Avenida da Liberdade - (19__) (Litografia a cores) (Restauradores no início da Avenida da Liberdade) in LISBOA DE FREDERICO RESSANO GARCIA(1874-1909)
Avenida da Liberdade - (1911) (Levantado e desenhado sob a orientação de "JÚLIO ANTÓNIO VIEIRA DA SILVA PINTO" - Área entre a "PRAÇA MARQUÊS DE POMBAL" e a "RUA FERREIRA À LAPA") in LISBOA DE FREDERICO RESSANO GARCIA(1874-1909)
Avenida da Liberdade - (1911) (Levantado e desenhado sob a direcção de "Júlio António Vieira da Silva Pinto"- Área entre a "RUA ALEXANDRE HERCULANO", "AVENIDA DA LIBERDADE" e "RUA DE S. JOSÉ". in LISBOA DE FREDERICO RESSANO GARCIA (1874-1909).
Avenida da Liberdade - (189_) (Planta de arborização da Avenida da Liberdade) in LISBOA DE FREDERICO GARCIA (1874-1909)
.
(CONTINUAÇÃO)
.
AVENIDA DA LIBERDADE [ IV ]
.
«A AVENIDA DA LIBERDADE ( 2 )»
Quem hoje passa pela «AVENIDA DA LIBERDADE», normalmente muito apressado, ao volante de um carro, atento aos semáforos e aos outros condutores, preocupado em chegar o mais breve possível à «ROTUNDA DO MARQUÊS» ou aos «RESTAURADORES», entenderá que esta artéria faz parte dos "nossos encantos".
Igualmente se aplica a quem passe, fechado em qualquer transporte que leve gente de sobra. E nem se põe o problema aos que só percorrem aquele trajecto debaixo do chão, no Metropolitano.
No entanto, nenhuma RUA desta CAPITAL foi tão defendida por uns e odiada por outros, logo antes de nascer; nenhuma obteve depois tanta unanimidade; nenhuma desempenhou e desempenha um papel de «AVENIDA NOBRE» e de passeio obrigatório.
Faz aproximadamente 124 anos e cinco meses, eram convidados os alfacinhas e forasteiros a visitarem a inauguração de uma nova artéria da Capital.
A «AVENIDA DA LIBERDADE» era descrita na época, como um longo vale, mostrando-se ampla, larga, ligeiramente em declive, limitada a NORTE pelo futuro «PARQUE DA LIBERDADE» (mais tarde) «PARQUE EDUARDO VII» a SUL pelos «RESTAURADORES» e lateralmente pelas encostas ou colinas com algumas construções.
Esta «AVENIDA» contando então poucos anos de vida (foi inaugurada em 28 de Abril de 1886), tinha-se já tornado uma importante via de comunicação.
.
O panorama oferecido na última década do século XIX, era aquele que muitos ainda conheceram: grande número de árvores, canteiros de verdura, ladeada de belas casas, algumas das quais com arquitectura caprichosa, formando o seu todo um dos mais atraentes e assíduos locais de passeio de LISBOA.
Desse conjunto de qualidade nasceu um hábito bem alfacinha e que se manteve enquanto o trânsito o permitiu: "fazer a Avenida".
Consistia esta tradição no passatempo inofensivo de subir e descer aquela artéria, a pé, a cavalo ou num elegante trem, transformando-se a «AVENIDA» em "picadeiro" humano ou em passagem de modelos. De Inverno, o movimento começava pelas três e meia da tarde, no Verão uma hora mais tarde, e em qualquer caso continuava até ao pôr do Sol.
Era o momento mais oportuno para se mostrarem as belas equipagens, as excelentes montadas ou, mais simplesmente, o último modelo das mais famosas modistas do CHIADO.
.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «AVENIDA DA LIBERDADE [ V ] -A AVENIDA DA LIBERDADE (3)».
2 comentários:
É de tal forma nobre que qualquer lisboeta sabe que quando se diz "a avenida" só se pode estar a referir à da Liberdade.
Caro Ricardo Moreira
Da mesma forma quando queremos "organização" ou "justiça" chamamos pelo «MARQUÊS», e todos nós sabemos de quem se trata.
Embora a sua "justiça" seja um pouco discutível.
Um abraço
APS
Enviar um comentário