmente o «BECO DOS APÓSTOLOS» (ver mais aqui) (sem saída), fica no lado esquerdo de quem sobe a «RUA DAS FLORES».
Segundo ainda «J.J. GOMES DE BRITO» em «RUAS DE LISBOA» "devem ter sido os Jesuítas que originaram o dístico a este BECO" pois que, quando estes apareceram em Portugal, por volta de 1540, alguns alojaram-se no «HOSPITAL DE TODOS-OS-SANTOS», empregando-se nos serviços de enfermagem. Dali saíram para as Capelas de «SÃO ROQUE», no sítio onde posteriormente se construiu a CASA PROFESSA, onde faziam as pregações, exercícios e práticas religiosas. Os seus admiradores aumentaram e começaram a chamar-lhes «APÓSTOLOS».
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- ( 1 ) - J.J. GOMES DE BRITO - RUAS DE LISBOA - VOLUME II - LISBOA - LIVRARIA SÁ DA COSTA - 1935 - Pagina 285.
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «RUA DAS FLORES [ IV ] - A ESTÁTUA DA "VERDADE"».
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