Rua do Grilo - (2006) Foto de António Sacchetti (Fachada principal da "Manutenção Militar" construída no espaço do antigo "Convento das Freiras Grilas" na "Rua do Grilo") in CAMINHO DO ORIENTE
Rua do Grilo - (1937) Foto de autor não identificado (O fabrico de bolachas na "Manutenção Militar" na "Rua do Grilo" nos finais dos anos trinta do século passado) in ARQUIVO NACIONAL TORRE DO TOMBO-DIRECÇÃO GERAL DE ARQUIVOS
Rua do Grilo - (ant. 1993) Foto de autor não identificado (Bateria de seis fornos, revestidos a azulejos datados de 1954 da fábrica do Outeiro-Águeda, com várias fases de fabrico de pão, na "Manutenção Militar" na "Rua do Grilo") in PELAS FREGUESIAS DE LISBOA-CML
Rua do Grilo - (1998) - Foto de António Sacchetti (Prensa para moldar bolachas por processo contínuo, exposta no "Museu da Manutenção") in CAMINHO DO ORIENTE
(CONTINUAÇÃO - RUA DO GRILO [ XIII ]
«A MANUTENÇÃO MILITAR ( 4 )»
Para a laboração deste enorme conjunto de equipamentos instalaram-se infraestruturas energéticas condizentes em termos de potência. Antes de 1911, existia uma máquina a vapor horizontal que accionava a moagem e duas verticais com força individual de 50 c/v. As máquinas verticais trabalhavam alternadamente, fornecendo energia eléctrica aos restantes serviços.
Mais tarde, depois da ampliação constante das diversas unidades produtivas, tornou-se necessário o aumento da força motriz.
A máquina inicial foi substituída por outra de 300 c/v e as verticais deram lugar a duas com potência de 750 c/v.
Assim, da época do vapor, passava-se aos poucos para a época da electricidade. A fase de produção inicialmente resultava da força do vapor aplicada a dínamos.
Foram instaladas turbinas a diesel mais tarde, que autonomamente produziam energia para as diferentes empresas fabris. Em 1921 era instalado na "MANUTENÇÃO MILITAR" uma central a "DIESEL" eléctrica de dois grupos.
Passados seis anos eram implementados novos grupos "POLAR-ASEA" (250cv/210Kva) e, em 1931 outro grupo da mesma marca com (80cv/80Kva).
Simultâneamente com os motores instalaram o quadro respectivo de distribuição e manobra dez painéis, com uma bancada de manobra e cem motores eléctricos.
Um novo equipamento para a fabricação de bolachas, foi publicado em 19 de Janeiro de 1955 no "DIÁRIO DA REPÚBLICA", pelo Decreto nº 40 039 em que autorizava a "MANUTENÇÃO MILITAR" na aquisição à "SOCIEDADE COMERCIAL LUSO-ITALIANA, LDA.", o fornecimento de uma instalação completa para o fabrico de bolachas, no valor total de um milhão oitocentos e seis mil duzentos e trinta e um escudos e sessenta centavos.
O período também muito importante para a expansão da "MANUTENÇÃO MILITAR" e para a confirmação da função abastecedora desta unidade, relaciona-se com o final dos anos 50 e início dos anos 60.
A situação prende-se com o decorrer da "GUERRA COLONIAL" e a urgência de uma resposta constante às necessidades do abastecimento militar (apesar da instalação de algumas Delegações existentes no Ultramar) e a toda a população civil, que cada vez, em maior número trabalhavam nas diversas fábricas e oficinas da "MANUTENÇÃO MILITAR".
Na década de 70, instalaram-se ainda alguns sectores da industria alimentar, um destes exemplos pertence à fábrica de pastelaria e confeitaria. A primeira abastecia principalmente os supermercados e as messes e a segunda tinha como objectivo complementar a fábrica de pão. Criou-se ainda uma fábrica de fritos, projectada para o fabrico de salgados (fritos e congelados), tendo sido depois remodelada de modo a incrementar o fabrico dos ultra-congelados.
Com a "REVOLUÇÃO do 25 de ABRIL" houve uma certa retracção. Os anos que se seguiram foram de adaptação a uma nova realidade, publicando-se, inclusive, novas orientações legislativas. No ano de 1992 iniciou-se um processo de reestruturação orgânica e funcional, sendo suprimidos a maioria dos seus supermercados.
Com estas alterações funcionais parte dos trabalhadores do activo tornaram-se excedentários, diminuindo também o pessoal operacional.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DO GRILO [ XIV ]-A MANUTENÇÃO MILITAR (5)»
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