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«AVENIDA MARECHAL FRANCISCO DA COSTA GOMES»
A «AVENIDA MARECHAL FRANCISCO DA COSTA GOMES» pertence a três freguesias: «BEATO», «ALTO DO PINA» e «S. JOÃO», com ligação entre duas rotundas, começa na «ROTUNDA 2» ramal C e ramal B, Urbanização do Vale de Chelas, zona RTB9 e finaliza pelas vias designadas via B1 e via B2, com ligação à «ROTUNDA DAS OLAIAS» e «AVENIDA AFONSO COSTA», por edital municipal de 23 de Abril de 2004.
Este militar português «FRANCISCO DA COSTA GOMES»(1974,1976), nasceu a 30 de Junho de 1914, em CHAVES, e faleceu no HOSPITAL MILITAR DE LISBOA com 87 anos a 31 de Julho de 2001. Após o triunfo da revolução de ABRIL, aparece como membro da «JUNTA DE SALVAÇÃO NACIONAL», a quem o poder foi entregue pelos militares organizadores do golpe. Militar de longa carreira, fora secretário de ESTADO num Governo de «SALAZAR» (1958-1961), tendo sido destituído devido à sua participação no golpe de Estado falhado do general «BOTELHO MONIZ».
Tendo decorrido grande parte da sua carreira nas Colónias em guerra, na província de MOÇAMBIQUE e ANGOLA, em funções de COMANDO e DIRECÇÃO, após o que assumiu o cargo de «CHEFE DO ESTADO-MAIOR GENERAL DAS FORÇAS ARMADAS», em 1973. Foi no exercício destas funções que autorizou a publicação do livro «PORTUGAL E O FUTURO» do «GENERAL SPÍNOLA», que defendia uma posição política para acabar com a guerra colonial, circunstâncias que acarretaram a demissão de ambos.
Em 18 de Setembro de 1974, «ANTÓNIO DE SPÍNOLA» tentou um golpe de força com a finalidade de impedir a radicalização da revolução e se viu forçado a abandonar os cargos que detinha. «COSTA GOMES» assumiu a «PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA». O período que se seguiu seria marcado pelo entrecruzar de linhas políticas antagónicas, que colocaram o país, nalguns momentos mais delicados, à beira da «GUERRA CIVIL». «COSTA GOMES» conseguiu equilíbrios sucessivos entre as forças em conflito, particularmente entre o golpe "SPINOLISTA" de 11 de Março de 1975 e o golpe de 25 de Novembro, em que as forças esquerdistas foram arredadas do poder, tendo muito provavelmente a sua mediação e negociação, impedido o estalar do conflito. Foi durante o seu mandato (1974-1976) que se concluiria o processo de independência das Colónias e seria aprovada a «CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA» após o que se procedeu a eleições livres, que levariam à presidência o «GENERAL ANTÓNIO RAMALHO EANES». «COSTA GOMES» passaria então à reserva, vindo a ser promovido a «MARECHAL» no ano de 1981.
Ao finalizarmos este capitulo de «PRESIDENTES DA REPÚBLICA», com o seu topónimo numa «RUA DE LISBOA», não queremos deixar de lamentar que outros tivessem diferente sorte: «ANTÓNIO ÓSCAR CARMONA» teve uma grande AVENIDA, mas a revolução de 1974 não lhe perdoou; retirou de lá o seu nome e colocou o do «GENERAL NORTON DE MATOS», pelo que assim ficou a chamar-se à grande artéria que atravessa as freguesias do «LUMIAR», «CAMPO GRANDE», «CARNIDE» e «S. DOMINGOS». Sabemos que já foram reabilitados alguns presidentes da 1ª e 2ª REPÚBLICA, mas ainda não constam os nomes do «ALMIRANTE CANTO E CASTRO». JOSÉ MENDES CABEÇADAS» e «ALMIRANTE AMÉRICO TOMÁS», na toponímia da grande LISBOA. - [ FINAL ]
BIBLIOGRAFIA
- ACTAS da COMISSÃO MUNICIPAL DE TOPONÍMIA DE LISBOA - 1943-1974 CML
- PRESIDENTES DA REPÚBLICA - MUSEU DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA -2006-LISBOA (Dezoito volumes)
INTERNET
- WIKIPEDIA - TOPONÍMIA DE LISBOA
(PRÓXIMO) - «RUA DO SÉCULO [ I ] -A RUA DO SÉCULO E SEU ENVOLVENTE ( 1 )»