Rua do Carmo - (2008) Foto de APS ( A Rua do Carmo vista do meio para baixo)
Rua do Carmo - (2008) Foto de APS (Vista da Rua do Carmo do meio para cima)
A RUA DO CARMO pertence a duas freguesias. À freguesia de SÃO NICOLAU os números pares, à freguesia do SACRAMENTO os números ímpares. Começa na Rua Garrett no número 1 e termina na Rua 1º de Dezembro (antiga Rua do Príncipe).
Lisboa queria e tinha forçosamente, que se expandir em direcção da foz do Tejo para onde a faina fluvial a impelia mas as alturas dos Montes de São Francisco e da Pedreira constituíam um empecilho natural e difícil de transpor. O local onde se veio a construir o Convento do Carmo, que de tão íngreme que era, lhe chamavam o Caracol.
Rua do Carmo - (2007) Fotografo não identificado (Vista da Rua do Carmo tirada da passagem do Elevador do Carmo)
A RUA DO CARMO pertence a duas freguesias. À freguesia de SÃO NICOLAU os números pares, à freguesia do SACRAMENTO os números ímpares. Começa na Rua Garrett no número 1 e termina na Rua 1º de Dezembro (antiga Rua do Príncipe).
Lisboa queria e tinha forçosamente, que se expandir em direcção da foz do Tejo para onde a faina fluvial a impelia mas as alturas dos Montes de São Francisco e da Pedreira constituíam um empecilho natural e difícil de transpor. O local onde se veio a construir o Convento do Carmo, que de tão íngreme que era, lhe chamavam o Caracol.
Antes do terramoto de 1755 não houve coragem de completar a rectificação da Rua Nova do Almada e muito menos de acabar o benefício feito às ligações, entre a Baixa e a parte alta de Lisboa, com a abertura de um arruamento directo entre o Rossio e a actual Rua Garrett.
Desenhar a nova rua nas traseiras do Convento do Carmo, cortando quintais, jardins, a estreita escadaria do caracol, e alguns prédios de habitação, não terá sido tarefa fácil, mas com a ajuda dada pelo terramoto lá se conseguiu fazer o arruamento passar, precisamente, no fundo da encosta do antigo e inconstante «Monte da Pedreira» que já, quando da construção do Convento, dera grandes dores de cabeça aos construtores.
Ao contrário do que, em geral se praticara na reconstrução da Baixa com o sistemático deitar abaixo de tudo o que impedisse o novo traçado citadino, feito à régua e esquadro, em vez de se arrasarem as ruínas do Convento do Carmo, e do próprio «Monte da Pedreira», optou-se pela sua consolidação com uma forte barreira de alvenaria - a muralha do Carmo -, obra imponente e muito dispendiosa para a época.
Este enorme paredão, estendia-se para Norte, até à Rua do Príncipe, (Actual 1º de Dezembro), passando por detrás de muitos prédios mas mesmo assim ainda, numa pequena extensão, ficava bem à vista. Na sua base foi aberta uma loja, precursora de outras que, muitos anos depois, aí foram escavadas.
Os 47 metros de comprimento da inestética muralha foram difíceis de disfarçar e só se conseguiu com a abertura de novos estabelecimentos, como sucedeu no ano de 1901 com a construção de três lojas e mais quatro em 1920.
Quantos anos duraram os trabalhos de perfuração de tão forte paredão, mas, finalmente, a ocupação da comercial base do «Monte da Pedreira» ficou completo, passando a Rua do Carmo a apresentar o aspecto que hoje tem.
E, assim, com muitos anos de diferença, se construíram os dois principais acessos da baixa para a cidade alta, as Rua Nova do Almada e a Rua do Carmo (antiga Rua Nova do Carmo).
1 comentário:
E que bom que é descer a Rua do Carmo, ao som do fado de Amália!...
Ainda ontem o fiz! :-)
Obrigada e um abraço.
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