quarta-feira, 11 de abril de 2018

LARGO DA ROSA [ VII ]

«O PALÁCIO DA ROSA ( 2 )»
 Largo da Rosa - (1980) - foto de José Maria Pereira Júnior   -   Interior do pátio do "PALÁCIO DA ROSA" no LARGO DA ROSA  na freguesia de SANTA MARIA MAIOR) (ABRE EM TAMANHO GRANDE)   in    FLICKR
 Largo da Rosa - (1959) - Foto de Armando Maia Serôdio  - (Portal Nobre do "PALÁCIO DA ROSA" dos MARQUESES DE PONTE DE LIMA ou CASTELO MELHOR)  in   AML
 Largo da Rosa - (1901)  -  ("PALÁCIO DA ROSA" numa manhã de Setembro do dia 9 de Setembro, com o Brasão coberto com um pano negro (possivelmente em sinal de luto). Note que ainda não existia os dois andares superiores) (ABRE EM TAMANHO GRANDEin     AML
 Largo da Rosa - (2014)   -   Fachada  do "PALÁCIO DA ROSA" com seu Brasão, no "LARGO DA ROSA"  in  CIDADANIA LX
Largo da Rosa - (2016)  Foto de Ricardo Filipe Pereira  -   (Portal Nobre do "PALÁCIO DA ROSA" com Brasão esquartelado dos LIMAS, NOGUEIRAS, VASCONCELOS e BRITOS, franqueado por dois leões, numa composição que se prolonga pela janela superior)  (ABRE EM TAMANHO GRANDEin  WIKIPÉDIA 

(CONTINUAÇÃO)-LARGO DA ROSA [ VII ]

«O PALÁCIO DA ROSA ( 2 )»

O edifício sofreu graves danos com o Terramoto de 1755, mas foi depois restaurado, conservando a traça de ressaibo seiscentista. Veio ainda a sofrer grandes obras de beneficiação no princípio do século XX (1904), período durante o qual foram acrescentados dois andares.
O "PALÁCIO DA ROSA" terá permanecido na posse da família, até a sua aquisição pela CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA, na década de 70 do século XX. Neste espaço, funcionaram diversos equipamentos de cariz cultural. O "GABINETE DE ESTUDOS OLISIPONENSES" esteve aqui instalado, tal como a "ACADEMIA DE HISTÓRIA".
Em 1990 o "PALÁCIO DA ROSA" era património Municipal.
Não queremos finalizar sem atentar no "PORTAL NOBRE", que dá acesso a um pátio assimétrico empedrado. O referido PORTAL, de linguagem BARROCA, é rematado por um "Frontão Triangular", a que se sobrepõe uma "cartela rococó", com o BRASÃO esquartelado dos LIMAS, NOGUEIRAS, VASCONCELOS e BRITOS, ou seja dos VISCONDES DE VILA NOVA DE CERVEIRA e MARQUESES DE PONTE LIMA, flanqueiam-no DOIS LEÕES , numa composição que se prolonga pela janela superior. O restante alçado, dividido em dois corpo, não apresenta elementos de nota, à excepção do primeiro exibir um friso a separar os três pisos e, o segundo, mais baixo, acompanhando no declive do terreno. sendo coroado por uma balaustrada.
Os últimos andares remontam à mais recente intervenção de que o imóvel foi alvo, ocorrido entre 1904 e 1906, é dessa campanha também, o revestimento azulejar do pátio interior, pintado e assinado por "PEREIRA CÃO" e executado na "FÁBRICA DA VIÚVA LAMEGO". Vêm-se retratos de "MARTIM MONIZ", dos Navegadores "GONÇALO ZARCO" e "PEDRO ÁLVARES CABRAL", além de cenas evocativas como: "O FEITO DE MARTIM MONIZ" e "A DESCOBERTA DA MADEIRA".
A obra, patrocinada pelo "MARQUES DE CASTELO MELHOR",  pretendia assinalar alguns episódios importantes da história do país e da família, a par da representação de diferentes brasões, alusivos aos seus proprietários, cujo estudo permite perceber as ligações internas desta família. A riqueza do património azulejar do PALÁCIO não se esgota, no entanto, nestes painéis policromos e azuis e brancos do pátio, mas estende-se a todo o imóvel, onde é possível encontrar exemplares de épocas diferenciadas.
No interior, marcado por amplos salões, com comunicação entre si, a decoração adapta-se à função de cada um, destacando-se os estuques pintados do final do século XVIII inícios do XIX, ou o revestimento em "BOISERIE" da antiga Biblioteca. Merece ainda uma palavra à cerca do PALÁCIO, os seus JARDINS, onde se conservam restos da "MURALHA FERNANDINA", e com uma curta digressão, fica ainda explicado o nome da "rua vizinha", que nos leva aos baixos da MOURARIA:  Chama-se "RUA MARQUÊS DE PONTE DE LIMA", nome que vem obviamente, dos donos do palácio e benfeitores da "IGREJA DE SÃO LOURENÇO".
Pela Portaria nº. 740-J/2012, DR, 2.ª série, nº. 248 (suplemento) de 24 de Dezembro de 2012. O PALÁCIO DA ROSA era classificado MONUMENTO DE INTERESSE PÚBLICO.
[ FINAL ].

BIBLIOGRAFIA

- ARAÚJO, Norberto de - Peregrinações em Lisboa -Livro III 1.ª Ed. - LISBOA
- DICIONÁRIO DA HISTÓRIA DE LISBOA . Direcção de FRANCISCO SANTANA e EDUARDO SUCENA - 1994 - LISBOA.
- DICIONÁRIO ILUSTRADO DA HISTÓRIA DE PORTUGAL-Coord. de JOSÉ COSTA PEREIRA - PUBLICAÇÕES ALFA - 1982.
- HISTÓRIA DA LITERATURA PORTUGUESA - A. J. SARAIVA e OSCAR LOPES - 17.ª ED.- PORTO EDITORA 1996 - PORTO.
- HISTÓRIA DOS MOSTEIROS -CONVENTOS E CASAS RELIGIOSAS DE LISBOA - Publicação da CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA - 1972 . LISBOA.
- OS CONVENTOS DE LISBOA - BALTAZAR MATOS CAEIRO - DISTRIEDITORA- 1989.
- PORTUGAL SÉCULO XX - Portugueses Célebres - Cood. de LEONEL DE OLIVEIRA - Circulo de Leitores-RIO DE MOURO - 2003.
- SILVA, A. Vieira da - A CERCA FERNANDINA DE LISBOA - VOL. I-2ª. ED. CML-1987-LISBOA.

INTERNET

- HISTÓRIA DE PORTUGAL
- NEOÉPICA - arqueologia e património
- REVELAR LX
- WIKIPÉDIA

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