segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O POÇO DO BORRATÉM [X]

Poço do Borratém - (2007) Fotógrafo não identificado (Entrada pela rua dos Condes de Monsanto, 2 -antiga Rua da Betesga - o Hotel Lisboa-Tejo) in http://www.ipmcom.pt/
Poço do Borratém - (1935) Foto de J. A. Bárcia (Camara do POÇO antes da última remodelação. Vê-se a bomba manual, entretanto desaparecida ) in Lisboa Antiga - Bairros Orientais de Júlio Castilho, Volume III pág. 141.
(CONTINUAÇÃO)
O POÇO DO BORRATÉM
«O POÇO (4)»

O Poço teve até há alguns anos uma bomba manual, (conforme fotografia que documentamos) e um gradeamento que o defendia. Foi remodelado em 1927.
É possível também deduzir que aquele lugar teria sido em tempos "Banhos Árabes".
No «ARQUILÉGIO» existe ainda a seguinte citação: "em Lisboa Ocidental, chegado às casas do Couto dos Marqueses de Cascais, está o grande Poço do Borratém, muito abundante de água, de que bebe a maior parte da sua vizinhança e qual é comummente reputada por boa para os que padecem ataques de calor, assim bebendo-a, como tomando banhos nela, do que fez alguma observação o Doutor João Curvo Semedo".
O POÇO (do Borratém) é pertença da Câmara Municipal de Lisboa desde 1849, não traz encargos para quem bebe a "virtuosa" água. Se é que há ainda quem a beba.
Por volta de 1900 sofreu novas obras, tendo sido transformado o POÇO num chafariz (depósito com torneiras) enchido pela pressão da água, correndo o excesso a nível do chão para duas bacias (estrutura que se conserva).
Na década de cinquenta do século XX a inquinação das águas levaram ao seu encerramento.
Em 1986 inicia-se a recuperação do espaço sobre orientação da Arqueóloga D. Ana Rolo.
No ano de 1996 o edifício é transformado no HOTEL LISBOA-TEJO, que conserva anexo à recepção, o «VELHO POÇO DO BORRATÉM». É de louvar esta iniciativa privada na preservação patrimonial.
(CONTINUA) - (Próximo) - «A RODA DOS ENJEITADOS»

1 comentário:

Anónimo disse...

Boa noite caro APS,

Continua a apaixonar-nos com as estórias das nossas ruas e elas têm imenso que contar...
Não há dúvida, vou visitar o Poço do Borratém, ou o que dele resta. Gostaria de ter provado as águas antes de elas terem ficado inquinadas!
Cumprimentos,

Cristina /Popelina