sábado, 14 de abril de 2018

RUA DO ALECRIM-QUINTELA-FARROBO [ I ]

«O PALÁCIO DOS BARÕES DE QUINTELA ( 1 )
 Rua do Alecrim-Quintela-Farrofo -  (2009) Foto de Dias dos Reis  -  (O "LARGO BARÃO DE QUINTELA" com a estátua a "EÇA DE QUEIROZ" representando "Sobre a nudez da verdade o manto diáfano da fantasia",  com o PALÁCIO QUINTELA em fundo)   in  DIAS DOS REIS
Rua do Alecrim-Quintela-Farrobo - (1999) Foto de Alberto Peixoto no Jornal "A CAPITAL"   - (Na RUA DO ALECRIM fica o "PALÁCIO" que pertenceu a alguns dos homens mais ricos de Portugal: Quintela e o "Monteiro dos Milhões")      in   HEMEROTECA DIGITAL 
Rua do Alecrim-Quintela-Farrobo - (195-) Foto de Horácio Novais  -  "PALÁCIO BARÃO DE QUINTELA E CONDE DE FARROBO", frente ao Largo Barão de Quintela)  (ABRE EM TAMANHO GRANDE)   in    AML 


(INÍCIO) -RUA DO ALECRIM-QUINTELA-FARROBO  [ I ]

«O PALÁCIO DOS BARÕES DE QUINTELA ( 1 )»

Diz-nos a história que «CRESO» foi o último REI da "LÍDIA", um território da "ASIA MENOR" (antiga ANATÓLIA), que acabou por ser conquistada pelos "PERSAS", 547 anos antes de CRISTO. E conta a tradição que «CRESO», o poderoso soberano era tão fabulosamente rico, que não tinha qualquer noção de quanto possuía ao certo, bastando-lhe meter as mãos em sacos ou em arcas para de lá retirar ouro e preciosidades em grandes quantidades.
Aconteceu que em LISBOA tivemos igualmente um «CRESO», embora não fosse rei, mas chegou a ser "BARÃO" e "CONDE"; chamava-se "JOAQUIM PEDRO QUINTELA", tendo ficado mais conhecido para a posteridade como "2.º BARÃO DE QUINTELA" e "1.º CONDE DE FARROBO" (embora na literatura Portuguesa apareça com o título de "O MILIONÁRIO DE LISBOA"). Ao dar-mos uma ideia do seu poder monetário, adiante-se já, que para não ter a maçada de se deslocar ao "TEATRO DE SÃO CARLOS" (do qual, aliás, tinha sido empresário e praticamente dono), mandou construir um pequeno "TEATRO" em sua casa nas LARANJEIRAS, cujo nome  era conhecido pelo "TEATRO TÁLIA".
Embora quando escrevemos a "RUA DAS FLORES" em 2010 (Ver mais aqui...) tivesse-mos abordado um pouco "O PALÁCIO QUINTELA",  muito ficou por dizer.
Quanto à "RUA DO ALECRIM" (de que já falámos também), RUA onde se situa o "nosso" PALÁCIO essa RUA anteriormente conhecida por "RUA ANTIGA DO CONDE", sendo somente em 1693, que esta via aparecia pela primeira vez com a designação de "RUA DIREITA DO ALECRIM".
Ora em plena "RUA DO ALECRIM", frente ao "LARGO" que usa o nome de "BARÃO DE QUINTELA" e mesmo de caras para a estátua erguida em honra de "EÇA DE QUEIRÓS" (1845-1900) (executada pelo escultor "ANTÓNIO TEIXEIRA LOPES" inaugurada neste local em 1903, removido o original em pedra para o MUSEU DA CIDADE, e colocado no mesmo local uma réplica em bronze, no ano de 2011), existe um bonito Palacete com alguma história.
Os terrenos pertenciam em 1521 à CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA, que os aforou e mais tarde vendidos a "DOM JORGE DE MELO", que neles edificou umas casas.
Foi essa a antepassada mais conhecida do actual "PALÁCIO QUINTELA".
Ao que parece, os primeiros proprietários não se fixaram, e terá existido problemas com a Justiça até que, já no século XVII foi o conjunto parar às mãos dos "CONDES DE VIMIOSO", mais exactamente do "4º CONDE DOM AFONSO DE PORTUGAL" (directo ascendente do VIMIOSO que, bem mais tarde, teria o célebre caso com a SEVERA). A tal ponto o CONDE ficou ligado ao local, que a "RUA" que hoje conhecemos por "ALECRIM" (nome que vem de uma "ERMIDA DE NOSSA SENHORA DO ALECRIM", teve no passado o nome de "RUA DO CONDE".

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DO ALECRIM-QUINTELA-FARROBO[II]-O PALÁCIO DOS BARÕES DE QUINTELA ( 2 )».

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