. 1925) - Fotógrafo não identificado (Largo de Camões e um trecho da Praça dos Restauradores no lado esquerdo a Estação do Rossio) - 105 Verso: G.
F. Lisboa.
e Marília Abel-Livros Horizonte - 2003.
- (1949) Foto de Eduardo Portugal - (Antigo Largo de Camões actual Praça Dom João da Câmara)
Praça Luís de Camões - (
ant. a 1925) - Fotógrafo não identificado (Largo de Camões no Rossio, actual Praça Dom João da Câmara)
in AFML
Praça Luís de Camões - (Século XIX) - Fotógrafo não identificado ( Largo de Camões junto ao Teatro D. Maria II) 106-Verso: sigla - S.R.
in O Rossio em Postal antigo de Carlos
Consiglieri e Marília Abel-Livros Horizonte - 2003.
(CONTINUAÇÃO)
PRAÇA LUÍS DE CAMÕES [III]
«O LARGO DE CAMÕES»
A actual «PRAÇA DE DOM JOÃO DA CÂMARA», situada lateralmente junto do Teatro D. Maria II (ao Rossio), designado por este nome desde 1925, foi substituir a sua antiga denominação toponímica de «LARGO DE CAMÕES».
Embora este «CAMÕES» nada tenha a ver com o nosso poeta «LUÍS VAZ DE CAMÕES», o nome do anterior homenageado tratava-se de «CAETANO JOSÉ DA SILVA SOTOMAIOR», nasceu em Olivença, talvez em 1694, e morreu em 1739. Foi um notável poeta humorístico barroco , formou-se em Direito na Universidade de Coimbra, e é na cidade do Mondego que os colegas o comparam a Camões. Vem para Lisboa entra na a corte de D. João V como corregedor do Bairro do Rossio e Juiz do Crime da Mouraria, escritor enigmático, que tinha morada no Rossio (1).
«O CAFÉ MARTINHO no LARGO DE CAMÕES»
O «CAFÉ MARTINHO» no «LARGO DE CAMÕES» (actual Praça Dom João da Câmara) é de altura do segundo quartel do século XIX, tendo como seu fundador «MARTINHO RODRIGUES» que, mais tarde iria adquirir o «CAFÉ ARCADA» (actual MARTINHO DA ARCADA no Terreiro do Paço).
O «CAFÉ MARTINHO» um dos mais belos e concorridos cafés do «ROSSIO». Após um período de encerramento, apresenta-se como «CAFÉ-RESTAURANTE» em 1909.
A «ILUSTRAÇÃO PORTUGUESA» da época publicava em referência: «O Martinho - o velho café das tradições literárias e boémias - quis também modernizar-se, e, ao cabo de alguns meses de encerramento, reabriu agora, transformado de uma maneira completa, com uma aparência rejuvenescida.
O Projecto das decorações e todas as pinturas foram feitas pelo distinto artista Sr. JOÃO VAZ, director da Escola Industrial de Xabregas, e o trabalho de escultura executado pelo Sr. JOSEF FULLER, professor de modelação da mesma escola»
Este café fechou definitivamente as suas portas para lá ser instalado o «BANCO DO ALENTEJO» em 1968, no entanto foi grande centro cultural e de lazer.
Lembramo-nos que aquando do fecho em 1963 do «CAFÉ DO CHIADO» onde tínhamos as nossas reuniões Charadísticas, passámos para a cave deste café no antigo «LARGO DE CAMÕES». Até ao fecho das suas portas (1968) a Tertúlia Edípica com o seu órgão informativo «O CHARADISTA», privilegiou este local para as suas reuniões semanais. Aí nasceu (e fazia parte da nossa ferramenta de trabalho) o «DICIONÁRIO DE SINÓNIMOS», de cujos direitos foram vendidos à Porto Editora, Lda. em 1977, que o juntou à sua vasta gama de Dicionários. Em 2003 na sua 2ª Edição do Dicionário, tem ainda um prefácio da 1ª edição, com alusão à «TERTÚLIA EDÍPICA».
Neste Largo, além do «MARTINHO» existiu (no inicio do Século XX) o café «SUÍSSO», (que nada tem em comum com a Pastelaria Suíça do Rossio), ocupava quatro portas deste Largo. No local onde se encontrava edificado o «PALÁCIO CADAVAL» foi construída em 1887 a «ESTAÇÃO DO ROSSIO».
(1) - "O Ocidente" de 01 de Setembro de 1887 página 195.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «PRAÇA LUÍS DE CAMÕES [IV]-A ESTÁTUA DO POETA (1)»