Rua São João da Praça - (2009) - Foto de APS - (Primeiro e segundo lance de escadaria do "ARCO DE JESUS" que nos leva à "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA", no lado direito o início do "BECO DOS ARMAZÉNS DO LINHO") in ARQUIVO/APS
Rua São João da Praça - ( 2009) - Foto de APS - (Saída do "ARCO DE JESUS" para o "CAMPO DAS CEBOLAS", quem desce a escadaria vindo da "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA") in ARQUIVO/APS
Rua São João da Praça - (2001) - Foto de autor não identificado - (Intervenção arqueológica na "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA", com os resultados publicados na "REVISTA PORTUGUESA DE ARQUEOLOGIA" número 8 de 2005 páginas 313-334) in REVISTA PORTUGUESA DE ARQUEOLOGIA
Rua São João da Praça - ( 1907-7) Foto de autor não identificado - (A "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA" na primeira década do século XX. No 1º andar existia uma placa anunciando a ASSOCIAÇÃO DE SOCORROS MÚTUOS-PERSEVERANÇA" fundado em 12 de Julho de 18__) (Abre em tamanho grande) in AML
(CONTINUAÇÃO)- RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA [ IV ]
«INTERVENÇÃO ARQUEOLÓGICA NA " RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA (2)»
As típicas ânforas destinadas à exportação do vinho produzido nas grandes "VILLAE" republicanas de ROMA antiga, zona da "ETRÚCIA", "CAMPÂNIA" e "LACIO" (Tchernia, 1986) encontram-se bem documentadas na cidade de LISBOA ( PIMENTA 2003 e 2004) ( 1 ). Estes modelos correspondem a uma das formas mais bem conhecidas e difundidas do mundo romano, encontrando-se a sua difusão normalmente conotada com os avanços militares itálicos.
Na cidade de LISBOA, o início da sua importação encontra-se bem datado, no terceiro quartel do século II a. C., sendo a sua cronologia compatível com a primeira grande campanha militar romana no Extremo Ocidental da Península Ibérica desencadeada em 138 a. C. pelo novo GOVERNADOR da ulterior, o procônsul DÉCIMO JÚNIO BRUTO.
Na cidade de LISBOA, o início da sua importação encontra-se bem datado, no terceiro quartel do século II a. C., sendo a sua cronologia compatível com a primeira grande campanha militar romana no Extremo Ocidental da Península Ibérica desencadeada em 138 a. C. pelo novo GOVERNADOR da ulterior, o procônsul DÉCIMO JÚNIO BRUTO.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os novos dados que as intervenções na COLINA DO CASTELO, nomeadamente esta na "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA", têm revelado, assim como a sondagem aqui em estudo permitem começar a antever a real dimensão do povoado pré-Romano e a sua importância no contexto da fachada atlântica.
Ainda que os dados disponíveis não permitam esclarecer qual o tipo de ocupação dado a este sector do "oppidum" ( 2 ), a sua implantação junto ao RIO perto de um ancoradouro com abundantes nascentes, poderão corroborar a hipótese de estarmos perante uma área de cariz portuário, onde os armazéns e as actividades industriais deviam pautar o enquadramento urbano. Efectivamente, a concentração de contentores de armazenamento assim como a abundância de ânforas em todas as unidades estratigráficas, poderá sustentar esta interpretação.
Por último, a importância dos dados agora apresentados sugerem a hipótese da produção local ou regional de contentores ibero-púnicos do tipo (PELLICER-D) e subgrupo (MANÁ-PASCUAL) desde a época pré.romana até inícios do século I a. C.. Não obstante, esta questão só poderá ser confirmada ou infirmada com a realização de estudos arqueométricos.
- ( 1 ) - Encontra-se publicado um bordo de "greco-itálica", dois bordos e um fundo de "DRESSEL 1" exumados em níveis de aterro no TEATRO ROMANO (DIOGO, 2000; DIOGO e TRINDADE, 1999), uma ânfora "DRESSEL 1" de pasta «CAMPANIENSE» da CASA DOS BICOS ( AMARO, 2002), um fragmento de fundo de "DRESSEL 1" do Núcleo. Arqueológico da "RUA DOS CORREEIROS" (BUGALHÃO e SABROSA, 1995) e mais de duas centenas de ânforas provimentos do CASTELO DE SÃO JORGE (PIMENTA, 2004).
- ( 2 ) - OPPIDUM - Termo genérico em LATIM que significa um lugar alto, uma colina, etc..
LINK: - Que permite a consulta completa do artigo em PDF: - http://www.patrimoniocultural.pt/media/uploads/revistaportuguesadearqueologia/8_2/5/12.p.313-334.pdf
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