terça-feira, 14 de dezembro de 2010

BOAS FESTAS


DESEJO A TODOS OS "BLOGUISTAS" E AMIGOS, FELIZ NATAL E UM BOM ANO DE 2011.
(APS)
«-»
O NATAL não é um período e nem uma estação, é um estado de espírito (CALVIN).
«-»
O que é o NATAL? É a ternura do passado, o valor do presente e a esperança do futuro.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

ÍNDICE DE ARTÉRIAS EDITADAS EM - 2010

AVENIDAS E RUAS

POR FREGUESIAS
.
ÍNDICE DE AVENIDAS E RUAS DE LISBOA TRATADAS NESTE BLOGUE DURANTE O ANO DE 2010.
.
O ÍNDICE está representado em ordem alfabética por ARTÉRIAS E FREGUESIAS.
.
Foram retratadas 2 AVENIDAS e 10 RUAS, representando 17 FREGUESIAS, distribuídas por 96 publicações durante o ano de 2010.
.
Os mapas podem ser ampliados para melhor visualização.
.
Estamos próximo do NATAL, é tempo para fazer uma paragem.
.
Voltaremos no próximo ANO, até lá vivamos esta quadra com o espírito Natalício.

sábado, 11 de dezembro de 2010

RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO [ III ]

Rua Branca de Gonta Colaço - (1930) (Fotografo não identificado) (Uma das obras de BRANCA DE GONTA COLAÇO da Parceria António Maria Pereira) in GALERIA DA FUNDAÇÃO PORTUGUESA DAS COMUNICAÇÕES)
Rua Branca de Gonta Colaço (Primeiro quartel do século XX) fotógrafo não identificado (A poetisa BRANCA DE GONTA COLAÇO) in GENEALL

Rua Branca de Gonta Colaço - (Finais do século XIX) Fotografo não identificado (TOMÁS ANTÓNIO RIBEIRO FERREIRA - Parada de Gonta - TONDELA - (1831-1901), era pai de BRANCA DE GONTA COLAÇO. Mais conhecido por "TOMÁS RIBEIRO" foi político, publicista, poeta e escritor) in REPÚBLICA ERASMUS


Rua Branca de Gonta Colaço - (s/d) Fotografo não identificado (Placa Toponímica em Tondela da "RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO" (hoje Avenida), freguesia do Concelho de Tondela "PARADA DE GONTA" in PARADA DE GONTA
.
(CONTINUAÇÃO)
.
RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO [ III ]
.
«BRANCA DE GONTA COLAÇO - SINOPSE DA SUA BIOGRAFIA»
.
«BRANCA EVA DE GONTA SYDER RIBEIRO COLAÇO», nascida em Lisboa no dia 8 de Julho de 1880, viria a falecer no ano de 1945.
Mais conhecida pelo nome de «BRANCA DE GONTA COLAÇO», foi escritora, declamadora e poliglota, mas ficou mais conhecida como poetisa, dramaturga e conferencista.
Filha do político e poeta (Ultra-Romantico) «TOMÁS RIBEIRO» e da poetisa inglesa «ANN CHARLOTTE SYDER». Descendendo de uma família ligada às actividades intelectuais da época, quando nova conviveu com grandes nomes de relevo das Letras e das Artes Nacionais.
No ano de 1898 casou-se com o pintor e azulejista «JORGE REY COLAÇO», adoptando o nome de «BRANCA DE GONTA COLAÇO».
O apelido «GONTA», está ligado à aldeia de seu pai «PARADA DE GONTA» uma freguesia do Concelho de Tondela.
Embora tenha revelado talento para as letras, é na poesia que se inicia. Colabora em publicações literárias e em grande número de jornais e revistas, deixando dispersos muitos dos seus trabalhos.
Por iniciativa sua, a «ACADEMIA DAS CIÊNCIAS DE LISBOA» promoveu no ano de 1918 uma homenagem a «MARIA AMÁLIA VAZ DE CARVALHO».
Distinguiu-se também, nessa ocasião como conferencista.
Tinha dotes de poliglota, escrevia correctamente o inglês, sendo responsável por algumas traduções de grande prestígio.
Na sua obra multifacetada engloba vários géneros como a poesia, o drama e as memórias. Procura dar um valioso retrato das elites sociais e intelectuais portuguesas do seu tempo, com as quais conviveu fazendo parte.
Pela a sua obra conhecida em PORTUGAL, no BRASIL, FRANÇA, e ESPANHA, foi distinguida por várias sociedades cientificas e literárias portuguesas e estrangeiras. O Estado Português agraciou-a com a «ORDEM DE SANTIAGO E ESPADA».
Faleceu em Lisboa a 22 de Março de 1945. [ FINAL ]
BIBLIOGRAFIA
- Actas da Comissão Municipal de Toponímia de Lisboa 1943-1974 - Edição da CML - 2000
.
(PRÓXIMO) - «LISTA DE ARTÉRIAS PUBLICADAS DURANTE O ANO DE 2010»



quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO [ II ]

Rua Branca de Gonta Colaço - (1943) (Autor da capa não identificado) (Capa do livro de Branca de Gonta Colaço e Maria Archer "MEMÓRIAS DA LINHA DE CASCAIS" in PARCERIA ANTÓNIO MARIA PEREIRA

Rua Branca de Gonta Colaço - (200_) foto de Alcino Santos & Silva (Um troço da Rua Branca de Gonta Colaço no Bairro de Alvalade, prédio acabado de ser reparado) in ALCINO SANTOS & SILVA


Rua Branca de Gonta Colaço - (1908) - Autor da fotografia não identificado (Branca de Gonta Colaço publicado in OCIDENTE nº. 1057, de 10 de Maio de 1908, p. 114) in OEIRAS COM HISTÓRIA

Rua Branca de Gonta Colaço - (1905 e 1916) (Detalhe do painel de azulejos intitulado "EGAS MONIS", apresentando-se com sua mulher e filhos, ao rei de Leão "Século XII", de JORGE COLAÇO, que se encontra na Estação ferroviária de S. BENTO no PORTO) in MEMÓRIAS E ARQUIVOS DA FÁBRICA DE LOIÇA DE SACAVÉM


(CONTINUAÇÃO).

RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO [ II ].

«A RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO ( 2 )».

O casal (Banca e Jorge) morou, com seus filhos ("TOMÁS RIBEIRO COLAÇO", que viria a ser um excelente escritor e "ANA DE GONTA COLAÇO" que se revelaria uma magnifica escultora) na «ROCHA DO CONDE DE ÓBIDOS», no Palacete que é hoje pertença da «CRUZ VERMELHA PORTUGUESA».
Dali mudaram-se para a «ESTRADA DA LUZ», para uma casa com terreno em volta.

A poetisa, dando largas ao seu gosto, plantou e fez plantar muitos arbustos e espécies várias. Um temporal, porém, tudo arrancou; só as canas ficaram, erectas e impassíveis. «BRANCA DE GONTA COLAÇO» dizia, com graça fina, que passaria a ser a «MORGADINHA DOS CANAVIAIS».

Dotada de optimismo e gosto pela vida, esses sentimentos transparecem nos seus livros de versos "MATINAS" (1907), "HORA DA SESTA" (1918-1919) e até nas peças teatrais do "AUTO DOS FAROLEIROS" (1921) e "PORQUE SIM". Em 1930 tinha publicado «AS MEMÓRIAS DA MARQUESA DE RIO MAIOR» saindo no ano de 2005 uma nova edição, com prefácio de «MARIA FILOMENA MÓNICA».

Publicou, também, em 1943 (dois anos antes da sua morte) a deliciosa obra «MEMÓRIAS DA LINHA DE CASCAIS» em que é co-autora com «MARIA ARCHER» que conforme a sua autora nos diz: "Este livro tem uma única pretensão - tornar mais conhecido e mais querido o rosário de povoações escalonadas ao longo da linha de CASCAIS.(...) Serve o livro para mostrar aos viajantes da linha de Cascais que a cenografia deslumbrante deste trecho da terra portuguesa foi criada nos nossos tempos, palmo a palmo, conforme a vaga mundana, impulsionada pela moda, se ia espraiando e deslocando ao longo da costa".

Ainda o espantoso estará nesta mulher suave, ter sido uma combativa prosadora nos jornais.

Monárquica por convicção e educação, escreveu principalmente no jornal «O DIA», dirigido por «MOREIRA DE ALMEIDA», e foi a principal colaboradora de seu marido na redacção do semanário «O TALASSA».

É assim descrita esta poetisa: "NUMA MÃO, A LIRA; NA OUTRA, A PENA AFIADA".


(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO [ III ] - A RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO (3)»

sábado, 4 de dezembro de 2010

RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO [ I ]

Rua Branca de Gonta Colaço - (2009) (Um troço da RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO no BAIRRO DE ALVALADE) in GOOGLE EARTH
Rua Branca de Gonta Colaço (1908) - Fotógrafo não identificado (A poetisa "BRANCA DE GONTA COLAÇO em 1908) Publicada in OCIDENTE Nº 1057, 10 de Maio de 1908, p. 114 in OEIRAS COM HISTÓRIA

Rua Branca de Gonta Colaço - (1932) - Foto publicada no Magazine Civilização Nº 44 de Fevereiro de 1932 - (Jorge Rey Colaço -1868-1942, casou em 1898 com Branca de Gonta Syder Ribeiro) in GENEALL

Rua Branca de Gonta Colaço - (200_) Foto de Alcino Santos & Silva (Um troço da Rua Branca de Gonta Colaço no Bairro de Alvalade, prédio acabado de ser reparado) in ALCINO SANTOS & SILVA
.
RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO [ I ]
.
«A RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO ( 1 )»
.
A «RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO» poetisa (1880-1945), situada no «BAIRRO DE ALVALADE», pertence à freguesia do «CAMPO GRANDE».
Atravessa a «AVENIDA DA IGREJA» no número 45, e finaliza em rotunda sem saída.
Lisboa gosta particularmente de consagrar ruas aos seus poetas. Não estará feita a estatística, mas é difícil crer que têm eles lugar de honra nos nomes das ruas da cidade.
Assim, em 19 de Julho de 1948, a Câmara anunciava num edital que à rua número 2 do sítio do «BAIRRO DE ALVALADE» seria dado o nome de «BRANCA DE GONTA COLAÇO». Esta decisão foi tomada na reunião de 16.07.1948 que a «COMISSÃO DE TOPONÍMIA» tivera numa sala dos Paços do Concelho com a presença das personalidades: «LUÍS PASTOR DE MACEDO», «PEDRO CORREIA MARQUES», «AUGUSTO VIEIRA DA SILVA», «DURVAL PIRES» e «JAIME LOPES», onde aprovaram a referida artéria.
Rua aparentemente pacata, sem património cultural relevante, no entanto torna-se notório pela personagem que lhe deu o nome.
.
Era lisboeta esta poetisa que foi também "mulher de jornais".Pode dizer-se que a poesia lhe corria no sangue, já que era filha do poeta «TOMÁS RIBEIRO». Sua mãe, «ANN CHARLOTTE SYDER», era inglesa, descrita pelos seus contemporâneos como "formosa e culta".
Casada cedo (aos 18 anos de idade) com o pintor e azulejista «JORGE REY COLAÇO» em 08 de Julho de 1898.
Dos trabalhos mais relevantes de seu marido destacamos, entre outros, as decorações no «PALÁCIO WINDSOR» em Inglaterra. No nosso país salientamos a «ESCOLA MÉDICA DE LISBOA»; «PALACE-HOTEL» no Buçaco; «ESTAÇÃO DE S.BENTO» no Porto e os murais do «PALÁCIO DA JUSTIÇA» em Coimbra.
«BRANCA DE GONTA COLAÇO» desdobrou-se por múltiplas actividades relacionadas com a cultura: foi, como se disse, poetisa, mas também prosadora, dramaturga e declamadora.
É, claro, o fascínio dos jornais não lhe escapou.
Passou várias temporadas balneares na "Feitoria" em OEIRAS, casa de seu pai, e em CARNAXIDE.
Diz-nos um seu parente «TOMÁS COLAÇO» que:
"Branca de Gonta Colaço passou muitos verões na Feitoria onde até fez um pequeno jornal. Nunca lá viveu. A casa era alugada a -TOMÁS RIBEIRO- por pertencer à Marinha e ele ter sido MINISTRO DA MARINHA".
"TOMÁS RIBEIRO tinha também uma casa em CARNAXIDE que ainda existe, e ainda hoje é comemorado o seu gesto de repor a imagem de NOSSA SENHORA DA ROCHA no santuário original em CARNAXIDE".
"Em CAXIAS teve uma casa alugada onde morreu o seu marido, o pintor «JORGE COLAÇO» no ALTO do LAGOAL".
"Em PAÇO DE ARCOS alugou uma outra casa onde passou outros tantos verões, com a família. Essa casa foi recentemente demolida".
.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO [ II ] - A RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO ( 2 )».





quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

RUA BARROS QUEIRÓS [ V ]

Rua Barros Queirós - ( s/d ) Foto de autor não identificado (Retrato de Tomé José de Barros Queirós, no primeiro quartel do século XX) in WIKIPÉDIA
Rua Barros Queirós - (2007) Foto de Patrick Guignet (A Rua Barros Queirós à noite) in PANORAMIO

Rua Barros Queirós - (2006) Foto de autor não identificado (Um troço da Rua Barros Queirós) in SKYSCRAPERCITY


(CONTINUAÇÃO)
.
RUA BARROS QUEIRÓS [ V ]
.
«TOMÉ JOSÉ DE BARROS QUEIRÓS»
.
«TOMÉ JOSÉ DE BARROS QUEIRÓS» nasceu em «QUINTÃS» (ÍLHAVO), a 2 de Fevereiro de 1872, e veio a falecer em LISBOA a 5 de Maio de 1926.
Descendente de uma família de tradições liberais, embora de recursos modestos. Assim, já em Lisboa, «TOMÉ DE BARROS QUEIRÓS» foi marçano, caixeiro e, por força do seu trabalho, sócio do patrão.
Estudou de noite na «ESCOLA ELEMENTAR DE COMÉRCIO» na década de 90 do século XIX, tendo adquirido conhecimentos de que viria a dar mostras na política.
Responsável pela criação da «ASSOCIAÇÃO DOS CAIXEIROS NOCTURNOS» foi na sua qualidade de comerciante - dos mais bem sucedidos de Lisboa - que se ligou à imprensa.
A sua faceta de jornalista foi posta ao serviço da classe profissional a que pertenceu, tendo fundado «A VOZ DO CAIXEIRO» e colaborado no «O CAIXEIRO».
Mais tarde, já em plena maturidade política, foi redactor assíduo do jornal «A LUTA», o jornal dirigido por «BRITO CAMACHO» (de quem falaremos mais tarde na Rua dos Duque de Bragança antiga Rua da LUTA).
Membro da Direcção das «COMPANHIAS DO BOROR», «MUTUALIDADE PORTUGUESA» (que foi co-fundador) e da «COMPANHIA DOS CAMINHOS-DE-FERRO» de cujo Conselho de Administração foi vogal, fez uma primeira passagem pelo Ministério das Finanças entre 1908 e 1911, período em que ocupa os lugares de presidente do Conselho Disciplinar, presidente da Comissão de Reforma Aduaneira e Serviços Fiscais, secretário-geral e Director-geral da Fazenda Pública, devendo-se, ainda, a autoria da reforma tributária de 1911.
Depois de desempenhar algumas funções ao nível da Administração local, presidindo à «JUNTA DE FREGUESIA DE SANTA JUSTA» e integrado entre a vereação da edilidade lisboeta, acaba por fazer a sua estreia governativa no lugar de MINISTRO DAS FINANÇAS no governo de «JOÃO CHAGAS», do executivo saído da revolução de 14 de Maio de 1915, o qual exerce até 18 de Junho.
Voltará ao governo entre 23 de Maio e 30 de Agosto de 1921, mas desta vez, não só reforma a pasta das finanças, como chefia o próprio Governo.
Republicano Português (a que aderiu em 1888), do Partido Unionista (entre 1911 e 1919), do Partido Liberal (a partir de 1919) e do Partido Nacionalista (depois de 1923).
Pertenceu, ainda, à «MAÇONARIA», onde se iniciou, em 1912, na loja «ACÁCIA», sob o nome de "GARIBALDI".
«BARROS QUEIRÓS» tem hoje o seu nome ligado à rua onde trabalhou e teve o seu estabelecimento.
Uma nota final: A família de «BARROS QUEIRÓS» não deixou que a projecção morresse com o "patriarca". Assim, «AMÍLCAR DE BARROS QUEIRÓS» foi actor dramático e esteve ligado a movimentos artísticos.
«CARLOS DE BARROS QUEIRÓS» foi jornalista, trabalhando principalmente para jornais brasileiros. O neto «TOMÉ DE BARROS QUEIRÓS» um excelente cantor lírico, depois publicitário actual Presidente da «SOCIEDADE PROTECTORA DOS ANIMAIS». É casado com a cantora lírica com o nome artístico «MIMI GASPAR». Pertencia ao reportório de Tome de Barros Queirós, uma canção muito bonita que na minha juventude tinha o prazer de a cantar «MACALA». [ FINAL ]
BIBLIOGRAFIA
(Obras consultadas)
ARAÚJO, Norberto - Peregrinações em Lisboa - 1993 - Livro XII - Vega - Lisboa
SANTANA, Francisco e SUCENA, Eduardo - Dicionário da História de Lisboa - 1994 - 1ª Ed. - Sacavém - Carlos Quintas & Associados - Consultores.
INTERNET
.
(PRÓXIMA) - «RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO - A RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO (1)».