Rua do Carmo - (200-) Fotógrafo não identificado (A Rua do Carmo só para peões-à direita os Armazéns do Chiado)
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O negócio prosperou, e os dois irmãos tiveram de se mudar para o primeiro andar do número 113 da Rua dos Correeiros para logo a seguir, ocuparem também o segundo andar do mesmo prédio.
Em 1904, porém a firma Nunes dos Santos & Cia., era substituída pela denominação Santos, Cruz & Oliveira, Lda., pois que Joaquim e Abílio Nunes dos Santos, haviam dado sociedade a José Nunes de Oliveira Santos e a A. J. Cotrim da Cruz. Os agora quatro sócios alargaram-se a uma maior área dentro do palácio, adoptaram a antiga denominação de Grandes Armazéns do Chiado e sob a divisa de «GANHAR POUCO, SERVINDO BEM O PÚBLICO» resolveram fazer ressurgir o estabelecimento que a antiga Companhia sonhara para aquele local, enfrentando o seu poderoso vizinho Grandella mas utilizando as mesmas "armas", nomeadamente a entrega de todas as compras em casa dos fregueses e a colocação de anúncios nos jornais e revistas da época.
Rua do Carmo - (1965) Foto Armando Serôdio (Na direita os Armazéns do Chiado ao fundo o Elevador de Santa Justa) in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa
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RUA DO CARMO
«OS ARMAZÉNS DO CHIADO»
Só que já se lhe antecipara no negócio um sujeito de respeito, Francisco de Almeida Grandella, que do lado da Rua do Ouro agitava forte com novas técnicas de Comércio e de Propaganda. Razão porque a «COMPANHIA DOS GRANDES ARMAZÉNS DO CHIADO» começou por trocar a sua dívida «BIEN FAIRE ET LAISSER DIRE» para «VENDER SEMPRE MAIS BARATO QUE TODOS» e acabou mesmo por fechar as suas portas em 1897.
Mas, entretanto, em 1888, com menos capital - apenas 600 mil Réis - os irmãos JOAQUIM NUNES DOS SANTOS (1860-1912) e ABÍLIO NUNES DOS SANTOS (1867-1946) tinham criado a firma «NUNES DOS SANTOS & Cia.», instalando-se na sobre-loja do número 12 da Travessa de São Nicolau a explorar o negócio de Importação de rendas e bordados.
O negócio prosperou, e os dois irmãos tiveram de se mudar para o primeiro andar do número 113 da Rua dos Correeiros para logo a seguir, ocuparem também o segundo andar do mesmo prédio.
Como, em 1899, as instalações da ambiciosa Companhia dos Armazéns do Chiado ainda estavam vagas e o negócio dos dois irmãos continuava a prosperar, mudaram-se para ali, mas sem trocar de ramo:rendas e bordados.
Em 1904, porém a firma Nunes dos Santos & Cia., era substituída pela denominação Santos, Cruz & Oliveira, Lda., pois que Joaquim e Abílio Nunes dos Santos, haviam dado sociedade a José Nunes de Oliveira Santos e a A. J. Cotrim da Cruz. Os agora quatro sócios alargaram-se a uma maior área dentro do palácio, adoptaram a antiga denominação de Grandes Armazéns do Chiado e sob a divisa de «GANHAR POUCO, SERVINDO BEM O PÚBLICO» resolveram fazer ressurgir o estabelecimento que a antiga Companhia sonhara para aquele local, enfrentando o seu poderoso vizinho Grandella mas utilizando as mesmas "armas", nomeadamente a entrega de todas as compras em casa dos fregueses e a colocação de anúncios nos jornais e revistas da época.
É assim que logo no ano seguinte, 1905, os Grandes Armazéns do Chiado podem anunciar-se na «ILUSTRAÇÃO PORTUGUEZA» (1 de Maio) como «o primeiro estabelecimento, o mais vasto, mais arejado e com mais luz do País» com «sortimento colossal e monstro em todas as secções e de todas as fazendas».
Mas iam mais longe as afirmações dos irmãos Nunes dos Santos, afinal os grandes impulsionadores do negócio praticamente até à morte do último deles: «Ninguém pode competir em preços com os Grandes Armazéns do Chiado, visto possuírem fábricas de sedas, luvas, perfumarias e malhas de algodão e terem o exclusivo da venda de todos os produtos de mais de 500 fábricas nacionais e estrangeiras».
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