sexta-feira, 17 de abril de 2009

CALÇADA DA CRUZ DA PEDRA [XII]

Calçada da Cruz da Pedra - (2005) - Foto de APS ( O que resta do Forte de Santa Apolónia, Baluarte de Santa Apolónia ou Bateria do Manique) Arquivo/APS
Calçada da Cruz da Pedra - (s/d) Fotógrafo não identificado (Forte de Santa Apolónia) in DISPERSOS -Volume I - 1968 Página 164-A
(CONTINUAÇÃO)
CALÇADA DA CRUZ DA PEDRA
«BALUARTE OU FORTE DE SANTA APOLÓNIA (2)»
São estes os nomes porque as duas últimas obras de fortificação foram designadas por «JOÃO BAPTISTA DE CASTRO» no seu «MAPPA DE PORTUGAL», "E se acham em plantas antigas de Lisboa, e assim continuou a ser chamado o primeiro até à actualidade, e o segundo até ao seu desaparecimento em 1860".
O de Santa Apolónia é também designado, nalguns documentos e mapas antigos por "Bateria do Manique (1).
O Forte de Santa Apolónia tinha por missão defender o acesso à cidade, de um inimigo vindo do lado Oriental, pelas estradas de Chelas, de Sacavém e Olivais, o da «CRUZ DA PEDRA», dum ataque do rio, em colaboração com os outros da outra margem do rio.
Ficavam distanciados cerca de cem metros, e acham-se desenhados no mapa (publicado neste Blog em 16 de Março de 2009), que mostra a sua localização na planta de Lisboa na Calçada da Cruz da Pedra.
O Forte ou Baluarte de Santa Apolónia está situado dentro da Quinta do Manique, que em 1755 era propriedade do desembargador PEDRO GONZAGA CORDEIRO (2); pertenceu no meado do século XIX ao Visconde de Manique, em seguida aos Condes de São Vicente e depois de haver passado por mais outros donos, em 1945 era pertença de G. & H. Hall, Lda., nos anos sessenta era adquiridos os terrenos pela Câmara Municipal de Lisboa.
A Quinta do Manique, em planta, tinha a forma aproximada de um triângulo isósceles, com o vértice do ângulo agudo para Sul, e era circundada, do Poente pela Calçada das Lajes, como hoje; no nascente pela Calçada da Cruz da Pedra, e pela Estrada de Chelas, a (antiga estrada da circunvalação), hoje Rua Nelson de Barros e Avenida Afonso III.
(1) - Por exemplo, na planta que acompanha a obra «ELOGIO HISTÓRICO DO SENHOR REI D.PEDRO IV, pelo Marquês de Resende, Lisboa 1867.
(2) - Segundo um projecto do plano de urbanização da parte Oriental da Cidade, logo a seguir ao Terramoto de 1755, que existiu na extinta Direcção das Obras do Distrito de Lisboa, na ala oriental do Terreiro do Paço, e que ardeu em 4 de Maio de 1919.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «CALÇADA DA CRUZ DA PEDRA [XIII] - BALUARTE OU FORTE DE SANTA APOLÓNIA (3)»


2 comentários:

Marina disse...

Muito interessante o seu blogue

APS disse...

Cara Marina

Agradecido pelo seu apreço.

APS