sábado, 3 de novembro de 2018

RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS (5.ª SÉRIE) [ IX ]

«RUA CAMILO CASTELO BRANCO ( 3 )»
 Rua Camilo Castelo Branco - (Postado em 13.06.2015 Juliana Venâncio  -   (O livro "AMOR DE PERDIÇÃO" escrito por CAMILO CASTELO BRANCO  no ano de 1862)  in  JU E SEUS LIVROS 
 Rua Camilo Castelo Branco - (Planta de Sérgio Dias)  -  (A Planta da "RUA CAMILO CASTELO BRANCO" na Freguesia de "SANTO ANTÓNIO")  in  TOPONÍMIA DE LISBOA
Rua Camilo Castelo Branco -  (Post.  1950) Foto de Claudino Madeira  -  (Estátua de "CAMILO CASTELO BRANCO" na esquina da AVENIDA DUQUE DE LOULÉ e a "RUA CAMILO CASTELO BRANCO". A obra foi executada por António Duarte entre 1947 e 1949 e inaugurada no dia 25 de Outubro de 1950)   in    AML 


(CONTINUAÇÃO)-RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS (5.ª SÉRIE) [ IX ]

«RUA CAMILO CASTELO BRANCO ( 3 )»

Aliás, quando "CAMILO", em 1848 se fixou no PORTO, o objectivo era o de se dedicar totalmente à imprensa.
Mesmo sem entrar em pormenores e dados mais amplos, anote-se que "CAMILO" esteve ligada, como REDACTOR e às vezes como "principal responsável", pelo menos às seguintes publicações: "PORTO E CARTA""O CRISTIANISMO", "A CRUZ", "O BICO DO GÁS" (Tratou-se de um número único), "GAZETA LITERÁRIA DO PORTO" - todos portuenses -, "O MUNDO ELEGANTE" e "REPÚBLICA" (ambos de LISBOA) e "O  ATENEU", de COIMBRA.

Logo em 1847 (aos vinte e dois anos de idade), teve o escritor uma colaboração activa no jornal " O NACIONAL". Com o "bento feitio" que DEUS lhe deu, teceu ali críticas a um GOVERNADOR CIVIL. Tais e tantas que o funcionário (que também não era fresco) o mandou espancar em plena RUA.  Recorde-se ainda que começou "CAMILO" os seus voos de ROMANCISTA num folhetim publicado em 1848 no "ECO POPULAR".

Podemos mesmo dizer que foi um escritor que abraçou não só o ROMANTISMO. como também o ULTRA-ROMANTISMO, o REALISMO e o NATURALISMO, e desde o seu primeiro livro "ANÁTEMA" (1851) são de destacar "A FILHA DO ARCEDIAGO" (1854), "DOZE CASAMENTOS FELIZES" (1861), "AMOR DE PERDIÇÃO", "MEMÓRIAS DO CÁRCERE", "CORAÇÃO, CABEÇA  E ESTÔMAGO" (todos de 1862), "AMOR DE SALVAÇÃO" (1864), "A ENJEITADA" (1866), "A DOIDA DO CANDAL" (1867), "O RETRATO DE RICARDINA" (1868), "NOVELAS DO MINHO" (1875-1877). "EUSÉBIO MACÁRIO" (1879), "A CORJA" (1880), "A BRASILEIRA DE PRAZINS" (1882) e outros de que já tinha falado no episódio anterior, dou como exemplo; "MISTÉRIOS DE LISBOA" em três volumes etc..
Só para um apontamento podemos afirmar que «CAMILO» na sua escrita usou diversos  "pseudónimos" cuja escolha dependia do seu estado de espírito. Os mais curiosos: "ANACLETO DOS COENTROS", "ANASTÁCIO DAS LOMBRIGAS", "O ANTIGO JUIZ DAS ALMAS DE CAMPANHÃ", "FOUCHÉ", "JOÃO JÚNIOR", "JOSÉ MENDES ENXÚDIO", MANUEL COCO",  "NINGUÉM", "DONA ROSÁLIA DOS COGUMELOS", "SARAGOÇANO" e "VISCONDE DE QUALQUER COISA" entre outros.

No ano de 1858, por proposta de "ALEXANDRE HERCULANO" é eleito para a "ACADEMIA DAS CIÊNCIAS" e em 18 de Junho de 1855 foi agraciado por "DOM LUÍS I" com o título de 1.º VISCONDE DE CORREIA BOTELHO, para além de ter recebido a COMENDA CARLOS III, de ESPANHA.

JORNAIS, artigos de crítica e polémica não foram pois estranhos ao Romancista, ainda que seja hoje recordado, essencial e justamente como escritor, um dos maiores da nossa língua.

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