sábado, 30 de outubro de 2010

AVENIDA DA LIBERDADE [ XVI ]

Avenida da Liberdade - (2002) - Foto de Dias dos Reis (Estátua de Almeida Garrett na Avenida da Liberdade, escultura de BARATA FEYO) in DIAS DOS REIS
Avenida da Liberdade - (2008) - Fotógrafo não identificado (Estátua de Almeida Garrett na Avenida da Liberdade) in MARCAS DAS CIÊNCIAS E DAS TÉCNICAS

Avenida da Liberdade - (c. 1950) Foto de Horácio Novais (Estátua de Almeida Garrett na Avenida da Liberdade) in AFML
Avenida da Liberdade - (Post. 1950) Foto de Cláudio Madeira (Estátua de Almeida Garrett na Avenida da Liberdade) in AFML
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(CONTINUAÇÃO)
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AVENIDA DA LIBERDADE [ XVI ]
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«ESTATUÁRIA NA AVENIDA ( 7 ) - ALMEIDA GARRETT»
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A Estátua de «ALMEIDA GARRETT» foi esculpida em mármore está sobre plínto de pedra, com 2,88 metros executada por «SALVADOR BARATA FEYO», nos anos de 1945 e 1946.
Encontra-se localizada na «AVENIDA DA LIBERDADE» no cruzamento com a «RUA ALEXANDRE HERCULANO», fazendo parte das quatro estátuas que integram o conjunto dedicado a escritores do século XIX, e colocada no extremo de um dos talhões da «AVENIDA», tendo sido inaugurada em 27 de Maio de 1950.
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«ALMEIDA GARRETT», grande vulto da literatura portuguesa, deixou para a posteridade várias obras precursoras do romantismo em Portugal, onde se destacam «FREI LUÍS DE SOUSA» e «VIAGENS NA MINHA TERRA».
Oriundo do PORTO, foi estudar DIREITO para COIMBRA em 1816, em pleno auge das ideias liberais que o haviam de levar a exilar-se voluntariamente em INGLATERRA, aquando da «VILA-FRANCADA».
Só em 1826 regressou a Portugal, já com dois poemas publicados em FRANÇA, mas acabou por voltar a INGLATERRA devido à ascensão de «D. MIGUEL I» ao poder. Regressou definitivamente em 1836 ao seu país, depois de uma passagem por «BRUXELAS» como encarregado de negócios, dedicando-se de corpo e alma à Política a à literatura.
Aderiu moderadamente ao «SETEMBRISMO» e «PASSOS MANUEL» encarregou-o de restaurar o «TEATRO EM PORTUGAL».
É a «ALMEIDA GARRETT» que se deve a criação do «TEATRO NACIONAL DE D. MARIA II», pensado como teatro modelo, e foi no contexto de produção de peças dramáticas que pudessem ali ser representadas que surgiram as suas obras «UM AUTO DE GIL VICENTE» e «D. FILIPA DE VILHENA».
Segundo alguns analistas, estas mais não são do que obras preparatórias de «FREI LUÍS DE SOUSA», uma verdadeira tragédia cristã, por muitos considerada a sua obra-prima.
«ALMEIDA GARRETT» sempre rejeitou a classificação de "Romântico" mas foi com este epíteto que passou para a história. De acordo com alguns estudiosos do autor e da sua obra, o escritor procurou sempre conciliar os opostos, tentando conjugar a extroversão do seu eu profundo com a aparência de mundanidade.
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «AVENIDA DA LIBERDADE [ XVII ] - O DIÁRIO DE NOTÍCIAS»


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

AVENIDA DA LIBERDADE [ XV ]

Avenida da Liberdade - (2005) Foto de APS (Estátua do Marquês de Pombal no final da Avenida da Liberdade) in ARQUIVO/APS
Avenida da Liberdade - (200_) Foto de MICK (Monumento ao Marquês de Pombal) in GOOGLE EARTH

Avenida da Liberdade - (2005) Foto de APS (A estátua do Marquês de Pombal vista da Avenida da Liberdade) in ARQUIVO/APS


Avenida da Liberdade - (01.05.1975) - Foto de APS ( A estátua do Marquês de Pombal vista da Avenida Fontes Pereira de Melo (antiga Avenida do Campo Grande), no dia feriado do trabalhador, comemorado em liberdade pela primeira vez) in ARQUIVO/APS

Avenida da Liberdade - ( 01.05.1975) - Foto de APS (Estátua do Marquês de Pombal no primeiro de Maio em liberdade) in ARQUIVO/APS


(CONTINUAÇÃO)
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AVENIDA DA LIBERDADE [ XV ]
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«ESTATUÁRIA NA AVENIDA ( 6 ) - MONUMENTO AO MARQUÊS DE POMBAL»
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«SEBASTIÃO JOSÉ DE CARVALHO E MELO», Marquês de Pombal e Conde de OEIRAS, foi primeiro Ministro de «D. JOSÉ I» no período de 1750 a 1777, sendo o grande responsável pela maior reconstrução de «LISBOA», após o terramoto de 1755.
Na «PRAÇA MARQUÊS DE POMBAL» antiga «ROTUNDA» na parte Norte da «AVENIDA DA LIBERDADE», existe estatuária bem conhecida por todos, que representa o «MARQUÊS».
A autoria pertence a «FRANCISCO SANTOS», «ADÃES BERMUDES» e «ANTÓNIO DO COUTO».
A altura total é de 40 metros e a figura de «SEBASTIÃO JOSÉ DE CARVALHO E MELO» tem 10 metros.
A sua construção demorou oito anos, entre o lançamento da primeira pedra em 13 de Maio de 1926 e a inauguração em 13 de Maio de 1934. O Monumento foi construído por subscrição pública.
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A base do «MONUMENTO» é rica em alegorias alusivas à acção do «MARQUÊS».
«LISBOA REEDIFICADA» é-nos representada por uma figura feminina olhando a «AVENIDA DA LIBERDADE».
A «PROA DA NAU» simboliza a renovação da «MARINHA MERCANTE».
A estátua de «MINERVA» representa a «REFORMA DO ENSINO», com uma frontaria no fundo (a UNIVERSIDADE).
A «AGRICULTURA» é representada por um grupo escultórico que inclui uma «JUNTA DE BOIS», um «HOMEM COM ARADO» e uma mulher carregando um «CESTO DE UVAS».
As «REDES» evocam as «PESCAS».
A «INDUSTRIA» é representada por um operário «SOPRANDO O VIDRO».
O «FUSTE» apresenta, nas quatro faces, inscrições sobre a obra do «MARQUÊS».
Na parte superior do «FUSTE», quatro medalhões com as figuras de: «MACHADO DE CASTRO», «D. LUÍS DA CUNHA», «EUGÉNIO DOS SANTOS» e «MANUEL DA MAIA».
O conjunto é encimado pela estátua do «MARQUÊS DE POMBAL» em bronze, que apoia a sua mão esquerda num leão, não para simbolizar o poder, mas, como na altura foi explicado, a FORÇA e a SERENIDADE.
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O «MARQUÊS DE POMBAL» é considerado por todos os especialistas uma das mais controversas e carismáticas figuras da HISTÓRIA PORTUGUESA, com um notável trabalho na área da emancipação económica do país, a par de um legado de despotismo e intolerância.
O «MARQUÊS» (designação popular que ainda hoje perdura e que o identifica), senhor de uma personalidade fortíssima foi um notável estadista, que deixou marca no século XVIII - um período de absolutismo régio, através de uma brutal política de concentração de poder.
O conturbado e controverso processo e posterior execução dos «TÁVORAS» inseriu-se nessa politica.
Na área económica, o «MARQUÊS DE POMBAL» teve como objectivo principal a recuperação e modernização da economia portuguesa, para dessa forma conseguir libertá-la da forte dependência face à economia Inglesa. Contribuindo também para a reforma na Universidade de Coimbra.
«SEBASTIÃO JOSÉ DE CARVALHO E MELO» nasceu em 1699 e depois de estudar em FRANÇA e LONDRES regressou a PORTUGAL, onde veio a casar com «D. TERESA DE NORONHA». E, desde logo numa manifestação de categórica afirmação pessoal, fê-lo após o rapto da noiva, dada a oposição da família «ALMADA» à união.
Depois do Terremoto de 1755, ocupou-se da reconstrução de «LISBOA» e soube rodear-se de reputados técnicos, como os Engenheiros «EUGÉNIO DOS SANTOS», «CARLOS MARDEL» e «REINALDO MANUEL DOS SANTOS».
Deste trabalho resultou, nomeadamente, o que é hoje conhecido como a «BAIXA POMBALINA», o coração e um dos "EX-LÍBRIS" da cidade de LISBOA.
Exilado por «D. MARIA I», logo que subiu ao trono após a morte de «D. JOSÉ I», e longe do centro político, «SEBASTIÃO JOSÉ DE CARVALHO E MELO» morreu em 1782, aos 83 anos.
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «AVENIDA DA LIBERDADE [ XVI ] - ESTATUÁRIA NA AVENIDA (7)-ALMEIDA GARRETT».


sábado, 23 de outubro de 2010

AVENIDA DA LIBERDADE [ XIV ]

Avenida da Liberdade - (2010) Foto de Arlindo Serra da Silva (Monumento aos Mortos da Grande Guerra na Avenida da Liberdade) in OLHARES
Avenida da Liberdade - (Post. 1931) (Monumento aos Mortos da Grande Guerra na Avenida da Liberdade, frente à Rua do Salitre. Escultor Maximiano Alves 1888-1954) in MARCAS DAS CIÊNCIAS

Avenida da Liberdade - (Post. 1931) (Monumento aos Mortos da Grande Guerra na Avenida da Liberdade, frente à rua do Salitre. Escultura de Maximiano Alves 1888-1954) in MARCAS DAS CIÊNCIAS

Avenida da Liberdade - (Post. 1931) Foto de Eduardo Portugal (Monumento aos Mortos da Grande Guerra na Avenida da Liberdade, escultura de Maximiano Alves e Arquitecto Rebelo de Andrade, inaugurada em 22 de Novembro de 1931) in AFML
Avenida da Liberdade - (Post. 1931) - Fotógrafo não identificado - (Monumento aos Mortos da Grande Guerra na Avenida da Liberdade) in AFML

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(CONTINUAÇÃO)
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AVENIDA DA LIBERDADE [ XIV ]
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«ESTATUÁRIA NA AVENIDA ( 5 ) - MONUMENTO AOS MORTOS DA GRANDE GUERRA»
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No aniversário da «BATALHA DE LA LYS» a 9 de Abril de 1920, surgiu a ideia de se erigir um monumento comemorativo aos heróis falecidos. Foi então constituída uma comissão para o efeito, presidida por «MAGALHÃES LIMA» (seguindo-se outras comissões), sendo a primeira pedra colocada pelo Presidente da República «DR. ANTÓNIO JOSÉ DE ALMEIDA», em 9 de Abril de 1923.
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Sensivelmente a meio da «AVENIDA DA LIBERDADE» e em frente à «RUA DO SALITRE», vamos encontrar um monumento vigoroso no seu conjunto o «MONUMENTO AOS MORTOS DA GRANDE GUERRA».
Obra do escultor «MAXIMIANO ALVES» (1888-1954) e do arquitecto «GUILHERME REBELO DE ANDRADE» (1891-1969), em homenagem aos soldados que tombaram em terras de «FRANÇA» durante a «PRIMEIRA GRANDE GUERRA MUNDIAL».
Lateralmente o esforço muscular emanado pelas figuras masculinas que compõem a base, dramatiza-se a vontade férrea em manter a «PÁTRIA» erguida e vitoriosa.
Nesse simbolismo, relaciona-se, em antítese, a figura feminina vertical a «PÁTRIA» vencedora e o «SOLDADO» meio ajoelhado, símbolo dialogante das dificuldades com que este combateu.
Sacrifício heróico com que os portugueses enfrentaram o ataque violento dos alemães às linhas dos Aliados, na guerra de 1914-1918, e o momento de homenagem perpetuado pela «PÁTRIA» coroando o «SOLDADO» de louros, onde está lapidada a frase de inscrição da peça: «AO SERVIÇO DA PÁTRIA, O ESFORÇO DA GREI».
Foi inaugurada a 22 de Novembro de 1931, numa inauguração imponente onde contou não só com a presença do CHEFE DO ESTADO, General «ÓSCAR CARMONA» como também a do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, general «VICENTE DE FREITAS».
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «AVENIDA DA LIBERDADE [ XV ] - ESTATUÁRIA NA AVENIDA (6) - MONUMENTO AO MARQUÊS DE POMBAL»

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

AVENIDA DA LIBERDADE [ XIII ]

Avenida da Liberdade - (2008) Fotógrafo não identificado (Estátua de Alexandre Herculano na Avenida da Liberdade) in MARCAS DAS CIÊNCIAS E DAS TÉCNICAS
Avenida da Liberdade - (2008) Fotógrafo não identificado (Estátua de Alexandre Herculano na Avenida da Liberdade) in MARCAS DAS CIÊNCIAS E DAS TÉCNICAS

Avenida da Liberdade - (1950) Foto de Horácio Novais (Estátua de Alexandre Herculano na Avenida da Liberdade) in AFML
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(CONTINUAÇÃO)
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AVENIDA DA LIBERDADE [ XIII ]
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«ESTATUÁRIA NA AVENIDA ( 4 ) - ALEXANDRE HERCULANO»
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Estátua de mármore sobre plínto de pedra circular, com 2,88 metros de altura, executado por «SALVADOR BARATA FEYO», nos anos de 1945 e 1946.
Está localizado no cruzamento da rua com o mesmo nome e a «AVENIDA DA LIBERDADE», fazendo parte das quatro estátuas que integram o conjunto dedicado a escritores do século XIX, e apontam os extremos dos talhões desta AVENIDA. Foi inaugurada em 27 de Maio de 1950.
Escritor e historiador, «ALEXANDRE HERCULANO» (1810-1877) iniciou as suas primeiras produções literárias em 1828 com a tradução do poema "Semana Santa" de «SCHILLER».
Liberal, foi segundo bibliotecário da «BIBLIOTECA PÚBLICA DO PORTO» em 1834, após uma participação corajosa na GUERRA CIVIL entre LIBERAIS e ABSOLUTISTAS na qual se assumiu como cartista.
Dois anos depois, renunciou ao cargo e foi para LISBOA, para não ter que jurar a Constituição. Na capital, publicou um panfleto poético contra o novo LIBERALISMO.
Em 1839, «D. FERNANDO» (Regente do reino de 1853 a 1855) marido de «D. MARIA II», designou-o director da «BIBLIOTECA REAL DA AJUDA» e foi nesse cargo que desenvolveu os seus estudos históricos.
Paralelamente, à sua carreira como historiador, empenhou-se na actividade jornalista, através do jornal «PANORAMA» e integrou um grupo político "CARTISTA-REFORMISTA" que o levou em 1840 a tomar parte nos trabalhos da CÂMARA DE DEPUTADOS.
Os seus primeiros estudos sobre a história portuguesa datam dessa altura «CARTAS SOBRE HISTÓRIA DE PORTUGAL», e em 1846 publicou o primeiro volume da sua «HISTÓRIA DE PORTUGAL».
HERCULANO regressa à política três anos depois, para se insurgir contra a lei da Imprensa de «COSTA CABRAL», encarada na altura como uma verdadeira "LEI DA ROLHA", e colaborou com «SALDANHA» na REGENERAÇÃO. Mais tarde, publica artigos contra a REGENERAÇÃO, por entender que o seu programa de melhorias materiais não era suficiente para promover prosperidade.
As suas ideias foram mais tarde utilizadas pelos republicanos, depois de o autor as ter reunido em Dez volumes de «OPÚSCULOS», tarefa a que se dedicou a partir de 1873, no seu retiro de «VALE DE LOBOS».
Na obra literária de «ALEXANDRE HERCULANO» o romancismo impera, assumindo desde os 26 anos a atitude de um profeta, individualista, como é patente em «EURICO, O PRESBÍTERO».
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «AVENIDA DA LIBERDADE [ XIV ] - ESTATUÁRIA NA AVENIDA (5) - MONUMENTO AOS MORTOS DA GRANDE GUERRA»


sábado, 16 de outubro de 2010

AVENIDA DA LIBERDADE [ XII ]

Avenida da Liberdade - (195_) Foto de Claúdio Madeira (Estátua de Oliveira Martins na Avenida da Liberdade) in AFML
Avenida da Liberdade - (1968) Foto de Armando Serôdio (Estátua de Oliveira Martins na Avenida da Liberdade) in AFML

Avenida da Liberdade - (1952) Fotógrafo não identificado (Inauguração da estátua de Oliveira Martins na Avenida da Liberdade) in AFML


Avenida da Liberdade - (s/d) Foto de Eduardo Portugal (Retrato de Oliveira Martins) in AFML
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(CONTINUAÇÃO)
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AVENIDA DA LIBERDADE [ XII ]
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«ESTATUÁRIA NA AVENIDA ( 3 ) - OLIVEIRA MARTINS»
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A estátua de «OLIVEIRA MARTINS» está localizada na «AVENIDA DA LIBERDADE» no cruzamento com a «RUA ALEXANDRE HERCULANO».
Executada por «LEOPOLDO DE ALMEIDA» em 1948, esta estátua de mármore com plínto de pedra, foi inaugurada a 27 de Maio de 1952, por iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa. Integra igualmente uma das figuras do conjunto de escritores do século XIX, existentes no extremo dos talhões da «AVENIDA DA LIBERDADE».
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«JOAQUIM PEDRO OLIVEIRA MARTINS» (1845-1894) figura do século XIX, historiador, economista, antropólogo, crítico social, político e escritor, autor de uma «HISTÓRIA DE PORTUGAL», nasceu em Lisboa, a 30 de Abril de 1845 e faleceu também em Lisboa a 24 de Agosto de 1894.
Órfão de pai, cedo teve de abandonar os estudos e empregar-se no comércio.
Director e Administrador de empresas, foi também deputado e Ministro da Fazenda e é considerado um dos mais preponderantes elementos do grupo dos "VENCIDOS DA VIDA" e um dos principais animadores da "GERAÇÃO DE 70".
A sua acção e os seus trabalhos suscitaram controvérsia e influenciaram o seu tempo, mas mais que isso, marcaram também a vida política portuguesa contemporânea.
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Foi em 1879 que se deu uma inflexão no seu percurso intelectual, com o início da publicação da «BIBLIOTECA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS», de sua autoria.
História, demografia, mitos religiosos, economia e finanças foram temas que a colecção pretendeu abordar. Este empreendimento ficou marcado pelo autodidactismo de «OLIVEIRA MARTINS». Uma das características indissolúveis do percurso do próprio historiador.
A historiografia e o pensamento social e político que deixou, ainda hoje, geram interpretações diversas, o que não espanta já que «OLIVEIRA MARTINS» foi sempre avesso aos rótulos que lhe tentaram colocar.
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «AVENIDA DA LIBERDADE [ XIII ] - ALEXANDRE HERCULANO».

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

AVENIDA DA LIBERDADE [ XI ]

Avenida da Liberdade - (Post. 1959) Foto de Luís Filipe de Aboim Pereira (Estátua de António Feliciano de Castilho na Avenida da Liberdade, inaugurada em 1952) in AFML
Avenida da Liberdade - (Post. 1952) Foto de Cláudio Madeira (Estátua de António Feliciano de Castilho na Avenida da Liberdade) in AFML

Avenida da Liberdade - (1952) - Fotógrafo não identificado (Estátua de António Feliciano de Castilho na Avenida da Liberdade) in AFML

Avenida da Liberdade - (Entre 1900 e 1945) Foto de José Artur Leitão Bácio - Gravura - (António Feliciano de Castilho) in AFML


(CONTINUAÇÃO)
AVENIDA DA LIBERDADE [ XI ]
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«ESTATUÁRIA NA AVENIDA (2) - ANTÓNIO FELICIANO DE CASTILHO»
Estátua de mármore sobre plinto de pedra, com 2,88 metros, foi executada pelo mestre «LEOPOLDO DE ALMEIDA» em 1948.
A estátua do poeta ultra-romântico de nome «ANTÓNIO FELICIANO DE CASTILHO» está situada na «AVENIDA DA LIBERDADE» no cruzamento com a «RUA ALEXANDRE HERCULANO», foi inaugurada em 27 de Maio de 1950, fazendo parte das quatro estátuas que integram o conjunto dedicado a escritores do século XIX, e apontam os extremos dos talhões desta avenida.
«ANTÓNIO FELICIANO DE CASTILHO (1800-1875)» ficou conhecido pela polémica que manteve com «ANTERO DE QUENTAL» e a corrente realista, a propósito dos cânones da literatura:
A formação de «CASTILHO» foi inspirada pelos clássicos, talvez devido à influência do seu irmão «AUGUSTO», pároco em «CASTANHEIRA DO VOUGA», e foi a beleza formal, o ritmo e a cadência das palavras, que lhe prendeu a atenção.
Os seus poemas «A NOITE DO CASTELO» e «OS CIÚMES DO BARDO», publicados em 1836 e 1838, contêm todos os ingredientes do "ultra-romantismo", como sejam o mistério, o ambiente feudal, a vingança violenta, o ciúme, o amor fatídico, a morte.
A sua actividade de tradutor, porém, mereceu louvores, quer pela fidelidade aos originais, quer pela linguagem usada na tradução. Se a tradução parece ter sido o seu melhor oficio, foi porém na literatura que conheceu êxito, tornando-se já em fim de carreira, no mestre da literatura oficial.
Foi nomeado para cargos estatais, exerceu aquilo que foi considerada uma "tirânica" influência na produção literária do seu tempo, apadrinhando apenas os escritores que partilhavam das suas opções altamente conservadoras.
Foi precisamente contra o seu magistério e as suas ideias que «ANTERO DE QUENTAL» e os seus companheiros de COIMBRA mantiveram a mais célebre polémica literária do nosso país, que ficou registada para a história como "A QUESTÃO COIMBRÃ".
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «AVENIDA DA LIBERDADE [ XII ] - ESTATUÁRIA NA AVENIDA ( 3 ) - OLIVEIRA MARTINS»

sábado, 9 de outubro de 2010

AVENIDA DA LIBERDADE [ X ]

Avenida da Liberdade - (200_) - Fotógrafo não identificado (Monumento a ROSA ARAÚJO na Avenida da Liberdade, transferido do cruzamento da "RUA ROSA ARAÚJO" com a "RUA MOUZINHO DA SILVEIRA") (Com a figura de pedra de "LISBOA COROADA") in MARCAS DAS CIÊNCIAS
Avenida da Liberdade - (1963) - Foto de Armando Serôdio - {Busto de ROSA ARAÚJO, antigo Presidente da CML colocado na Avenida da Liberdade (sem a figura de pedra "LISBOA COROADA")} in AFML

Avenida da Liberdade - (1944) Foto de Eduardo Portugal (Busto de Rosa Araújo na "RUA ROSA ARAÚJO" esquina com a "RUA MOUZINHO DA SILVEIRA", inaugurado neste local em 25 de Outubro de 1936) in AFML

Avenida da Liberdade - (Post. 1936) - Estúdios Mário Novais (Monumento a ROSA ARAÚJO na esquina da "RUA ROSA ARAÚJO" com a "RUA MOUZINHO DA SILVEIRA") in AFML

Avenida da Liberdade - s/d (Desenho a carvão) (Estúdios Mário Novais) (No Palácio Galveias, exposição comemorativa ao cinquentenário do falecimento de Rosa Araújo, Presidente da CML de 1879 a 1885) in AFML

Avenida da Liberdade - s/d - (Rosa Araújo, caricatura de Rafael Bordalo Pinheiro) in AFML
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(CONTINUAÇÃO)
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AVENIDA DA LIBERDADE [ X ]
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«ESTATUÁRIA NA AVENIDA - ( 1 ) - ROSA ARAÚJO »
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O homem que mandou fazer a «AVENIDA DA LIBERDADE» tem hoje, (nesta Avenida), um busto de bronze, estando na base do pedestal em tamanho natural a figura de pedra de «LISBOA COROADA» em atitude de agradecimento e homenagem prestada a «JOSÉ GREGÓRIO DA ROSA ARAÚJO», pelos melhoramentos que promoveu na cidade.
Inicialmente tinha sido instalado todo este estatuário no cruzamento da «RUA ROSA ARAÚJO» e a «RUA MOUZINHO DA SILVEIRA».
Este busto foi executado por «ANTÓNIO AUGUSTO DA COSTA MOTA»(Sobrinho), no ano de 1936, sendo também a data em que foi registada a sua primeira colocação.
Achavam os intelectuais da época, que o busto era modesto e estava ridicularmente situado entre aquelas duas ruas. Talvez seja este o motivo de agora se encontrar na «AVENIDA».
Por tudo isto, consideramos importante dar a conhecer um pouco da história deste homem, que muito deu à cidade de LISBOA.
Comerciante, Deputado e Presidente da Câmara de Lisboa «ROSA ARAÚJO» foi o responsável pela criação da «AVENIDA DA LIBERDADE», "ex-libris" da Capital.
«JOSÉ GREGÓRIO DA ROSA ARAÚJO » nasceu em Lisboa a 17 de Novembro de 1840 e na mesma cidade veio a falecer a 26 de Janeiro de 1893.
Herdou dos pais, proprietários de uma importante confeitaria em Lisboa, uma considerável fortuna. Logo aos 13 anos entrou para o estabelecimento paterno na «RUA DE SÃO NICOLAU», principiando então a sua vida comercial.
Em finais de 1871 depois de ter ocupado vários cargos de acção humanitária, recebeu um convite do Governador Civil de Lisboa, «AUGUSTO CÉSAR CAU DA COSTA», para fazer parte das listas à Câmara. Recusou, mas voltou a ser convidado, com insistência por «RODRIGUES SAMPAIO». Só quando seu pai o aconselhou a aceitar o convite, cedeu finalmente.
Fez então parte da vereação municipal, pela primeira vez, no biénio 1872/73.
As resoluções que tomou acerca da concessão dos "carris de ferro" deram-lhe destaque na vereação. Em 1876 é novamente notado o seu trabalho, nomeadamente no saneamento da cidade e na admissão de crianças no Asilo de Maria Pia.
Chegado finalmente à presidência da Câmara Municipal, realizou trabalho de mérito na criação de creches, de talhos municipais, no desenvolvimento do «BAIRRO DA ESTEFÂNIA», «BAIRRO CAMÕES» e no mercado coberto da «PRAÇA DA FIGUEIRA» (demolida em 1949), bem como na conclusão dos «PAÇOS DO CONCELHO».
A sua obra mais notável veio a ser a «AVENIDA DA LIBERDADE», cujos trabalhos se iniciaram em 1879, depois de grande contestação política. A «AVENIDA» acabou por tornar-se um dos locais centrais da cidade.
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «AVENIDA DA LIBERDADE [ XI ] - ESTATUÁRIA NA AVENIDA - (2) - ANTÓNIO FELICIANO DE CASTILHO»







quarta-feira, 6 de outubro de 2010

AVENIDA DA LIBERDADE [ IX ]

Avenida da Liberdade - (2005) Foto de APS (A Praça do Marquês de Pombal) in ARQUIVO/APS
Avenida da Liberdade - (195_)? - Fotógrafo não identificado (Postal) (Praça e Monumento ao Marquês de Pombal) in IÉ-IÉ

Avenida da Liberdade - (c. 1934) Foto de Pinheiro Correia (Fotografia aérea da Praça do Marquês de Pombal, destaca-se o Monumento ao Marquês - inaugurado a 13 de Maio de 1934) in AFML


Avenida da Liberdade - (193_)? - Fotógrafo não identificado (Construção da Praça do Marquês de Pombal) in AO ESCORRER DA PENA



Avenida da Liberdade - (1898) - Estúdios Mário Novais (Feira Franca na Avenida da Liberdade e Rotunda - IV Centenário da Índia) in AFML

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(CONTINUAÇÃO)
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AVENIDA DA LIBERDADE [ IX ]

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«PRAÇA MARQUÊS DE POMBAL»

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A abertura da «AVENIDA DA LIBERDADE» permitiu à cidade a sua expansão para NORTE.
Existia um projecto de concepção e a ideia desde o início que no topo NORTE fosse elaborada uma PRAÇA, com um monumento ao «MARQUÊS DE POMBAL» ao centro.
As dificuldades económicas fizeram tardar o monumento e o respectivo arranjo urbanístico da praça.
O «CENTENÁRIO DA ÍNDIA» realizou-se nesta vasta área da PRAÇA no ano de 1898. A chamada «FEIRA FRANCA» da qual podemos relembrar em fotos, com o seu grande castelo ao centro, um elefante de madeira e a esfera armilar no eixo terminal da «AVENIDA». A PRAÇA já nessa altura praticamente apresentava o desenho em «ROTUNDA».
No ano de 1910, poucos anos depois das comemorações do «CENTENÁRIO DA ÍNDIA», a «PRAÇA DO MARQUÊS DE POMBAL» estava definida como hoje se apresenta. É entre a década de 1899 e 1909 que se pode colocar a data da edificação formal da PRAÇA.
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Da «PRAÇA DO MARQUÊS DE POMBAL» (ROTUNDA) partem em várias direcções artérias importantes. Temos a poente a «RUA BRAACAMP» que com o final da «RUA ALEXANDRE HERCULANO» nos pode levar ao «LARGO DO RATO».
Igualmente a poente a «RUA JOAQUIM ANTÓNIO DE AGUIAR» dá-nos o seguimento para a «PONTE 25 DE ABRIL» ou para o «AUTO-ESTRADA» do ESTORIL. Do lado oposto nascente a «AVENIDA DUQUE DE LOULÉ», na qual corre o viaduto sobre a «RUA DE SANTA MARTA», e que termina na «PRAÇA JOSÉ FONTANA» antigo (MATADOURO).
A «AVENIDA FONTES PEREIRA DE MELO» vai terminar na «PRAÇA DUQUE DE SALDANHA». É por esta artéria que chegamos ao «CAMPO GRANDE».
A «PRAÇA DO MARQUÊS DE POMBAL» também conhecida por «ROTUNDA», foi palco de eventos lúdicos e políticos, está ligada à nossa história política contemporanea, pelos acontecimentos revolucionários que nela tiveram lugar ou extensão, com início no «5 de OUTUBRO DE 1910»( que ontem celebrou o seu centenário), passando pelo «14 DE MAIO DE 1915»; «8 DE DEZEMBRO DE 1917»; «18 DE ABRIL DE 1925» e já no final do século XX (até aos nossos dias), as manifestações anuais do «25 DE ABRIL» em liberdade, entre o «MARQUÊS» e o «ROSSIO», além de manifestações clubistas - e não só - que ali ocorrem regularmente.
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «AVENIDA DA LIBERDADE [ X ] - ESTATUÁRIA NA AVENIDA(1) - "ROSA ARAÚJO"»



sábado, 2 de outubro de 2010

AVENIDA DA LIBERDADE [ VIII ]

Avenida da Liberdade - (2006) - Foto de APS - ("Parque Eduardo VII" ao cimo da Avenida da Liberdade, antigo "PARQUE DA LIBERDADE" antes de 1903) in ARQUIVO/APS
Avenida da Liberdade - (2005) Foto de APS (Parque Eduardo VII num dia de FEIRA DO LIVRO) in ARQUIVO/APS

Avenida da Liberdade - (2005) - Fotógrafo não identificado (Parque Eduardo VII, anteriormente designado «PARQUE DA LIBERDADE» in WIKIPÉDIA


Avenida da Liberdade - (1943) Foto dos Estúdios Mário Novais (Projecto do Parque Eduardo VII e Prolongamento da Avenida da Liberdade) (Planta de Pavimentos e Arborização, Escala 1:1000, 1932 - Engº António Emídio Abrantes - Arquivo Municipal-Arco do Cego -A.M. - A.C.)
in AFML
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(CONTINUAÇÃO)
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AVENIDA DA LIBERDADE [ VIII ]
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«PARQUE EDUARDO VII»
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A Câmara de Lisboa procurou substituir o «PASSEIO PÚBLICO» por outro jardim no parque público.
Organizou em 1887 um concurso internacional destinado a seleccionar um projecto de parque paisagista a construir nos terrenos do «CASAL DO MONTE ALMEIDA», a NORTE da «AVENIDA DA LIBERDADE». O novo parque a rematar a AVENIDA, deveria chamar-se «PARQUE DA LIBERDADE».
O programa do concurso elaborado pela CML fundamentava-se nos princípios do parque paisagístico. O estilo tido como modelo pelas realizações parisienses executadas entre 1853 e 1870, era considerado, então, como o paradigma da modernidade na arte dos jardins urbanos.
O estudo do «PARQUE DA LIBERDADE», (como se chamou inicialmente) foi rebaptizado em «PARQUE EDUARDO VII), por ocasião da visita do »REI DE INGLATERRA» a LISBOA no ano de 1903.
Quase todos os terrenos pertenciam, na sua maior parte ao capitalista «CARLOS MARIA EUGÉNIO DE ALMEIDA (1846-1914)», começavam na «PENITENCIÁRIA» e estendiam-se até «SÃO SEBASTIÃO DA PEDREIRA».
Desde 1888 que a Câmara pensava ajardinar este local, mas só no século XX se lhe daria destino paisagístico.
A «ESTUFA FRIA» foi criada no ano de 1920, e no lado nascente podemos encontrar um "PALÁCIO" no local do antigo «PAVILHÃO DAS EXPOSIÇÕES» ou «PAVILHÃO DAS FESTAS» como inicialmente lhe chamaram.
Por ocasião do ano de 1932 foi construído pelo arquitecto «ALEXANDRE SOARES» e o Engº. «DIOGO SOBRAL» sendo inaugurado a 3 de Outubro desse mesmo ano, coincidindo com a abertura da «SEGUNDA EXPOSIÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESA», que por esse motivo, lhe deram o nome de «PALÁCIO DE EXPOSIÇÕES E FESTAS». A arquitectura do "PALÁCIO" é do estilo «D. JOÃO V», tocada aqui e ali de barroco. Tem dois torreões em cada extremo, um corpo central de larga varanda, sobre o pórtico e terraços abalaustrados que ligam estes elementos principais ao todo arquitectónico.
Uma deliberação Camarária de 27 de Agosto de 1984, passou a designar este recinto Desportivo de «PAVILHÃO CARLOS LOPES», em homenagem ao atleta «CAMPEÃO OLÍMPICO DA MARATONA» nos Jogos Olímpicos de «LOS ANGELES» de 1984.
Neste «PAVILHÃO» nos anos 50 e 60 do século passado, realizaram-se os mais diversos eventos. Podemos destacar alguns: Torneio de hóquei em patins; Boxe; Luta livre; Marchas Populares de Lisboa, e foi ainda palco de muitos serões para trabalhadores, realizados pela F.N.A.T. em colaboração com E.N..
Presentemente continuamos a assistir "religiosamente" neste espaço do «PARQUE EDUARDO VII», à tradicional exposição da «FEIRA DO LIVRO».
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «AVENIDA DA LIBERDADE [ IX ] - PRAÇA DO MARQUÊS DE POMBAL».