quarta-feira, 28 de março de 2018

LARGO DA ROSA [ III ]

«O CONVENTO DE NOSSA SENHORA DA ROSA ( 1 )»
 Largo da Rosa  - (2016) - Foto de Ricardo Filipe Pereira  -   (Fachada do Palácio da Rosa no LARGO DA ROSA, ao nosso lado direito começava a cerca do "MOSTEIRO DE NOSSA SENHORA DA ROSA" (já desaparecido), que deu nome a este LARGO)   in   WIKIPÉDIA
 Largo da Rosa  - (2009)   -   Edifício onde habitou "AFONSO LOPES VIEIRA" no LARGO DA ROSA, depois do desaparecimento do "MOSTEIRO DE NOSSA SENHORA DA ROSA")  in  GOOGLE EARTH
Largo da Rosa  -  ( 2009 )   -   (O "LARGO DA ROSA" e Palácio da Rosa ou Palácio dos Marqueses de Castelo Melhor. O "MOSTEIRO DE NOSSA SENHORA DA ROSA" terá dado eventualmente o nome a este Palácio e Largo)     in    GOOGLE EARTH


(CONTINUAÇÃO) - LARGO DA ROSA [ III ]

«O MOSTEIRO DE NOSSA SENHORA DA ROSA ( 1 )»


«O CONVENTO DE NOSSA SENHORA DA ROSA» à direita de quem sobe as "ESCADINHAS DA COSTA DO CASTELO", e pouco mais ou menos onde hoje existe uma "VILA" de moradias particulares, existiu nesse espaço o "CONVENTO DA ROSA", que deu o lindo nome ao sítio.
Foi este fundado em 1519 por "LUÍS DE BRITO NOGUEIRA", senhor do MORGADO DE SÃO LOURENÇO em LISBOA e SANTO ESTÊVÃO em BEJA e descendente de um tal "AFONSO NOGUEIRA" que deu, em certa altura, o seu nome ao postigo que se abria na CERCA FERNANDINA, junto da TORRE que  existe na COSTA DO CASTELO.

"LUÍS DE BRITO" sendo viúvo do primeiro casamento, do qual tinham ficado filhos, casou, em segundas núpcias com "DONA JOANA DE ATAÍDE", filha de "JOÃO DE SOUSA". Comendador e Assistente no serviço do INFANTE DOM FERNANDO(1433-1470), pai do REI DOM MANUEL I (1469-1521).
Estiveram casados "LUÍS DE BRITO" e "DONA JOANA DE ATAÍDE" durante vários anos sem terem filhos. E, por não existir descendência sua "DONA JOANA DE ATAÍDE" resolveu oferecer a DEUS a fazenda de seu dote, e mandar construir um "MOSTEIRO DE RELIGIOSAS DE SÃO DOMINGOS"(DOMINICANAS) em honra de "NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO", a quem "DONA JOANA DE ATAÍDE" tinha particular devoção.
No entanto, não agradava a "LUÍS DE BRITO" a intenção de sua mulher, pois desejava que a herança fosse para a posse de seus filhos.  Por "LUÍS DE BRITO" não satisfazer as intenções de sua esposa, esta por sua vez, não se mostrava agradada. Também "LUÍS DE BRITO" não tinha muita simpatia pelo PATRIARCA, que -  "conforme reza a tradição"  -  lhe apareceu numa noite em sonhos, mostrando-se muito zangado com ele, por não ser piedoso com sua mulher. 
"LUÍS DE BRITO" era um bom cristão e, como tal tomou o sonho como um sinal vindo do CÉU, resolvendo logo a vontade de sua mulher. Ambos trataram das licenças necessárias, e assim se deu início à construção do novo MOSTEIRO no ano de 1519.
Para o MOSTEIRO foram as religiosas DOMINICANAS e, segundo documentos que ficaram, sabe-se que o edifício e respectiva IGREJA eram bons exemplares do "gótico", com um portal que se assemelhava ao dos JERÓNIMOS em BELÉM, ainda que de muito menor tamanho.
"LUÍS DE BRITO" e "DONA JOANA DE ATAÍDE" dotaram o MOSTEIRO dando-lhe a sua fazenda e acertaram oferecer ao SENHOR para moradia as que O haviam de servir, as próprias casas em que viviam.  No entanto pediam uma condição: para que as religiosas não ultrapassassem o número de treze, para assim ficarem com mais espaço. Fizeram ambos o seu compromisso declarando cada um aquilo que doava.
"LUÍS DE BRITO" prometeu a sua "terça" ("terça parte do seu dote") com a condição que seja rezada uma missa diariamente e perpétua, e  uma "nocturna de defuntos" por semana.
Por sua vez "DONA JOANA DE ATAÍDE" daria tudo o que tinha para o "MOSTEIRO" ao qual pedia uma missa cantada cada dia e uma "nocturna de defuntos" cada semana.


(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«LARGO DA ROSA[ IV ]-MOSTEIRO DE Nª.Sª. DA ROSA( 2 )».

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