terça-feira, 1 de abril de 2008

LARGO DO RATO [ I ]

Largo do Rato - (200-) Fotógrafo não identificado (Chafariz do Rato) in www.f_saomamede.pt
Largo do Rato - (S.D.) Foto Eduardo Portugal (Chafariz do Rato) in AFML
Largo do Rato - (S.D.) Fotógrafo não identificado (Chafariz do Rato) in AFML
Largo do Rato - (195--) Foto Judah Benoliel ( O Largo do Rato visto do lado poente) in AFML
Largo do Rato - (1943) Foto Eduardo Portugal (Largo do Rato frente para a Avenida Álvares Cabral) in AFML

Largo do Rato - (Ant. 1917) Foto Alberto Carlos Lima in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa



O LARGO DO RATO pertence à freguesia de SÃO MAMEDE. Fica situado entre as ruas: do SALITRE, da ESCOLA POLITÉCNICA, de SÃO BENTO, do SOL AO RATO, das AMOREIRAS, de SÃO FILIPE NERI, de ALEXANDRE HERCULANO, da AVENIDA ÁLVARES CABRAL e da calçada BENTO DA ROCHA CABRAL.


O LARGO DO RATO, constitui um ponto de confluência, onde desembocam lugares de cruzamentos e vários caminhos.
A antiga COTOVIA, agora Rua da Escola Politécnica, também ali entroncam a Rua do Salitre, proveniente das hortas de VALVERDE e Rua das Pretas, o caminho de S. Bento, que nascia da BOAVISTA próximo do Rio Tejo, a Estrada de Campolide, hoje Rua das Amoreiras e, por fim duas estreitas azinhagas que levam uma ao Alto do Campo de Ourique, a actual Rua do Sol, e outra aos terrenos da quinta dos padres Oratórios.


Com a construção do Aqueduto, este sítio tornou-se mais procurado, e a abundância de água ajudou a que se fixassem algumas industrias como a «REAL FÁBRICA DAS SEDAS» e a «REAL FÁBRICA DE LOIÇAS DO RATO».


O LARGO DO RATO, de denominação atribulada (pelas várias mudanças de nome). Em 1881 a Câmara de Lisboa delibera que a artéria passe a ter o nome de RUA DO RATO. Em 1910 com a República, passa a chamar-se PRAÇA DO BRASIL. A mudança não alterou o nome usado pela população, e em 1948 volta a ser LARGO DO RATO.
Na actualidade, como local de passagem diária de milhares de veículos, o Largo é pouco agradável para os transeuntes, contrariamente ao que certamente aconteceria no século XIX.



O CHAFRIZ DO RATO
Fazendo parte da rede de fontanários de Lisboa, do século XVIII, o «CHAFARIZ DO RATO» foi inaugurado em 1744, sendo a obra atribuída ao Húngaro CARLOS MARDEL (1675-1763).
O abastecimento de água, provinha do Aqueduto das Águas Livres de Lisboa, de uma galeria que partia do reservatório da Mãe-de-Água nas Amoreiras.
Apesar de muitas polémicas à volta da grande obra que foi o «AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES», em 1748 as águas corriam já na maior parte do novo aqueduto. No entanto só em 1799, ou seja 67 anos depois do início da construção, a obra é totalmente acabada.
Na construção deste fontanário foi usada pedra lioz e a sua balaustrada ladeada pelos muros que sustentam o Jardim da antiga Quinta dos Duques de Palmela. As ruas do Salitre e da Escola Politécnica convergem para o «CHAFARIZ DO RATO».
Este chafariz construído para ser utilizado no abastecimento da população residente, ainda hoje pode ser observado, tendo recebido recentemente obras de restauro e conservação.
(CONTINUA) (Próximo - Palácio Marquês da Praia, Sede do PS)



3 comentários:

Anónimo disse...

A que se deve nme de Rato? Já ouvi 2 versões e gostava de saber quem é Pereira Coutinho, a quem chamavam o Rato e se ele está na origem do nome.obrigada.
Maria Caldeira

APS disse...

Cara Maria Caldeira

Agradeço que leia o «LARGO DO RATO [ III] de 03.04.2008. http://aps-ruasdelisboacomhistria.blogspot.pt/2008/04/largo-do-rato-iii.html
Nomeadamente o CONVENTO DAS TRINAS DO RATO ou MOSTEIRO DE Nª. Srª. DOS REMÉDIOS DA SANTÍSSIMA TRINDADE" do século XVII. Ali também lhe explica a origem do Largo do Rato, a que acho mais provável, e refere-se à alcunha de "RATO" que um descendente do primeiro doador «LUÍS GOMES DE SÁ E MENESES" tinha nessa época.
Pode ainda consultar: Dicionário da História de Lisboa; Monumentos Sacros de Lisboa em 1833 de Luís Gonzaga Pereira; CASTILHO, Jerónimo de, História dos Mosteiros, Conventos e Casas Religiosas de Lisboa, 1973, 1975 e 1988; SILVA, Manuel Ferreira da, FREGUESIA DE SANTA ISABEL- Monografia Histórica da Paróquia, LISBOA, 1994.

O tal "PEREIRA COUTINHO" que se refere, terá alguma ligação a Álvaro PEREIRA de Forjaz COUTINHO, dono de um Palacete no mesmo século de XVII na CALÇADA DA CRUZ DA PEDRA[III] de 20.03.2009 ? (Depois mais conhecido pelo Palácio de D. Miguel Pereira Forjaz" (seu filho). Ver:http://aps-ruasdelisboacomhistria.blogspot.pt/search?q=Pereira+Coutinho
Despeço-me com amizade
Cumprimentos
APS

Chris disse...

Parabéns pelo seu blog. Atualmente estou a morar em Lisboa, cidade que muito me encanta.