Rua da Escola Politécnica - (1933 ) Foto de FOTOVOO - (O "PALACETE DOS ANJOS" pertenceu ao bem sucedido capitalista "POLICARPO FERREIRA DOS ANJOS", passou por ali a "LEGAÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS", depois ESCOLA SUPERIOR COLONIAL e uma secção do BANCO DE PORTUGAL) in SÉTIMA COLINA
Rua da Escola Politécnica - (2006) Foto de Inês Reis) ("PALACETE DOS ANJOS", fachada principal pormenor da entrada, na Praça do Príncipe Real junto da RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA) in MONUMENTOS - SIPA
Rua da Escola Politécnica - (2009) (O "Palacete dos Anjos"na Praça do Príncipe Real, muito próximo da Rua da Escola Politécnica, pertenceu ao capitalista POLICARPO FERREIRA DOS SANTOS) in GOOGLE EARTH
Rua da Escola Politécnica - (2005) Foto de Margarida Ramos - (PALACETE DOS ANJOS na Praça do Príncipe Real, 20 e 21, muito próximo da Rua da Escola Politécnica) in MONUMENTOS-SIPA
(CONTINUAÇÃO) - RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA [ II ]
«O PALACETE DOS ANJOS»
Embora este "PALACETE DOS ANJOS" já aqui tivesse sido referenciado aquando da publicação em 8 de Maio de 2008, na "PRAÇA DO PRÍNCIPE REAL [ VI ], levámos a incluí-lo neste episódio pela proximidade à "RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA", e acrescentar mais uns elementos, que na altura ficou por dizer.
Este "PALACETE DOS ANJOS" terá sido a mais antiga residência nobre do antigo sítio da "PATRIARCAL", é um Palacete de aspecto sólido que se encontra já próximo da entrada da "RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA".
A actual imagem que transmite deverá datar dos anos setenta do século XIX, quando o edifício foi adquirido por um bem sucedido capitalista, "POLICARPO FERREIRA DOS ANJOS", dos "ANJOS & CIA.", de proveitosos negócios africanos, e banqueiro do CREDITO PREDIAL, cujo irmão e sócio "ANTÓNIO", construiu mais adiante no pequeno LARGO DE SÃO MAMEDE, e um sobrinho, outro considerável "POLICARPO" nos RESTAURADORES.
Da construção anterior não se conhece, apenas sabemos que desde há muito que esta casa-nobre é referida na documentação que teve moradores da aristocracia portuguesa.
Em 1762, já o primeiro livro da DÉCIMA afirma ser habitado por um tenente-General, "MANUEL GOMES DE CARVALHO E SILVA". Depois é um extenso rol de moradores da mansão, que devia ser de bons cómodos e largas dimensões, dada a qualidade desses inquilinos. Citem-se os senhores de ALCÁÇOVAS, em 1783, os CONDES DE SÃO VICENTE, em 1790, os CONDES DA LOUSÃ, por volta de 1818. Depois, ali também cruzados com os "CONDES DE CAVALEIROS", MENESES-MARIALVAS, a 4.ª MARQUESA DE LOURIÇAL, viúva, em 1846, e em 1848 os 4.ºs MARQUESES DE PENALVA, "D. FERNANDO TELES DA SILVA e D. EUGÉNIA DE AGUIAR.
A casa conheceu então uma certa aura no meio lisboeta. Ali decorriam amiúde umas "selectas" reuniões literárias; "às quais concorria a fina flor da aristocracia de sangue e do talento, para ouvir o trecho sentimental de alguns poetas ou para escutar, como certa noite sucedeu, da boca do divino GARRETT, algumas páginas inéditas do "ARCO DE SANTANA" ( 1 ).
As obras no PALACETE terão sido depois de 1875, dirigidas por "G. CINATTI", devendo datar dessa altura as balaustradas e outros seguintes sobrepostos a um edifício mais antigo. De acordo com a especialidade deste arquitecto-decorador, a sua obra terá eventualmente incidido mais no interior do PALACETE. Depois da adaptação o PALACETE permanece como uma estrutura regular de nove vãos no primeiro andar e três portas centrais com inovadas cantarias de volta perfeita, a condizer com as grades forjadas das sacadas do andar nobre.
Os arranjos do interior não são hoje possível de admirar, uma vez que foram destruídos para adaptação em depósito do "BANCO DE PORTUGAL".
Quanto à fachada hoje existente, diz-nos MATOS SEQUEIRA que a casa-nobre setecentista tinha apenas "sete ou oito sacadas" e na actualidade apresenta-nos nove. Ainda na adaptação do espaço pelo BANCO DE PORTUGAL, foi construído acima das balaustradas do telhado, um andar recuado "amansardado" ou de "Águas-Furtadas".
De 1912 a 1917 foi LEGAÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS e em 1933 seria a sede da ESCOLA SUPERIOR COLONIAL (depois INSTITUTO) e finalmente as instalações do BANCO DE PORTUGAL.
O PALACETE DOS ANJOS foi lar de muitas pessoas antes de se tornar uma propriedade do BANCO DE PORTUGAL. Hoje pequenas empresas e comércio "proliferam", tomando conta do PALACETE, embora consiga manter suas principais características arquitectónicas.
- ( 1 ) - GUSTAVO MATOS SEQUEIRA (Olisipógrafo)A casa conheceu então uma certa aura no meio lisboeta. Ali decorriam amiúde umas "selectas" reuniões literárias; "às quais concorria a fina flor da aristocracia de sangue e do talento, para ouvir o trecho sentimental de alguns poetas ou para escutar, como certa noite sucedeu, da boca do divino GARRETT, algumas páginas inéditas do "ARCO DE SANTANA" ( 1 ).
As obras no PALACETE terão sido depois de 1875, dirigidas por "G. CINATTI", devendo datar dessa altura as balaustradas e outros seguintes sobrepostos a um edifício mais antigo. De acordo com a especialidade deste arquitecto-decorador, a sua obra terá eventualmente incidido mais no interior do PALACETE. Depois da adaptação o PALACETE permanece como uma estrutura regular de nove vãos no primeiro andar e três portas centrais com inovadas cantarias de volta perfeita, a condizer com as grades forjadas das sacadas do andar nobre.
Os arranjos do interior não são hoje possível de admirar, uma vez que foram destruídos para adaptação em depósito do "BANCO DE PORTUGAL".
Quanto à fachada hoje existente, diz-nos MATOS SEQUEIRA que a casa-nobre setecentista tinha apenas "sete ou oito sacadas" e na actualidade apresenta-nos nove. Ainda na adaptação do espaço pelo BANCO DE PORTUGAL, foi construído acima das balaustradas do telhado, um andar recuado "amansardado" ou de "Águas-Furtadas".
De 1912 a 1917 foi LEGAÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS e em 1933 seria a sede da ESCOLA SUPERIOR COLONIAL (depois INSTITUTO) e finalmente as instalações do BANCO DE PORTUGAL.
O PALACETE DOS ANJOS foi lar de muitas pessoas antes de se tornar uma propriedade do BANCO DE PORTUGAL. Hoje pequenas empresas e comércio "proliferam", tomando conta do PALACETE, embora consiga manter suas principais características arquitectónicas.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA [ III ]-O PRÉDIO GONZAGA RIBEIRO»
1 comentário:
Enviar um comentário