sábado, 7 de janeiro de 2012

RUA AUGUSTA [ I ]

RUA AUGUSTA - (2005) Foto de APS (A RUA AUGUSTA no século XXI, com a sua "CALÇADA À PORTUGUESA" e esplanadas) in ARQUIVO/APS RUA AUGUSTA - (LISBOA em 1876) (Baixa Pombalina a RUA assinalada a amarelo é a RUA AUGUSTA) in A BAIXA POMBALINA - PASSADO E FUTURO RUA AUGUSTA - (Planta envolvente da Baixa Pombalina) - LEGENDA -- 1)-ARCO DA RUA AUGUSTA ; 2)-BANCO ESPÍRITO SANTO; 3)-BANCO NACIONAL ULTRAMARINO; 4)-CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS; 5)-CRÉDITO PREDIAL PORTUGUÊS; 6)-SANTANDER-TOTTA; 7)-LOJA DAS MEIAS; 8)-BANCO PINTO & SOTTO MAYOR; 9)-MILLENNIUM-bcp; 10)-CASA AFRICANA; 11)-PARCERIA A.M.PEREIRA; 12)-HOTEL INTERNACIONAL; 13)-RUA AUGUSTA; 14)-HOTEL DUAS NAÇÕES. RUA AUGUSTA - (entre 1900 e 1945) Fotografado da gravura por José Artur Leitão Bárcia em suporte negativo de gelatina e prata em vidro. (Postal Ilustrado da RUA AUGUSTA no século XIX) in AFML RUA AUGUSTA - (1758) (Reprodução em "offset" pela Litografia Portugal (1949) - (Planta da reconstrução de Lisboa aprovado em 1758 - Publicada em Plantas Topográficas de Lisboa de A.Vieira da Silva - Lisboa ) - "Arrumada", segundo o novo alinhamento dos arquitectos "EUGÉNIO DOS SANTOS" e "CARLOS MARDEL" in MUSEU DA CIDADE RUA AUGUSTA - (d. 1758) (Estampa I) (Fragmento da Planta de Lisboa actual, sobreposta à Lisboa anterior ao Terramoto de 1755) Desenho do Engº A. Vieira da Silva - Volume I "As Muralhas da Ribeira de Lisboa, Publicações Culturais da Câmara Municipal de Lisboa - 1940). O assinalado com amarelo representa a nossa RUA hoje tratada. in CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA

- RUA AUGUSTA [ I ]

«A RUA AUGUSTA ( 1 )»

A «RUA AUGUSTA» pertence à freguesia de «SÃO NICOLAU», tem início na «PRAÇA DO COMÉRCIO» (antigo TERREIRO DO PAÇO) e termina na «PRAÇA D. PEDRO IV» (vulgo ROSSIO). A «RUA AUGUSTA» é atravessada no seu percurso de Sul para Norte pelas ruas: «RUA DO COMÉRCIO» (Antiga Rua Nova de El-Rei, vulgarmente chamada pelo menos até 1782, de "RUA DOS CAPELISTAS"), «RUA DE S. JULIÃO» (antiga Rua dos Algibebes) ( 1 ), «RUA DA CONCEIÇÃO», «RUA DE SÃO NICOLAU», «RUA DA VITÓRIA», «RUA DA ASSUNÇÃO» e «RUA DE SANTA JUSTA».

Ainda a maioria dos quarteirões se encontravam por construir na cidade baixa, ordenada geograficamente no plano, já se traçavam as principais actividades de comércio para as suas ruas, de acordo com a distribuição de comerciantes e artífices, tendo como base um arruamento por profissão, conforme se referia o Decreto de 05.11.1760. A «RUA AUGUSTA» denominada com esta designação pelo mesmo decreto, foi destinada para alojar os mercadores de lã e de seda.

Segundo «GOMES DE BRITO» em "RUAS DE LISBOA", "esta artéria tinha vinte palmos a mais de largura do que as ruas de "S. Julião" e da "Conceição", ou seja, quarenta palmos de leito e vinte igualmente divididos, para passeios marginais».

A «RUA AUGUSTA» que homenageia a "AUGUSTA" figura do rei «D. JOSÉ I», juntamente com a actual «RUA DO COMÉRCIO» (desde 05.11.1910), antiga "Rua Nova de El-Rei», invocava no seu nome este mesmo soberano.

Para a reconstrução da "BAIXA POMBALINA" esteve presente o já idoso «MANUEL DA MAIA» tendo como colaboradores o Arquitecto Capitão «EUGÉNIO DOS SANTOS» e o Tenente-Coronel «CARLOS MARDEL», húngaro imigrado desde 1733, arquitecto dos Paços Reais e das Ordens Militares, "que além de serem engenheiros de profissão, eram também na arquitectura civil, os primeiros arquitectos". O "trio", MANUEL DAMAIA, EUGÉNIO DOS SANTOS e CARLOS MARDEL, mais do que uma equipa, formavam com efeito um triângulo de forças convergentes para uma obra em comum da «NOVA LISBOA».

A Igreja de «SÃO JULIÃO», chamada popularmente de «S. GIÃO», dizem alguns autores que já estava criada como paróquia, no ano de 1200 (Agiológio Lusitano). Sabe-se que já existia no tempo de «D. AFONSO II», sendo o seu primitivo local o 3º quarteirão de prédios de casas da actual «RUA AUGUSTA», (conforme foto de 1758) do lado esquerdo de quem sobe, partindo da «PRAÇA DO COMÉRCIO». O Adro do lado ocidental da Igreja, ocupava a metade, e a Capela-Mor caía toda sobre a «RUA AUGUSTA», abrangendo com o seu comprimento a largura total desta rua. Com o Terramoto de 1755 foi destruída completamente, e a freguesia veio instalar-se numa "pobre barraca" de madeira, mandada construir pelo seu pároco no «TERREIRO DO PAÇO».

- ( 1 ) - (ALGIBEBE) - (do Árabe) - Aquele que vende fato feito (Fonte: Lello Universal-1976 página 102.

(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «RUA AUGUSTA [ II ] - A RUA AUGUSTA (2)»

1 comentário:

Maria João Castro disse...

Parabéns pelo magnifico trabalho de levantamento histórico dos mais de 250 anos da Rua Augusta.
Muito interessante e bem documentado, tanto com fotos de diversas épocas, como com informação detalhada do comércio e dos serviços que funcionam(ram) na Rua Augusta até 2012.