Rua Luís Piçarra - 2016 - (Um troço da "Rua Luís Piçarra" na Freguesia do LUMIAR. No seu lado direito a "Alameda da Música") in GOOGLE EARTH
Rua Luís Piçarra - (2016) - A "RUA LUÍS PIÇARRA" vista da Rua Cardoso Pires, na parte Nascente) in GOOGLE EARTH
Rua Luís Piçarra - (finais do século XX) - Capa de um Disco ou CD de Luís Piçarra e Domingos Marques, provavelmente uma edição Brasileira, de dois bons tenores portugueses na época. in MERCADO LIVRE
(CONTINUAÇÃO) - RUA LUÍS PIÇARRA [ IV ]
«A RUA LUÍS PIÇARRA ( 4 )»
Já depois do incidente da emboscada, e durante a permanência em ANGOLA, "LUÍS PIÇARRA" ainda fazia algumas deslocações à ÁFRICA DO SUL para realizar e cumprir alguns espectáculos agendados.
No ano de 1973 vamos encontrá-lo em VANDERBIJLPARK no TRANSVAL, num espectáculo organizado pela Comunidade Portuguesa residente. Durante a sessão notava-se nitidamente o mau estado da sua voz, misturando as canções com algumas anedotas e cantando, lá conseguia animar a assistência, e cumprindo assim a sua palavra de estar presente.
LUÍS PIÇARRA regressa a LISBOA em 1975, após dez anos de vida em ANGOLA sem nada da fortuna que em tempos ganhara, e com a sua segunda esposa e os três filhos (casa-se em segundas núpcias, após o falecimento da sua 1.ª esposa), tinha aberto um Infantário, de cujas precárias receitas passaram a depender para assegurar a sobrevivência. Durante vários anos, LUÍS PIÇARRA alimentou o sonho de abrir uma escola de PREPARAÇÃO DE ARTISTAS, projecto que levou à RDP, ao TEATRO de SÃO CARLOS e ao PARTIDO SOCIALISTA, para sempre deparar respostas evasivas e adiamentos. Dizia que: «a música Portuguesa era muito bem aceite antigamente. O que melhorou muito foram os teatros, as poesias. Quanto à música em si, penso que ela perdeu a personalidade, foi totalmente influenciada pela "pop-music"».
Em 1979, um grupo de artistas e amigos fizeram-lhe uma festa de homenagem no CAFÉ LUSO, ao BAIRRO ALTO. Continuava a compor ocasionalmente, por vezes vezes temas para o seu filho MÁRIO e a enteada MARILENA, que tinham fundado um conjunto "TERRA A TERRA". Em 1983 foi publicada uma compilação de alguns dos seus êxitos na série "SAUDADE" da VALENTIM DE CARVALHO, embora o cantor e os seus familiares tenham achado a escolha discutível.
Entretanto, escrevera um livro de memórias "INSTANTÂNEOS DA MINHA VIDA", mas continuava sem encontrar editor que lho quisesse publicar.
Em 1985 recebia uma pensão de reforma por invalidez no valor de dezoito mil escudos, acrescidos de um subsídio de mérito cultural do MINISTÉRIO DA CULTURA, situação que se manteve desde então. Ocasionalmente é notícia aquando das intervenções cirúrgicas a que tem sido submetido.
Em 1989, diversos artistas reuniram-se para efectuar uma série de três espectáculos de homenagem a LUÍS PIÇARRA, em ÉVORA e LISBOA.
Gravou 999 canções. Entre as palavras célebres, citem-se as do General DE GAULL: «fui ouvi-lo cantar, para ver se era verdade o que diziam desse "petit portuguais". Era verdade!».
Em 1998 o PRESIDENTE RAMALHO EANES concede-lhe a "Comenda da Ordem do Infante D. Henrique" e o GOVERNO atribui-lhe uma reforma por mérito cultural. Muito debilitado, foi viver com sua esposa para a casa do ARTISTA, falecendo no ano ano seguinte com 82 anos.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA LUÍS PIÇARRA [ V ] - A RUA LUÍS PIÇARRA ( 5 )»
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