quarta-feira, 25 de setembro de 2013

RUA DA JUNQUEIRA [ XIV ]

 Rua da Junqueira - (2006) - Foto de autor não identificado (Entrada principal da "Fábrica Nacional de Cordoaria", na "Rua da Junqueira" in  MUSEU DA MARINHA 
 Rua da Junqueira - (2013) (A "Cordoaria Nacional" vista na "Rua da Junqueira" parte Norte, junto da "Travessa Mécia Mouzinho de Albuquerque") in  GOOGLE EARTH
 Rua da Junqueira - (1961) Foto de Arnaldo Monteiro ("Cordoaria Nacional" fachada norte virada para a "rua da Junqueira") (Abre em tamanho grande) in AFML 
 Rua da Junqueira - (2007) (Panorâmica do conjunto de edifícios da "Cordoaria Nacional" entre a "Rua da Junqueira", "Avenida da Índia", "Travessa Mécia Mouzinho de Albuquerque" e "Travessa das Galeotas") in GOOGLE EARTH
 Rua da Junqueira - (194_) Foto de Kurt Pinto ("Cordoaria Nacional" virada a Sul "Avenida da Índia". Foi transferida para a Junqueira em finais do século XVIII e destinava-se à produção de cabos e lonas para a Armada)  in  AFML 
Rua da Junqueira - (1934 ) - Foto de Eduardo Portugal ( Panorama do edifício da "Cordoaria Nacional" antes da demolição efectuada em 1940, para permitir o alargamento da "Avenida da Índia". O exterior apresenta ainda características próximas do seu aspecto primitivo, em que se salienta a sucessão ritmada das janelas) (Abre em tamanho grande)  in  AFML

(CONTINUAÇÃO) RUA DA JUNQUEIRA [ XIV ]

«A CORDOARIA NACIONAL ( 1 )»

A Construção do edifício da «FÁBRICA NACIONAL DE CORDOARIA» na "RUA DA JUNQUEIRA", determinada pelo Decreto de 29.06.1771 pelo «MARQUÊS DE POMBAL», provavelmente com projecto do Arquitecto "REINALDO MANUEL DOS SANTOS" (Oficial da "Casa do Risco")  na  segunda metade do século XVIII.
Em 1788, estava concluída a grande oficina de "CORDAME", onde decorreu a principal actividade desta fábrica de cordas, que também manufacturou  cabos, velas, tecidos e bandeiras, tinha ainda secções de tinturaria, engomadoria, urdidura arranjada, de velas, alfaiataria, tecelagem, para além dos espaços de apoio, como a carpintaria e serralharia, os serviços de administração e outros equipamentos para as naus portuguesas. Imagina-se que alguns destes serviços se instalaram durante o século XIX.

O edifício situa-se na JUNQUEIRA sobre terrenos contíguos ao «FORTE DE S. JOÃO DA JUNQUEIRA», um conjunto de oficinas que se distribuem por três corpos, caracteriza-se por uma planta longitudinal edificada paralelamente ao rio TEJO.

Com cerca de 394 metros de frente e 125 de profundidade, a sua traça arquitectónica praticamente despojada de decoração, testemunho de uma construção de carácter industrial onde se albergam as oficinas.

Em 1826 e 1949 foi parcialmente destruído pelo fogo, mas logo reconstruído de ambas as vezes. Acabou por perder uma boa parte da sua área de terreno para ceder à construção da actual "AVENIDA DA ÍNDIA", que lhe fica no lado do rio ou seja a Sul.
Dadas as grandes dimensões do edifício, foram inúmeras as instituições estranhas à "CORDOARIA" que nele se instalaram.
Delas destacamos a oficina de instrumentos matemáticos e náuticos de "JACOB BERNARD HAAS", contratado pela MARINHA, foi fabricante de instrumentos náuticos e mestre desta oficina entre 1800 e 1828, data do seu falecimento. Foi substituído, pelo seu sobrinho "JOÃO FREDERICO HAAS", que ali se manteve até à extinção da oficina em 1865.

Estiveram ainda nesta "CORDOARIA" a funcionar; o "RECOLHIMENTO DE SANTA MARIA DE CARTONA", o "HOSPITAL COLONIAL" e o "QUARTEL DE TROPAS DO ULTRAMAR".
Em 1902 foi aqui instalada a "ESCOLA DE MEDICINA TROPICAL", cujo o nome em 1937 passou para "INSTITUTO DE MEDICINA TROPICAL", com laboratórios, biblioteca especializada e instalações de Higiene e Patologia Exóticas.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DA JUNQUEIRA [ XV ]-A CORDOARIA NACIONAL (2)»

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