Rua da Palma - (2016) - (Panorâmica da RUA DA PALMA estando o HOTEL MUNDIAL em grande destaque) in GOOGLE EARTH
Rua da Palma - (post. 1940) - (C.M.L. Planta) - (Plano de remodelação da BAIXA, obras do prolongamento da RUA DA PALMA) in AML
Rua da Palma - (1945-03) Foto de autor não identificado - (Panorâmica sobre a RUA DA PALMA) (ABRE EM TAMANHO GRANDE) in AML
Rua da Palma (ant. 1947) Foto de Paulo Guedes - Panorâmica da encosta do Castelo a partir da RUA DA PALMA, que nesta altura ainda existia o TEATRO APOLO) (ABRE EM TAMANHO GRANDE) in AML
Rua da Palma - (195_) Foto de Judah Benoliel - ( A RUA DA PALMA e MARTIM MONIZ depois das demolições nessa década) (ABRE EM TAMANHO GRANDE) in AML
Rua da Palma - (195_) - Foto de Eduardo Portugal - (Panorâmica da PRAÇA MARTIM MONIZ e RUA DA PALMA aquando das demolições) (ABRE EM TAMANHO GRANDE) in AML
(CONTINUAÇÃO) - RUA DA PALMA [ II ]
«A RUA DA PALMA ( 1 )»
Qualquer cidadão que passe hoje na "RUA DA PALMA" não suspeita sequer do espaço que ali existiu. De facto, acima do PALÁCIO FOLGOSA (onde se encontrava alguns serviços públicos da C.M.L.), e até à CALÇADA DO DESTERRO, germinavam com rapidez as lojas; Sapatarias, Vendas de Loiça e Vidros, Pastelarias etc.. Existiu ainda o CINEMA REX (depois transformado no TEATRO LAURA ALVES, para logo voltar à primeira forma). Do "PARAÍSO DE LISBOA" nem vestígios. No entanto, tudo aquilo era, como se disse, um espaço aberto, jardins e terrenos ligados ao PALÁCIO FOLGOSA.
Esta "RUA DA PALMA" tem, aliás, longa história: era a "RUA DO SENHOR DA PALMA", devendo o nome ao facto de ter por ali ficado a sepultura um CRUZADO ALEMÃO de BONA, que ajudara as tropas de DOM AFONSO HENRIQUES quando da conquista de LISBOA aos MOUROS em 1147. Uma "palma" ficou sempre na sepultura do antigo combatente, dando nome ao local.
No século XVII, dela nos conta "D. FERNANDO MANUEL DE MELO", dizendo que a RUA DA PALMA era "longa, estreita e sem travessias". Depois, na transição entre os séculos XIX e XX, o seu tamanho aumentou; a partir da "IGREJA DO SOCORRO" (demolida no ano de 1949), prolongou-se esta via até às traseiras da IGREJA DE SÃO DOMINGOS", sacrificando para tanto a "HORTA DO CATAVENTO", onde se jogava o "CHINQUILHO" e à BOLA (lembrada na TOPONÍMIA DE LISBOA) e se podia merendar em amenos caramanchões.
A "RUA DA PALMA" passou a ser uma rua "da Moda", nomeadamente por ali existirem casas de espectáculos que, de algum modo, por ali abundavam; em baixo, no "SOCORRO", onde hoje está a estação do METRO, crismada de "MARTIM MONIZ", existia muito perto o "TEATRO APOLO" (primeiro chamado de PRÍNCIPE REAL"), que no ano de 1957 o seu recheio foi vendido em LEILÃO, e o edifício demolido.
Mais para o final da "RUA DA PALMA" ali junto do "HOSPITAL DO DESTERRO", estava o já referido "REAL COLISEU DE LISBOA" onde pela primeira vez se viu cinema em LISBOA (no ano de 1896); este, no entanto cedo começou a perder a popularidade, "esmagado" que foi pelo "COLISEU DOS RECREIOS" ( das Portas de Santo Antão).
A abertura do "PARAÍSO DE LISBOA" mais gente trouxe à RUA DA PALMA, ávida do modernismo que o novo recinto prometia.
Recuando uns anos a trás, há quem se lembre de ter ouvido falar no prolongamento da AVENIDA ALMIRANTE REIS e da RUA DA PALMA até ao ROSSIO, alargando a "garganta" da parte antiga da RUA para melhor escoamento do transito. O Arquitecto "FARIA DA COSTA" apresentou o seu plano de Remodelação da BAIXA DE LISBOA. O plano foi bem acolhido em 1948, no entanto já se procedia a algumas demolições.
O primeiro a desaparecer nesta saga de demolições com ou sem plano definido, foi em 1946 o "PALÁCIO DO MARQUÊS DO ALEGRETE", depois, quarteirão por quarteirão lá os foram demolindo. A "IGREJA DO SOCORRO" demolida em 1949, seguindo-se os prédios vizinhos de várias RUAS.
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