Rua Afonso Domingues - (2005) Foto de APS - (O "MOSTEIRO DA BATALHA" ou "Mosteiro de Santa Maria da Vitória", importante marco da arquitectura Gótica, que AFONSO DOMINGUES está ligado à sua construção e provavelmente ao seu traçado) in ARQUIVO/APS
Rua Afonso Domingues - (2005) Foto de APS - (Um interior do MOSTEIRO DA BATALHA e seu Jardim, formas de inspiração mourisca desenvolvidas na fonte do claustro) in ARQUIVO/APS
Rua Afonso Domingues - (2015) - (Um troço da "RUA AFONSO DOMINGUES" vista do seu início no lado Sul) in GOOGLE EARTH
Rua Afonso Domingues - (1969) Foto de João H. Goulart (A "RUA AFONSO DOMINGUES" inserida no "BAIRRO OPERÁRIO" actualmente freguesia de "SÃO VICENTE") in AML
Rua Afonso Domingues - (1969) Foto de João H. Goulart ( A parte Norte da "RUA AFONSO DOMINGUES" do número 44 a 46, nos anos sessenta do século XX) in AML
(CONTINUAÇÃO) - RUA AFONSO DOMINGUES [ I I ]
«HISTÓRIAS DO MOSTEIRO DA BATALHA ( 1 )»
Foi ao grande mestre arquitecto «AFONSO DOMINGUES» que provavelmente se ficou a dever, a traça original do "MOSTEIRO DA BATALHA" ou "MOSTEIRO DE SANTA MARIA DA VITÓRIA", tendo dirigido as obras desde 1387/8 até 1402. Como levou cerca de século e meio a ser construído, o MOSTEIRO sofreu influências de vários mestres e, por consequência, de vários estilos.
Manteve-se na linha da arquitectura gótica portuguesa, sendo patente, no sector mais antigo do conjunto arquitectónico da BATALHA, influências, entre outras, das Igrejas das ordens mendicantes, da SÉ de ÉVORA e das capelas radiantes da SÉ de LISBOA.
Ao morrer, já cego, estavam construídos pelo menos quatro capelas da abside, boa parte da capela-mor e do transepto, a sacristia, as naves laterais já abobadas e as galerias Sul e Este do Claustro Real.
Da autoria do mestre AFONSO DOMINGUES são o CLAUSTRO REAL e a SALA DO CAPITULO.
A história do mestre AFONSO DOMINGUES, que terá morrido debaixo da abóbada, ao fim de três dias e três noites para provar que ela não cairia, é, possivelmente uma lenda.
A "SALA DO CAPITULO" do "MOSTEIRO DA BATALHA" pela documentação e pelos estudos que foram elaborados, podemos nos referir concretamente que quem finalizou aquela estrutura - que é realmente um espanto em termos de engenharia medieval - foi o segundo arquitecto de nome DAVID HUGUET. Este arquitecto não era português, talvez Catalão, talvez Flamengo, o que talvez não seja verdade é toda aquela história que o nosso grande escritor romântico "ALEXANDRE HERCULANO" escreveu na sua obra "ABÓBADA", que pretendia realçar os valores da nacionalidade, etc., não passará de uma lenda.
Aliás, devemos acrescentar (embora não seja posto em causa) que o mestre "AFONSO DOMINGUES" tenha sido o primeiro mestre, aquele que esboçou o projecto inicial de como se desenvolveria a obra, o que hoje nos resta do monumento, sobretudo os seus espaços que ainda hoje podem ser visitados, a sua construção final deve-se a outro arquitecto. Estamos a falar do portal principal, da cobertura da Igreja, da Capela do Fundador, do Claustro Joanino e das Capelas Imperfeitas.
Este outro arquitecto "HUGUET" na verdade não sabemos quando é que ele chegou concretamente aqui à BATALHA, sabemos só quando assumiu o controlo das obras, foi depois da mestre "AFONSO DOMINGUES" ter cegado, cerca de 1401/2, tendo estado mais de duas dezenas de anos à frente das obras.
Dizia-se também que o MOSTEIRO DA BATALHA em determinada altura esteve para ser vendido, principalmente depois da expulsão das Ordens Religiosas em Portugal, como estaleiro de pedra.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) «RUA AFONSO DOMINGUES [ III ] - HISTÓRIAS DO MOSTEIRO DA BATALHA (2)».
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