sábado, 20 de novembro de 2010

RUA BARROS QUEIRÓS [ II ]

Rua Barros Queirós - (ant. a 1755) (Convento de S. Domingos e Hospital de Todos-os-Santos em 3D in MUSEU DA CIDADE DE LISBOA
Rua Barros Queirós - (2008) Fotografo não identificado (Largo de S. Domingos junto à Rua Barros Queirós) in DOMINICANOS

Rua Barros Queirós - ( ant. a Agosto de 1959) Fotografo não identificado (Largo e Igreja de S. Domingos) in IÉ - IÉ

Rua Barros Queirós - (s/d) Estúdios Mário Novais (Igreja de S. Domingos, Abside(1) visto da Rua D. Duarte) in AFML
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(CONTINUAÇÃO)
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RUA BARROS QUEIRÓS [ II ]
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«CONVENTO E IGREJA DE S. DOMINGOS (1)»
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O «CONVENTO DE S. DOMINGOS DE LISBOA» da ordem religiosa dos dominicanos, foi fundado em 1242 por «D. SANCHO II», Rei de Portugal e continuado pelo seu irmão, o futuro rei «D. AFONSO III». A «IGREJA» aparece em 1249 e corresponde à importância do seu Convento.
Tinha uma cerca desafogada, mas pela sua situação sofria grandes inundações quando chovia. A água da chuva descia a colina, (juntava-se a um braço de água vinda de «ARROIOS» que passava neste sítio, e corria para o TEJO em regueiro), provocando elevados estragos.
Diz-nos «NORBERTO DE ARAÚJO» nas suas PEREGRINAÇÕES EM LISBOA o seguinte: " Quando em 1242 se ergue o Convento de S. Domingos - e crê-se que já antes existia no local a pequena ermida de Nª. Sª da Escada ou da Purificação - o sítio já estava enxuto, mas o chão, sobretudo em época de chuvadas, seria ainda alagadiço".
Foram de tal modo os estragos em 1488, que o Rei «D.MANUEL I» se propôs a corrigir os estragos e a construir novos dormitórios.
O Terramoto de 1531 abriu de alto a baixo todas as naves da Igreja, fez ruir a maior parte da "ermida de Nª. Sª. da Escada" (que se encontrava junta para Norte), e deixou o Convento "todo desbaratado e posto em ruína".
Os trabalhos de recuperação, apoiados por um bom subsídio de «D. JOÃO III», prolongaram-se até 1566. Os acabamentos da construção da Igreja e reparação das ruínas do Convento devem ter consumido quase todo o rendimento da "fábrica".
Em 1664 é restaurada a sacristia, a expensas de «LUÍS BARBUDA DE MELO», reedificado o exterior da CAPELA-MOR, postos os sinos datados de 1648 e 1649, guarnecidas as capelas e altares de objectos de prata.
O culto divino regressou a IGREJA DE S. DOMINGOS, com ar de pompa dos dias festivos, pela mão do armador «AGOSTINHO BORGES» contratado em 1668.
Mas a grande transformação do templo e do Convento iria verificar-se nos alvores do século imediato.
Diz-se que "a nave da Igreja de S. DOMINGOS em LISBOA é anterior ao terramoto», obra possivelmente, de «MANUEL CAETANO DE SOUSA» e «JOÃO FREDERICO LUDOVICE». Em 1748 foi a CAPELA-MOR adornada com finas esculturas de «JOÃO ANTÓNIO DE PÁDUA».
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(1) -Exterior da Abside da Igreja de S. Domingos. Obra de FREDERICO LUDOVICE (1748), do período terminal do reinado de D. João V que parece ter resistido aos efeitos do terramoto.
(Explicação- (do latim abside)- A parte posterior de uma Igreja, situada por detrás do altar-mor).
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «RUA BARROS QUEIRÓS [ III ] - CONVENTO E IGREJA DE S. DOMINGOS (2)»

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