sábado, 14 de dezembro de 2013

BOAS FESTAS





Desejamos a todos os "BLOGUISTAS" e AMIGOS FELIZ NATAL e um BOM ANO NOVO de 2014.

Estamos próximo do NATAL, é habitual fazermos uma paragem para meditação.


Voltaremos no próximo ANO (se Deus quiser e nos der saúde) com mais RUAS. Até lá vivamos esta quadra com o espírito de verdadeiro NATAL.

Façam o favor de serem felizes!

APS

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

FREGUESIAS DE LISBOA

De acordo com a recente «REFORMA ADMINISTRATIVA DE LISBOA», foram reduzidas de 53 para 24 as FREGUESIAS de LISBOA.
Implementadas para o ano de 2013, foram promulgadas pelo Senhor Presidente da República em 16.01.2013.

MAPA DOS NOVOS LIMITES DE LISBOA E NOMES DE JUNTAS DE  FREGUESIA


ORGANIZAÇÃO DAS JUNTAS DE FREGUESIAS DE LISBOA - Fonte:CML

-  1  - AJUDA (Mantém)

-  2  - ALCÂNTARA (Mantém)

-  3  - ALVALADE (Engloba CAMPO GRANDE e SÃO JOÃO DE BRITO)

-  4  - AREEIRO (Engloba ALTO DO PINA e SÃO JOÃO DE DEUS)

-  5  - ARROIOS (Engloba ANJOS, PENA e SÃO JORGE DE ARROIOS)

-  6  - AVENIDAS NOVAS (Engloba S. Sebastião da Pedreira e Nª. Senhora de Fátima)

-  7  - BEATO (Mantém)

-  8  - BELÉM (Engloba SÃO FRANCISCO XAVIER e SANTA MARIA DE BELÉM)

-  9  - BENFICA (Mantém)

- 10 - CAMPO DE OURIQUE (Engloba SANTO CONDESTÁVEL e SANTA ISABEL)

- 11 - CAMPOLIDE (Mantém)

- 12 - CARNIDE (Mantém)

- 13 - ESTRELA (Engloba LAPA, SANTOS-O-VELHO e PRAZERES)

- 14 - LUMIAR (Mantém)

- 15 - MARVILA (Mantém)

- 16 - MISERICÓRDIA (Engloba MERCÊS, STª CATARINA, ENCARNAÇÃO e S. PAULO)

- 17 - OLIVAIS (antiga designação de SANTA MARIA DOS OLIVAIS)

- 18 - PARQUE DAS NAÇÕES (Nova)

- 19 - PENHA DE FRANÇA (Engloba SÃO JOÃO)

- 20 - SANTA CLARA (Engloba CHARNECA e AMEIXOEIRA)

- 21 - SANTA MARIA MAIOR (Engloba CASTELO, MADALENA, MÁRTIRES,          SACRAMENTO, SANTA JUSTA, SANTIAGO, SANTO ESTÊVÃO, SÃO CRISTÓVÃO e  SÃO LOURENÇO, SÃO MIGUEL, SÃO NICOLAU, SÉ e SOCORRO)

- 22 - SANTO ANTÓNIO (Engloba SÃO MAMEDE, S. JOSÉ e CORAÇÃO DE JESUS)

- 23 - SÃO DOMINGOS DE BENFICA (Mantém)

- 24 - SÃO VICENTE  (Engloba GRAÇA e SANTA ENGRÁCIA)


(PRÓXIMO)«BOAS FESTAS»

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

ÍNDICE DE ARTÉRIAS EDITADAS EM 2013


                                      ALAMEDA, PRAÇA e RUAS de LISBOA


                                                 ÍNDICE POR FREGUESIAS


Foram publicadas durante o ano de 2013 - 1 ALAMEDA (representando 9 publicações) Uma Praça e RUAS num total de 97 publicações relacionadas com artérias de LISBOA.


(PRÓXIMO)«NOVAS FREGUESIAS COM MAPA»


sábado, 7 de dezembro de 2013

ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES [ IX ]

 Alameda Dom Afonso Henriques - (Post. 1948) Foto de Horácio Novais Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian - (A "FONTE MONUMENTAL DA ALAMEDA" em actividade no seu início) in FLICKR 
 Alameda Dom Afonso Henriques - (Post. 1948) Foto de Horácio Novais (1910-1988) Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian) (A "FONTE MONUMENTAL" em pleno funcionamento, numa noite nos  finais dos anos quarenta do século passado) in FLICK
 Alameda Dom Afonso Henriques - (1948) Foto de Fernando Martins Pozal (A "FONTE MONUMENTAL" da "ALAMEDA" foi inaugurada em 28 de Maio de 1948) in AFML 
 Alameda Dom Afonso Henriques - (195_) Foto de António Castelo Branco ( Panorâmica da "FONTE MONUMENTAL", construída no lado Nascente da "Alameda Dom Afonso Henriques") in AFML 
 Alameda Dom Afonso Henriques - (2013) Foto de N. J. Rosa  (Algumas "NEREIDES" na parte de baixo das taças da "FONTE MONUMENTAL DA ALAMEDA", que este ano entrou novamente em funcionamento) in  AVENTURA LX
Alameda Dom Afonso Henriques - (2013) - Foto de Nataniel J. Rosa - (A "FONTE MONUMENTAL" depois da sua reabertura e devolvida à cidade) in AVENTURA LX 


(CONTINUAÇÃO) - ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES [ IX ]

«A FONTE MONUMENTAL DA AVENIDA DOM AFONSO HENRIQUES ( 3 )»

A construção da "FONTE LUMINOSA" teve início em 1940, porém a obra sofreu atrasos. As figuras das "NEREIDES"m entregues ao escultor "MAXIMIANO ALVES", só estariam terminadas em 1942; também a empreitada escultórica, confiada a "DIOGO MACEDO", só em 1943 seria concluída. Por essa altura, a fonte estaria quase pronta, contudo a sua inauguração oficial só se verificou a 28 de Maio de 1948,  celebrando simultâneamente a "REVOLUÇÃO NACIONAL" e a abertura da "I EXPOSIÇÃO DE OBRAS PÚBLICAS".
Os jogos de água luminosa seguiram à letra os previstos no plano de 1939, e só a estátua apresentou ligeiras modificações; "DIOGO DE MACEDO" (1889-1958) esculpiu uma alegórica figura do TEJO, segurando uma nau que um  "TRITÃO-CRIANÇA" procurava alcançar, montado num cavalo-marinho empinado sobre golfinhos que vomitam repuxos. Esculpiu também as "TÁGIDES" com caudas de peixes, segurando golfinhos e búzios, repuxando água parabolicamente e com efeitos de cornucópia.
"MAXINIANO ALVES" (1888-1954), por seu turno, concebeu as treze "NEREIDES" como figuras de vulto de distintas torções, segurando búzios e vieiras donde caem fios de água.
Envolvendo as esculturas do lago grande, dispõem-se feixes e repuxos verticais e parabólicos, que alternam com cortinas de água pulverizada: a contracurva de bordo do primeiro lago apresenta duas ordens de repuxos parabólicos formando gambiarras em leque, enquanto o bordo do lago grande é inteiramente percorrido por 66 repuxos parabólicos. Por fim, bocas de água submersas no grande lago proporcionam efeitos de água revolta.
Para as fachadas dos corpos laterais, que albergam a maquinaria, o escultor "JORGE BARRADAS"(1894-1971) concebeu dois "BAIXOS-RELEVOS VERTICAIS", com alegorias ao trabalho, outrora policromo. Do mesmo modo, também o conjunto do terraço-miradouro superior se encontra hoje alterado.
A "FONTE MONUMENTAL" esteve largos anos um pouco abandonada de manutenção. Em Dezembro de 2012 após obras de melhoramentos no valor de cerca de 1.3 Milhões de euros, foi finalmente recuperada.
Nesta intervenção foram introduzidos um novo sistema de alimentação, duas novas bombas (num total de seis, sendo as restantes reparadas) e quadros eléctricos diferenciados para as bombas e para a iluminação (fornecida por 292 projectores, servidos por cerca de 80 transformadores). Um sistema computorizado que permite uma diversidade de efeitos cénicos dos jogos de água e luz e programação das horas de funcionamento, para horários de Verão e Inverno. O sistema eléctrico tem como principal objectivo a poupança de energia. Procedeu-se à limpeza da "FONTE LUMINOSA" selou-se fissuras e restaurou-se conjuntos escultóricos. 
E finalmente a "FONTE MONUMENTAL" foi devolvida ainda mais bonita à cidade de Lisboa, aos turistas e lisboetas, com todo o seu esplendor que lhe é merecido.
[FINAL]

BIBLIOGRAFIA

- ACCIAIUOLI, Margarida - Os Cinemas de Lisboa - Bizâncio - 2013-LISBOA
- DICIONÁRIO DA HISTÓRIA DE LISBOA - Carlos Quintas&Associados-consultores 1994-Sacavém
- FERNANDES, José Manuel - Lisboa em Obras - Liv. Horizonte-1997-Lisboa
- FRANÇA, José-Augusto- Lisboa:Urbanismo e Arquitectura. Liv. Horizonte-1997-Lisboa
- GUIA URBANÍSTICO E ARQUITECTÓNICO DE LISBOA-Associação dos Arquitectos Portugueses-1987-Lisboa
- QUARTAS JORNADAS DE TOPONÍMIA DE LISBOA - CML-2004 - Lisboa

INTERNET
- WIKIPÉDIA
- LISBOA VERDE
- CINEMA AOS COPOS
- RESTOS DE COLECÇÃO

(PRÓXIMO)«ÍNDICE DE ARTÉRIAS EDITADAS EM 2013»

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES [ VIII ]

 Alameda Dom Afonso Henriques (2013) Foto de N.J.Rosa Nataniel J. (A "FONTE MONUMENTAL" da "ALAMEDA", já em pleno funcionamento) in AVENTURA LX
 Alameda Dom Afonso Henriques - (1959) Foto de Armando Serôdio (Escultura do "RIO TEJO" da autoria de "DIOGO de MACHADO", colocada no lago principal da "Fonte Monumental" na "Alameda" in  AFML 
 Alameda Dom Afonso Henriques - (1959) Foto de Armando Serôdio (Uma "TÁGIDE", ninfa do "TEJO", escultura da autoria de "Diogo de Macedo"1889-1958, na "FONTE MONUMENTAL" da "ALAMEDA"  in  AFML
 Alameda Dom Afonso Henriques - (1959) Foto de Armando Serôdio (Uma "TÁGIDE" ninfa do "TEJO". Escultura da autoria de "Diogo de Macedo", na "FONTE MONUMENTAL" na "ALAMEDA" in  AFML
 Alameda Dom Afonso Henriques - (1959) Foto de Armando Serôdio (Uma das "NEREIDES", colocadas agarradas à parede da "FONTE MONUMENTAL", escultura da autoria de "MAXIMIANO ALVES") in AFML 
Alameda Dom Afonso Henriques - (c. 1952) Foto de António Passaporte (Postal Nº 216 da "FONTE MONUMENTAL" na "ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES" na década de 50) in AFML 
Alameda Dom Afonso Henriques - ( 195_) Foto de Judah Benoiel (A "ALAMEDA" contornando a "FONTE MONUMENTAL" no lado Sul, em direcção à "Rua Barão Sabrosa") (Abre em tamanho grande) in AFML


(CONTINUAÇÃO) - ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES [ VIII ]

«A FONTE MONUMENTAL DA ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES (2)»

No final dos anos quarenta não sendo propriamente dito uma «FONTE LUMINOSA», pois não permitia jogos de água e de luz, não deixa de ter em conta a valorização que à noite, lhe imprimia a iluminação, provida de potentes holofotes exteriores.


Ainda no âmbito das "COMEMORAÇÕES CENTENÁRIAS", foi idealizada uma fonte luminosa de tal grandiosidade, que  excedeu tudo o que até então se tinha construído: a "FONTE MONUMENTAL DA ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES", cuja inauguração prevista para a altura, acabou por ser adiada.
O excelente conjunto modernista de edifícios do "INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO", projectado por "PARDAL MONTEIRO" em 1927 e concluído em 1935, definira um novo eixo urbano, a "ALAMEDA" que, ao longo da qual se foram erguendo diversos edifícios entre os anos 1936 a 1946.
Nesta nova ALAMEDA lisboeta de 120 metros de largura, já pontuada de edifícios, a "FONTE MONUMENTAL" vinha cumprindo um triplo objectivo; fornecer um fecho condigno à ALAMEDA que, simultâneamente, valorizasse o conjunto do "INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO"; proporcional um miradouro que permitisse à população desfrutar de amplo panorama sobre o conjunto da obra realizada; por fim, um objectivo simbólico, comemorativo da entrada das águas do vale do Tejo na cidade, que permitiram, em 1940, em virtude das obras hidráulicas desenvolvidas, elevar para cem milhões de litros o caudal diário destinado ao consumo.
A obra que veio a erguer, seguiu com exactidão, o projecto que o Arquitecto "CARLOS REBELO DE ANDRADE" (1887-1971) riscou em 1939 uma imensa mole em cantaria de CABRIZ (do Concelho de Sintra) (abrangendo quase toda a largura da "ALAMEDA"), verdadeira muralha colocada num plano sobranceiro, em terrenos que tinham pertencido à antiga "QUINTA DO ALPERCHE", dotada de dois corpos avançados nos extremos, com baixos-relevos, e escadarias laterais de acesso ao terraço superior, delimitado por uma balaustrada. Ao alto do corpo central treze olhos de água (repartidos num grupo central de sete; e em dois grupos laterais de três) despejam o seu caudal sobre três enormes descarregadores de queda dupla, a primeira de 1,50 metros e a segunda de 6,50 metros de altura. Cada um destes descarregadores é formado por duas taças sobrepostas sendo o central de maior dimensão. Deles se precipitam em catadupa, a água corre depois para um lago superior de perfil contra curvado donde extravasa para um grande lago inferior de moldura elíptica.
Nesta lago grande existe a figura central de um "TRITÃO" montado num cavalo-marinho, tendo ao lado quatro "TÁGIDES" que repuxariam a água para as toalhas líquidas que caíam das taças, por sua vez (agarrado às suas paredes) é decorado com treze "NEREÍDES" em alto relevo, cada uma com seu vaso, deitando água para o lago superior.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES [ IX ]-A FONTE MONUMENTAL DA ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES ( 3 )».

domingo, 1 de dezembro de 2013

O 1º DE DEZEMBRO

Associando-me ao "MOVIMENTO 1º DE DEZEMBRO" quero deixar aqui o meu inconformismo, pela perda do FERIADO referente à comemoração do 1º de Dezembro (dia que assinala a RESTAURAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DE PORTUGAL), apagado da nossa história pela Lei nº 23/2012.

Lisboa, 1 de Dezembro de 2013
Agostinho de Paiva Sobreira -APS

sábado, 30 de novembro de 2013

ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES [ VII ]

 Alameda Dom Afonso Henriques (Post. 1948) (Foto de Horácio Novais 1910-1988 - Biblioteca de Arte Fundação Calouste Gulbenkian) (A "FONTE MONUMENTAL" na "Alameda Dom Afonso Henriques) in  FLICKR
 Alameda Dom Afonso Henriques - (Post. 1948) (Foto de Horácio Novais- Biblioteca de Arte Fundação Calouste Gulbenkian) (Lateral direito da "FONTE MONUMENTAL" com um painel em baixo-relevo vertical de "JORGE BARRADAS" em alegoria ao trabalho) in FLICKR
Alameda Dom Afonso Henriques - (1942) Foto de Eduardo Portugal (Construção da "Fonte Monumental" na "Alameda"  in  AFML
Alameda D. Afonso Henriques - ( 1939-06) Foto de Eduardo Portugal (Terreno onde foi construída a "FONTE MONUMENTAL" da ALAMEDA) in  AFML
Alameda Dom Afonso Henriques - (1939-06) Foto de Eduardo Portugal (Local onde foi construída a "FONTE MONUMENTAL" da Alameda, em terrenos que pertenciam à "Quinta do Alperche") (abre em tamanho grande)  in  AFML 

Alameda Dom Afonso Henriques - (Post. 1948) (Foto de Horácio Novais - Biblioteca de Arte F.C.G.) (Lateral esquerdo da "FONTE MONUMENTAL) com um painel central de baixo-relevo vertical, de "JORGE BARRADAS" em alegoria ao trabalho) in FLICKR

(CONTINUAÇÃO) - ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES [ VII ]

«A FONTE MONUMENTAL DA ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES (1)»

Nos primeiros tempos chamaram-lhe oficialmente «FONTE MONUMENTAL DA ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES», hoje é conhecida pela "FONTE LUMINOSA DA ALAMEDA".
Desde sempre, o ser humano se extasiou perante os naturais efeitos causados pela água a cair: uma nascente, por mais singela, torna-se objecto de romagem e ponto de encontro, em funções que vão muito para além da utilidade essencial. Poços, fontes, chafarizes, têm sempre formado lugares de referência e de atracção. Agora, quando as modernas tecnologias permitem associar facilmente os jorros de água às possibilidades cromáticas da luz, obviamente a beleza ganha novos contornos, apetecidos por muitos.
LISBOA não escapou, evidentemente, ao sortilégio das «FONTES LUMINOSAS». E algumas tentativas têm sido feitas para dotar a cidade deste atractivo. Alguns revelaram-se efémeras; outras têm remado contra o tempo.
Nesta questão de "Fontes Luminosas", a moda veio, como os alvores da alta costura, de PARIS. 
Na verdade, parece ter sido na grande exposição que lançou a "ART DECO" e se realizou na capital francesa em 1925, onde surgiram os jogos de água iluminados, electricamente. Focou célebre, por exemplo, a "FONTE DE LALIQUE", nome de um arquitecto que juntou ao cristal as inúmeras possibilidades dos feixes de água de cores multivariadas. 
Claro que LISBOA invejou logo a maravilha. Mas, se a água não lhe faltava muito, carecia da energia eléctrica suficiente para se dar ao luxo de a utilizar em enfeites. 

Segundo nos informa um bem elaborado estudo do "Dr. RUI AFONSO SANTOS", foi o aparecimento de uma empresa arrojada que permitiu arrancar com esta nova forma de criar formosura. A "ELECTRO-RECLAMO" tomou a seu cargo a divulgação em LISBOA da electricidade decorativa. Muitos lisboetas certamente se lembrarão ainda, por exemplo, dos reclamos luminosos do "ROSSIO" e "RESTAURADORES" (o relógio da Omega, que marcava mesmo as horas certas, o Brandy que vinha de carruagem puxado por cavalos que se moviam, a Torrente de água das Lombadas...) toda, esta publicidade era obra da tal firma, a mesma que instalou no "PARQUE EDUARDO VII" a primeira "FONTE LUMINOSA" da cidade e do país; tal aconteceu em 1933, quando a vereação decidiu colocar naquela zona, à beira do lago, um "LUNA-PARQUE". 
Não foram muito longos nem o "LUNA-PARQUE" nem a respectiva "FONTE LUMINOSA".
Mas a semente tinha ficado lançada. Ainda nos anos 30 do século passado, teve lugar no PORTO uma célebre "EXPOSIÇÃO COLONIAL" e foi neste certame que as fontes iluminadas se apresentavam em grande esplendor.
LISBOA, organizou logo a seguir a na mesma década, uma "EXPOSIÇÃO HISTÓRICA", com sede no pavilhão que viria a ser dos DESPORTOS e depois de CARLOS LOPES.
Nova "FONTE LUMINOSA" reapareceu no lago, elaborada pelo Arquitecto "CARLOS SANTOS", um perito no género, com provas dadas no PORTO. Mas o "PARQUE" não se ficou por aí, ganhando ainda mais jactos de água luminosos, situados estes na esplanada que se abre em frente ao Pavilhão e ladeando um globo terrestre onde se assinalava o então "IMPÉRIO COLONIAL".
Em breve, chegava a "EXPOSIÇÃO DO MUNDO PORTUGUÊS", realizada em 1940, celebrando os  "CENTENÁRIOS DA INDEPENDÊNCIA" e a "RESTAURAÇÃO". BELÉM foi o palco escolhido. E aí surgiu, inevitavelmente, uma nova "FONTE LUMINOSA", esta construída com mais ambições. Terá, aliás, nascido sob melhores signos, dado que ainda se mantém, embora, segundo dizem os admiradores mais antigos, sem a majestade dos primeiros tempos.
Chegou a fazer 63 composições diferentes, num programa que tinha a duração de 45 minutos. De qualquer forma, é sempre bonito ver aquilo que dela resta e admirar, quando se passa na marginal ou no comboio (da linha do Estoril) aqueles jactos coloridos em jogos caprichosos.
Foi exactamente por altura das festas dos CENTENÁRIOS que se começou a falar da construção de uma "FONTE MONUMENTAL NA ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES".

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES [ VIII ]-A FONTE MONUMENTAL DA ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES (2)».

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES [ VI ]

 Alameda Dom Afonso Henriques - (ant. 1952) Foto de Judah Benoliel (Local onde foi construído o "CINEMA IMPÉRIO", entre a "Avenida Almirante Reis", "Alameda Dom Afonso Henriques" e "Rua Quirino da Fonseca") (Abre em tamanho grande)  in  AFML 
 Alameda Dom Afonso Henriques (Depois de Maio de 1952) (O "CINEMA IMPÉRIO" na década da sua inauguração) in  RESTOS DE COLECÇÃO
 Alameda Dom Afonso Henriques - (depois de 1952) (O "CINEMA IMPÉRIO" na "Alameda Dom Afonso Henriques" com a representação do filme "História de um Detective") in  COM O ZÉ 3
 Alameda Dom Afonso Henriques - (C. 1954) Foto de António Passaporte (O "Cinema Império" na "Alameda Dom Afonso Henriques", postal Ilustrado-351) (Abre em tamanho grande) in  AFML 
 Alameda Dom Afonso Henriques - (1959) Foto de Arnaldo Madureira ("Cinema Império", projectado e construído entre 1948-1952, contou com a concepção dos Arquitectos "Cassiano Branco", "António Varela", "Raul Chorão" e "Frederico Jeorge". Foi desactivado como cinema no final dos anos 80 do séc. XX) in  AFML
Alameda Dom Afonso Henriques - (2011) Foto de João Carvalho (Antigo "CINEMA IMPÉRIO" propriedade da "IURD", com a legenda no cimo da fachada principal virada para a "Alameda" "JESUS CRISTO É O SENHOR") (Abre em tamanho grande) in WIKIPÉDIA


(CONTINUAÇÃO) - ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES [ VI ]

«O CINEMA IMPÉRIO ( 2 )»

Após a sua inauguração em 24 de Maio de 1952 e colocada a tónica no facto de ser um cinema moderno e luxuoso, sobre a sua construção e condições de realização, nada se adiantava; mas eram referidos os cuidados postos na decoração, chamando a atenção para o efeito que provocava logo à entrada o painel de azulejos de "JOÃO FRAGOSO" e para a expressão que alcançavam o mural de "LUÍS DOURDIL" e das pinturas do próprio "FREDERICO GEORGE", presentes nos "foyers" do primeiro e segundo balcão.
A edificação do "CINEMA IMPÉRIO" parecia ter-se desenvolvido, por assim dizer, sem sobressalto. Mal se notavam as inúmeras alterações a que o projecto inicial tinha sido submetido e das sensibilidades que nele tinham intervindo e actuado. Na verdade, o edifício absorvera-as, fazendo com que se incorporassem no desenho de "CASSIANO BRANCO". Embora o cunho de "FREDERICO GEORGE" lhe tivesse imprimido outros encantos, tinha-se conseguido com a colaboração de um grupo de famosos artistas portugueses, "uma casa de espectáculos modelar" ( 1 ).
Na parte virada para a "AVENIDA ALMIRANTE REIS" no "CAFÉ IMPÉRIO" a intervenção de "RAUL CHORÃO RAMALHO", apresenta uma expressão idêntica, embora mais discreta. Não obstante a solução encontrada vai favorecer a formulação original, ainda que "CHORÃO RAMALHO" a tenha renovado e enriquecido com a ajuda do seu mobiliário moderno e da enorme pintura mural de "LUÍS DOURDIL" que se estendia nos seus 48 metros quadrados, coadjuvantes com as esculturas de "MARTINS CORREIAS"
Desnecessário se torna salientar que o "CINEMA IMPÉRIO" (com todo o seu edifício) veio valorizar a "ALAMEDA" colocando-lhe uma nota de sofisticação naquele local.
O "CINEMA IMPÉRIO" é inaugurado com o filme «O PREÇO DA JUVENTUDE»( 2 ), uma realização de "RENÉ CLAIR" de 1950, cuja história tinha a capacidade de poder converter as ambições da sua personagem nas aspirações da zona. Na verdade, tal como a personagem do filme, também este local desejara para uma nova vida, um novo vigor que o libertasse da memória rural das "QUINTAS DE ARROIOS", marcando posição na onda de modernizações a que se assistia.
Com a entrada em funcionamento regular da RTP os cinemas ressentem-se. Assim, entre 1961 e 1965 o "IMPÉRIO" passou a ceder temporariamente as suas instalações à "COMPANHIA DE TEATRO MODERNO DE LISBOA" uma iniciativa de "CARMEM DOLORES", "ARMANDO CORTEZ", "FERNANDO GUSMÃO" e "ROGÉRIO PAULO". Funcionava em sessão à tarde, pelas 18,30 horas, de Segunda a Sexta existindo ainda uma sessão aos Domingos de manhã.
O "CINEMA IMPÉRIO" possuía PLATEIA, 1º e 2º BALCÃO totalizando 1672 lugares, embora o projecto inicial contemplava 2326 espectadores o que fazia dele o maior cinema do país.
Em 24 de Outubro de 1964 surge uma sala "SATÉLITE" que viria a ocupar o espaço que anteriormente tinha sido planeado para Restaurante um projecto que nunca chegou a ser realizado. Afortunadamente este novo espaço teve enorme sucesso, tendo o seu investimento sido recuperado no período de dois anos.
No início dos anos 80 e com o aparecimento de salas de cinema a multiplicar-se em "CENTROS COMERCIAIS", o "CINEMA IMPÉRIO" acabaria por encerrar a sua exploração como exibidora de cinema em 31 de Dezembro de 1983, embora esporadicamente até aos anos até aos anos 90, fosse escolhida esta sala para ante-estreias ou exibições relacionadas com festivais de cinema.
Em 1992 foi adquirido pelo movimento religioso "IURD" que aí instalou a sua sede e local de culto em LISBOA, que assim se mantém até aos dias de hoje.

( 1 ) - "CINEMA IMPÉRIO", in "Diário de Notícias", 24 de Maio de 1952.

( 2 ) - Tradução encontrada na altura para "LE BEAUTÉ DU DIABLE", título original do filme.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES [ VII ] A FONTE MONUMENTAL DA ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES ( 1 )»

sábado, 23 de novembro de 2013

ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES [ V ]

Alameda D. Afonso Henriques - (2010) Foto de autor não identificado (Fachada do "Cinema Império" na "Alameda D. Afonso Henriques", adquirido em 1992 pelo movimento religioso "IURD") in CINEMA AOS COPOS
Alameda D. Afonso Henriques - (ant. 1952) Foto de António Passaporte (O terreno onde seria edificado o "CINEMA IMPÉRIO" assinalado com um "X", na esquina da "Avenida Almirante Reis" com  a "Alameda D. Afonso Henriques") (Abre em tamanho grande) in AFML
Alameda D. Afonso Henriques - (ant. 1952) Foto de autor não identificado (À esquerda da foto, depois da "Av. Almirante Reis", o terreno que foi ocupado pelo edifício do "CINEMA IMPÉRIO") in RESTOS DE COLECÇÃO
Alameda D. Afonso Henriques - (1952) (Anúncio publicado na Imprensa diária, anunciando a inauguração da sala do "CINEMA IMPÉRIO", em traje de cerimónia. O produto financeiro da representação revertia a favor da Assistência Social da Junta de Freguesia de Arroios e do Inst. Superior Missionário do Ultramar. O título do filme em português "O PREÇO DA JUVENTUDE", em francês "LA BEAUTÉ DU DIABLE" in  RESTOS DE COLECÇÃO
Alameda D. Afonso Henriques - (entre 1990 e 1991) Foto de Waldmann  Michel (O "Cinema Império" na "Alameda D. Afonso Henriques", projecto de "Cassiano Branco" , nos últimos tempos do cinema) (Abre em tamanho grande)  in  AFML 


(CONTINUAÇÃO) - ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES [ V ]

« O CINEMA IMPÉRIO ( 1 )»

A construção do «CINEMA IMPÉRIO» reflecte o desenvolvimento da cidade de Lisboa em direcção a "ALVALADE" e ao embelezamento da "ALAMEDA".
O projecto do "CINEMA IMPÉRIO" destinava-se ao aproveitamento de um lote de terreno, que dava para três RUAS. Para a "AVENIDA ALMIRANTE REIS", "ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES" e "RUA QUIRINO DA FONSECA"(antiga ESTRADA DE SACAVÉM).
"CASSIANO BRANCO" é o autor do projecto do "CINEMA IMPÉRIO" apresentado em 1945. O novo cinema é definido através de uma estrutura de desenvolvimento simétrico, cujos corpos se articulam no ângulo de confluência da ALAMEDA com a AVENIDA ALMIRANTE REIS, o qual por sua vez, era acentuado por uma enorme caixa luminosa em ferro e vidro, onde se deveriam colocar as letras que compunham a palavra «IMPÉRIO».
Interiormente, a sala de forma rectangular, inscrevia-se no terreno, ocupado-o quase na sua totalidade.
O seu traçado deixava bem delimitadas as diversas categorias de lugares no desenho de uma plateia com capacidade para 908 espectadores e de dois balcões, com uma lotação total de 1418 lugares, conjugados com um sistema de fácil circulação que permitia a possibilidade de movimento entre os bufetes e o grande salão de festas, situado entre o primeiro e o segundo balcão.
A confiança da Empresa no projecto era tão grande que, em Abril de 1945, publica um anúncio nos jornais com a reprodução do desenho da fachada do edifício, no qual dava conta das palavras elogiosas que o "MINISTRO DA EDUCAÇÃO" da altura, teria proferido sobre o trabalho do Arquitecto "CASSIANO BRANCO", ao mesmo tempo publicava que o cinema se inaugurava em Novembro do ano seguinte. ( 1 ).
A "Inspecção dos Espectáculos" levantou objecções ao projecto, estando em  causa a argumentação da localização das entradas e um recinto na sub-cave que se situava no percurso da "Avenida Almirante Reis". Solução que, aparentemente, desvalorizava as ambições que se tinham em relação à ALAMEDA, e o resultado foi que se exigiam tantas alterações que o projecto parou.
Em 1947 foi apresentado um segundo projecto, estando nesta nova versão de CASSIANO BRANCO que acentuava o corpo do edifício voltada para a ALAMEDA.
Virado para a "AVENIDA ALMIRANTE REIS" abrira um grande café de dois pisos. Mesmo assim existiram exigências por parte da "Inspecção de Espectáculos" o que levaram "CASSIANO" a abandonar o projecto, tendo a Empresa chamado o Arquitecto "ANTÓNIO VARELA", que se encarrega das alterações.
Mas novos requisitos foram apresentados pela "Inspecção de Espectáculos" que o Arquitecto António Varela, acabou, também, por se desinteressar do projecto, tendo a obra sido posteriormente confiada a "FREDERICO GEORGE" e a "RAUL CHORÃO RAMALHO".
Ainda no tempo do Arquitecto "ANTÓNIO VARELA" duas grandes modificações foram realizadas: O pano central da parede da fachada (virada para a ALAMEDA) por um enorme envidraçado, que melhorava as condições de utilização dos "foyers" dos balcões, iluminado-os com luz natural, permitindo que deles fosse possível ter uma perspectiva da ALAMEDA; e a modificação do traçado da escada de acesso à entrada principal (alteração sugerida pela "Insp. Esp."), uma vez que no projecto de "CASSIANO BRANCO" era bastante inclinada, não dando grandeza nem ao edifício, nem à "ALAMEDA".

( 1 ) - "EMPRESA CINEMATOGRÁFICA IMPÉRIO, LDA.", in "DIÁRIO DE LISBOA", 17 de Abril de 1945.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES [ VI ] O CINEMA IMPÉRIO ( 2 )»

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES [ IV ]

 Alameda D. Afonso Henriques - (2000) Foto de Manuel V. Botelho (O "Instituto Nacional de Estatística-INE" visto da "Avenida António José de Almeida", uma obra do Arquitecto "Pardal Monteiro" in  WIKIPÉDIA
 Alameda D. Afonso Henriques - (2011) - Foto de João Carvalho (O "INE" inaugurado no ano de 1935 junto à "Alameda D. Afonso Henriques"" com a sua frente virada para a "Av. Antº. José de Almeida" in  WIKIPÉDIA
 Alameda D. Afonso Henriques - (2010) - Foto de autor não identificado  (O "INE" com frente para a "Av. Antº. José de Almeida" na comemoração dos seus 75 anos de existência) in  WIKIPÉDIA
 Alameda D. Afonso Henriques - (1966) Foto de Armando Serôdio (Vista aérea do "Instituto Nacional de Estatística-INE" ao lado do "IST") in AFML 
 Alameda D. Afonso Henriques - (Post. 1935) Foto de Ferreira da Cunha ( O "INE", edifício de 1935 do Arquitecto "Pardal Monteiro" virado para a "Av. Antº. José de Almeida") (Abre em tamanho grande) in  AFML 
 Alameda D. Afonso Henriques - (Post. a 1935) Foto de autor não identificado (O "INE" no seu lado direito o "IST". Na parte de trás do "INE" o vale que mais tarde viria a preencher a "Alameda" ) in RESTOS DE COLECÇÃO
Alameda D. Afonso Henriques - (Post. a 1935) - Foto de autor não identificado (Vista aérea abrangendo os dois Institutos, no lado direito da foto (para Nascente) o "INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA-INE") in  RESTOS DE COLECÇÃO


(CONTINUAÇÃO) - ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES [ IV ]

«O INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA - INE»

Na "AVENIDA MANUEL DA MAIA" (antigo caminho para o Arco do Cego e Campo Pequeno), na parte poente da «ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES», e entre a "AVENIDA ANTÓNIO JOSÉ DE ALMEIDA" e a "AVENIDA DO MÉXICO", foi construído um edifício para o "INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA" pelo ESTADO NOVO no ano de 1935.
O primeiro organismo oficial português de Estatística, com carácter centralizador - a "SECÇÃO DE ESTATÍSTICA E TIPOGRAFIA" - surgiu no ano de 1841, embora já se realizassem em Portugal, desde há muito, operações de natureza estatística, como por exemplo as estatísticas do "COMÉRCIO EXTERNO" nos séculos XVIII e XIX.
Com o crescente interesse pela estatística, foram-se sucedendo outros organismos. No entanto, não se verificou uma perfeita constância de alguns dos princípios básicos que presidiram à evolução das instituições estatísticas, nomeadamente o da unificação.
Em 1929, ao serem introduzidas profundas alterações no foro estatístico, pretende-se sair do estado de dispersão, adoptando-se decididamente os princípios da centralização, da autonomia técnica e da autoridade estatística.
No período de 1929 e 1935, publicou-se uma série de medidas legislativas que culminaram com a criação do "INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA", pela Lei nº 1911, de 23 de Maio de 1935, tendo-lhe sido atribuídas as "funções de notação, elaboração, publicação e comparação dos elementos estatistícos referentes a aspectos da vida portuguesa que interessavam à Nação, ao ESTADO ou à CIÊNCIA". Deste nodo foram reestruturados os SERVIÇOS OFICIAIS DE ESTATÍSTICA, visando dotá-los dos meios necessários a uma acção mais eficiente, definindo-se pela primeira vez, de forma sistemática, os princípios básicos orientadores do SISTEMA ESTATÍSTICO NACIONAL, dos quais salientamos a CENTRALIZAÇÃO DE SERVIÇOS, não por ser o mais importante, mas porque é o que mais justifica a criação do edifício-sede.
O edifício Sede do "INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA", cujas obras de construção foram iniciadas em 1932, segundo projecto do Arquitecto "PORFÍRIO PARDAL MONTEIRO", foi inaugurado em 1935, tendo uma área útil de dois mil e setecentos metros quadrados.
Destaca-se, como património artístico, o seu salão nobre (onde se encontra as mais antigas publicações que fazem parte do fundo bibliográfico do "INE"), decorado com um friso de dez frescos, da autoria do pintor "HENRIQUE FRANCO", representando as quatro estações do ano e algumas actividades económicas portuguesas: AGRICULTURA; PESCA; TÊXTIL e CERÂMICA. Na escadaria principal encontra-se um vitral, executado em 1933 nas antigas oficinas "RICARDO LEONE", sob cartão do pintor "ABEL MANTA", tendo a sua parte central sido adoptada para o ex-líbris da biblioteca do "INE". Encontra-se ainda na parte superior da fachada do edifício, duas composições de baixo-relevo da autoria do escultor "LEOPOLDO DE ALMEIDA",um alusivo à AGRICULTURA e à DEMOGRAFIA a outra ao COMÉRCIO  e à INDUSTRIA. O edifício, construído entre 1932-1935 mantém-se actualmente como sede do "INE". Um organismo governamental responsável, para produzir e divulgar informação estatística oficial de qualidade.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES [ V ] O CINEMA IMPÉRIO ( 1 )»

sábado, 16 de novembro de 2013

ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES [ III ]

 Alameda D. Afonso Henriques - (2011) Foto de autor não identificado (O conjunto arquitectónico do "Instituto Superior Técnico")  in  RÁDIO HERTZ 98 FM TOMAR
Alameda D. Afonso Henriques - (2012) Foto de autor não identificado (A "Alameda D. Afonso Henriques" com a sua Fonte Monumental, ao fundo as Torres "gémeas" do "IST")  in GUIA DA CIDADE
Alameda D. Afonso Henriques - (2012) Foto de Eduardo Martinho (O "Instituto Superior Técnico" com suas Torres , "olhando" lá do alto a ALAMEDA)  in  TEMPO DE RECORDAR
Alameda D. Afonso Henriques - (2005) -Soska- (A Torre Norte do "Instituto Superior Técnico") in WIKIPÉDIA
Alameda D. Afonso Henriques - (c. 1934) Foto de Pinheiro Correia (Fotografia aérea do "Instituto Superior Técnico" ainda em construção) in RESTOS DE COLECÇÃO
Alameda D. Afonso Henriques - (c. 1934) Foto de Pinheiro Correia (Fotografia aérea do "Instituto Superior Técnico" durante a sua construção)  in  RESTOS DE COLECÇÃO
Alameda D. Afonso Henriques - (c. 1934) Foto de Pinheiro Correia (Fotografia aérea durante a construção do "Instituto Superior Técnico" ao cimo da futura "Alameda")  in  RESTOS DE COLECÇÃO
Alameda D. Afonso Henriques - (Post. 1935) (O conjunto arquitectónico do "IST", foi concebido como uma "Acrópole" sobre o vale da "Avenida Almirante Reis" e num dos extremos da "Alameda D. Afonso Henriques", tendo sido inaugurado no ano de 1935)  in  AFML
Alameda D. Afonso Henriques - (194_) Foto de Amadeu Ferrari ( O "IST", um conjunto de sete edifícios é exemplo importante do "Modernismo Português" e representa uma segunda fase na obra do Arquitecto "PARDAL MONTEIRO", onde a simplificação das formas e quase ausência de ornamentação são características fundamentais) (Abre em tamanho grande) in AFML 

(CONTINUAÇÃO) - ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES [ III ]

«O INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO - IST»

As instalações do «INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO-IST» - sendo uma das grandes instituições integradas actualmente, na "UTL-Universidade Técnica de Lisboa" - foram projectadas pelo arquitecto "PORFÍRIO PARDAL MONTEIRO" em 1929 embora só inaugurada no ano de 1936.
Os edifícios projectados eram correspondentes à organização dos cursos de engenharia naquele tempo: um curso geral e cinco cursos especiais: CIVIL; MÁQUINAS; ELECTRICIDADE; QUÍMICA e MINAS.
Segundo as informações prestadas pelo arquitecto autor dos projectos, em artigo publicado no mês de Maio de 1938, na revista oficial do SINDICATO NACIONAL DOS ARQUITECTOS, dirigida então pelo Arquitecto "COTTINELLI TELMO", "PARDAL MONTEIRO" afirma que: "chegou a pensar a hipótese de destinar um pavilhão para cada curso", mas razões económicas levaram a optar por agrupar no Pavilhão principal não só todos os serviços da direcção e administração, como os cursos geral e de engenharia civil (...) e nos quatro pavilhões do corpo médio (...) os outros quatro cursos de especialidade". Esta preocupação de conjugar a arquitectura com os orçamentos disponíveis, perante uma obra ao tempo de grandeza invulgar no nosso país, é salientada por "PARDAL MONTEIRO", assim como a solução do "partido arquitectónico" que "com todas as características denominadas de  clássicas". Teria de se ajustar a um terreno de acentuado declive e a uma envolvente, "onde quase não existe um trecho recto". Por outro lado, este "partido arquitectónico", recebeu influência directa das previsões do Plano de transformação para aquela área urbana, que previa a execução da actual "ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES", rematada por uma "FONTE LUMINOSA", com projecto do Arquitecto "CARLOS REBELO DE ANDRADE", datável de 1939-1948.
Com base nas novas instalações, o "INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO", (Ver mais neste blogue amigo RESTOS DE COLECÇÃO) a partir do ano escolar de 1936-1937, abandonou definitivamente as velhas e insuficientes construções onde funcionara a "ESCOLA SUPERIOR DE ENGENHARIA PORTUGUESA", na "RUA DA BOAVISTA".
O novo "INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO" foi uma das iniciativas do jovem Ministro "DUARTE PACHECO" e seu Director, que soube escolher o arquitecto adequado a uma obra de grande vulto, mas igualmente um trabalhador incansável, duro e simultâneamente humano, moderno e artista de grande sensibilidade.
No ano de 1981 era publicado no jornal "Expresso" sobre o projecto e as primeiras polémicas referente às «TORRES» laterais que viriam surgir no "IST".
Passados treze anos, em 02.07.1994 o articulista diz-nos: "(...)resta o problema fulcral de todas as questões arquitecturais: são as "TORRES" (...)interessantes esteticamente, formalmente conseguidas".
Passada que está mais uma década sobre a construção da primeira «TORRE» e alguns anos da segunda, está à vista de toda a LISBOA o seu enquadramento, conjugado com o outro extremo que por "cima" da "FONTE" também cresceram dois prédios em altura, "espreitando" para a «ALAMEDA» do lado nascente.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«ALAMEDA DOM AFONSO HENRIQUES [ IV ] O INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA-INE»