sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

RUAS - RELACIONADAS COM O BRASIL NA TOPONÍMIA DE LISBOA [ I ]

Rua Cardoso de Oliveira - (s/d) Foto de Artur Goulart (Rua no Bairro do Arco do Cego) in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa.
Rua Cecília Meireles - (s/d) Fotógrafo não identificado (Foto da Poetisa Cecília Meireles) in http://www.releituras.com/cmeireles-bio.asp
(CONTINUAÇÃO)
«RUAS (1)»
RUA CARDOSO DE OLIVEIRA (Embaixador do Brasil em Lisboa) - RUA CECÍLIA MEIRELES (Poetisa)
RUA CARDOSO DE OLIVEIRA ( 1933)
A Rua Cardoso de oliveira pertence à freguesia de «SÃO JOÃO DE DEUS», começa na Rua Xavier Cordeiro e finda na Rua Caetano Alberto ao Bairro Social do Arco do Cego.
Anteriormente designada Rua "X" do Bairro Social do Arco do Cego, teve a sua confirmação em Edital de 21.01.1933.
José Manuel Cardoso de Oliveira (Brasil-Baía-27.07.1865 - 1962-Rio de Janeiro-Brasil), foi o Embaixador brasileiro em Lisboa no período de 1922 até 1930. Diplomata e escritor foi quem no Rio de Janeiro recebeu «António José de Almeida» enquanto Presidente da República Portuguesa, organizou festas em sua honra e acompanhou-o até Lisboa em 1922.
Cardoso de Oliveira foi também o Embaixador especial do Brasil no 4º Centenário da morte de Vasco da Gama e no ano de 1925, foi delegado brasileiro ao Congresso misto das Associações Portuguesas e Espanholas para o Progresso das Ciências que decorreu em Coimbra (1).
O êxito da viagem em Agosto de 1922 ao Brasil foi total, mas pouca gente se lembrará hoje em Lisboa das razões deste nome de RUA. Recorda-se, a propósito, que tais eram as qualidades oratórias do nosso presidente e tanto ele falava ao coração dos brasileiros que um deputado, ao responder-lhe, pediu: "Vá-se embora depressa, senhor presidente; se continua a falar assim, vamos outra vez todos para portugueses..."
RUA CECÍLIA MEIRELES (1964)
A Rua Cecília Meireles pertence à freguesia de «SÃO DOMINGOS DE BENFICA», começa na Travessa de São Domingos de Benfica, em frente do número 10 e não tem saída.
A sua anterior designação era as Ruas "A" e "B" à Travessa de São Domingos de Benfica - Proc. Nº 1203/65.
Com Edital de 28.12.1964, passou a designar-se RUA CECÍLIA MEIRELES, estando a informação neste momento em análise (1).
CECÍLIA BENEVIDES DE CARVALHO MEIRELES nasceu em 7 de Novembro de 1901, na TIJUCA, RIO DE JANEIRO, faleceu na mesma cidade no dia 9 de Novembro de 1964. Poetisa brasileira, interprete do lirismo puro e espontâneo, ocupa um lugar singular na história das letras brasileiras. Foi-lhe dedicada no ano da sua morte (1964) uma RUA em Lisboa.
(1) - Divisão de Alvarás, Escrivania e Toponímia da Câmara Municipal de Lisboa
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - (RUAS - RELACIONADAS COM O BRASIL NA TOPONÍMIA DE LISBOA [II] -RUA DINAH SILVEIRA DE QUEIROZ - RUA JOSÉ LINS DO REGO)


terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

PRAÇAS - RELACIONADAS COM O BRASIL NA TOPONÍMIA DE LISBOA [III]

Praça Olegário Mariano - (195_) Foto de Artur Goulart in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa
Praça D.Pedro IV(vulgo) Rossio - (2005) Foto de APS (Vista do Rossio na parte Sul)
(CONTINUAÇÃO)
«PRAÇAS (3)»
PRAÇA OLEGÁRIO MARIANO (Poeta) - PÁTIOS
PRAÇA OLEGÁRIO MARIANO (1959)
Esta Praça pertence à freguesia de SÃO JORGE DE ARROIOS, fica entre a Rua Pascoal de Melo, Rua Cavaleiro de Oliveira e Rua Francisco Sanches.
Na sua designação anterior era chamada de Praceta da Rua Pascoal de Melo. Com edital Municipal de 04.05.1959 passou a chamar-se «PRAÇA OLEGÁRIO MARIANO».
Este topónimo sugerido pelo Diário de Notícias na sua edição de 15 de Dezembro de 1958, homenageia OLEGÁRIO MARIANO CARNEIRO DA CUNHA, o poeta brasileiro (Recife/24.03.1889 - 28.11.1958/Rio de Janeiro) que em 1938 foi eleito, em concurso promovido pela revista «FON-FON», Príncipe dos Poetas Brasileiros. (...). A sua ligação a Portugal começou como ministro plenipotenciário nos Centenários de Portugal, em 1940, seguida do facto de ser delegado da Academia Brasileira na Conferencia Inter-Académica de Lisboa para o Acordo Ortográfico de 1945 e finalmente, embaixador do Brasil em Portugal nos anos de 1953 e 1954 (1).
«PÁTIOS»
«PÁTIO DO BRASILEIRO»
Como curiosidade existem três «PÁTIOS» em Lisboa com a referência de «PÁTIO DO BRASILEIRO». Um na freguesia de «CAMPOLIDE» outro na freguesia de «NOSSA SENHORA DE FÁTIMA» e o terceiro na freguesia do «SANTO CONDESTÁVEL». O Pátio da freguesia de CAMPOLIDE tem entrada pela Calçada do Baltazar no número três no Bairro da Calçada dos Mestres. O que pertence à freguesia de Nª.Sª. DE FÁTIMA, está instalado na Estrada das Laranjeiras no número 138. O último Pátio, este na freguesia do «SANTO CONDESTÁVEL», tem a sua entrada pela Rua Tomás da Anunciação no número 108.
(1) - Divisão de Alvarás, Escrivania e Toponímia da C.M.L.
(CONTINUAÇÃO) - (PRÓXIMO) - (RUAS - RELACIONADAS COM O BRASIL NA TOPONÍMIA DE LISBOA [I] - RUA CECÍLIA MEIRELES - RUA CARDOSO DE OLIVEIRA)

sábado, 21 de fevereiro de 2009

PRAÇAS - RELACIONADAS COM O BRASIL NA TOPONÍMIA DE LISBOA [II]

Praça D. Pedro IV (Vulgo Rossio) - (200_) Fotografo não identificado (Vista aérea da Praça D.Pedro IV).
Praça D. Pedro IV (Vulgo Rossio) - (2005) Foto de APS (Praça vendo-se a estátua de D. Pedro IV e ao fundo, o Teatro Nacional D.Maria II)

Praça João do Rio - (c. 1953) Foto de António Passaporte (Praça João do Rio e Avenida Almirante Reis) in AFML.


Praça João do Rio - (1953) Foto de António Passaporte (Jardim e Praça) in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa

(CONTINUAÇÃO)
«PRAÇAS (2)»
PRAÇA D. PEDRO IV (Vulgo ROSSIO) - PRAÇA JOÃO DO RIO (Escritor)
PRAÇA DOM PEDRO IV (Vulgo ROSSIO) - (1971)
Pertence a duas freguesias. À freguesia de S. NICOLAU do número 1 a 14, à freguesia de SANTA JUSTA dos números 15 a 22. Fica entre as ruas: da Betesga, Augusta, dos Sapateiros, Áurea (Ouro), Primeiro de Dezembro, Calçada do Carmo, Praça de D. João da Câmara, Largo de São Domingos e Rua do Amparo.
Na sua designação anterior era chamada por «PRAÇA DO ROSSIO», com Edital de 26.03.1971 passou a designar-se por PRAÇA D. PEDRO IV.
Dom Pedro IV nasceu no Palácio de Queluz a 12 de Outubro de 1798.
Foi o 1º Imperador do Brasil. de 1822 a 1831, abdicando do trono para vir à Europa defender os direitos de sua filha D. Maria da Glória ao trono português. Guardou então para si o título de Duque de Bragança (1).
Existe um quadro no Museu Imperial de Petrópolis, em que regista «O GRITO DO IPIRANGA», referente à proclamação da Independência do Brasil a 7 de Setembro de 1822.
PRAÇA JOÃO DO RIO - (1948)
Pertence à freguesia de SÃO JOÃO DE DEUS, fica na Avenida Almirante Reis junto do número 231, por Edital de 29.07.1948.
João Paulo Emílio Coelho Barreto, escritor e jornalista brasileiro, (Carioca) que usou o pseudónimo de «JOÃO DO RIO» e outros nomes como «GODOFREDO DE ALENCAR», «JOSÉ ANTÓNIO».
Natural do Rio de Janeiro nasceu em 5 de Agosto de 1881, faleceu na mesma cidade em 23 de Junho de 1921.
Escreveu e publicou muitas obras sem usar o seu próprio nome. Redactor de Jornais importantes como «GAZETA DE NOTÍCIAS», «O PAÍS», fundou ainda o jornal diário «A PÁTRIA» que dirigiu até aos seus últimos dias.
Autor teatral, contista e romancista, foi membro da Academia Brasileira de Letras, tendo deixado muitos livros publicados, de entre tantos destacamos um: «A ALMA ENCANTADA DAS RUAS» publicada em 1808 (1).
(1) - Divisão de Alvarás, Escrivania e Toponímia da Câmara Municipal de Lisboa.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - (PRAÇAS (3) - RELACIONADAS COM O BRASIL NA TOPONÍMIA DE LISBOA [III] - PRAÇA OLEGÁRIO MARIANO - PÁTIOS - PÁTIO DO BRASILEIRO)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

PRAÇAS - RELACIONADAS COM O BRASIL NA TOPONÍMIA DE LISBOA [I]

Praça Afrânio Peixoto - (1959) - Foto de Arnaldo Madureira in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa.

Praça Afrânio Peixoto - (195_) foto de António Passaporte (A Praça à esquerda, Avenida João de Deus, linha da C.P. e Avenida Frei Miguel Contreiras) in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa.
(CONTINUAÇÃO)

«PRAÇAS (1)»
PRAÇA AFRÂNIO PEIXOTO (Médico) - PRAÇA BERNARDINO MACHADO (Presidente da República Portuguesa)

PRAÇA AFRÂNIO PEIXOTO - (1948)

Pertence à freguesia de SÃO JOÃO DE DEUS e tem o seu inicio na Avenida São João de Deus no número 17.
A sua designação anterior era a "Praça situada no arruamento a Sul do Caminho-de-ferro na zona compreendida entre a Alameda D. Afonso Henriques e a linha férrea de cintura".
Pelo Edital Municipal de 29 de Julho de 1948 foi dado este topónimo na freguesia de S. João de Deus.
JÚLIO AFRÂNIO PEIXOTO (Baía/1876 - 1946/Rio de Janeiro) foi distinguido com uma praça situada (...) sobretudo por ter sido um estudioso camoniano. Embora Afrânio Peixoto fosse médico notabilizou-se como criador da cadeira de Estudos Camonianos nas Universidades de Lisboa e Rio de Janeiro e pela vasta bibliografia camoniana que publicou (1).


PRAÇA BERNARDINO MACHADO - (1985)

Pertence à freguesia do LUMIAR, com início na Rua Luís Pastor de Macedo.
Era a Praça com a letra "J" da Urbanização dos terrenos da Tobis Portuguesa; ou Praça "J" à Rua Luís Pastor de Macedo.
Por Edital de 21/10/1985, foi consagrada na toponímia de Lisboa - 41 anos após a sua morte - que assim passou a denominar-se: Praça Bernardino Machado/Presidente da República Portuguesa/1851-1944 (1).
Bernardino Luís Machado Guimarães nasceu em 28 de Março de 1851, no RIO DE JANEIRO, BRASIL, filho de António Luís Machado Guimarães, português, e de Praxedes de Sousa Ribeiro Guimarães, luso-brasileira. O pai do futuro estadista contraiu matrimónio por duas vezes: a primeira com D. Joana Teresa Guimarães, de quem enviuvou, ficando com dois filhos; a segunda com D. Praxedes de Sousa Ribeiro que lhe deu três filhos, incluindo Bernardino Machado. O "menino" foi baptizado na Igreja de Candelária, sendo padrinhos os seus avós maternos. O avô materno, Bernardino de Sousa Ribeiro, natural do Porto, emigrara, há muito para o Brasil, estabelecendo-se como empresário comercial: a avó materna, D. Maria Manuela de Machado Lima, oriunda de CURITIBA, senhora de rara beleza, pertencia a uma antiga família de colonos que retiveram, longamente, em mãos o governo do Estado do Paraná.
Bernardino Machado deixou o Rio de Janeiro muito cedo, mas ao longo da vida, evocava com espantosa precisão, o ambiente colorido e os episódios decorridos na capital oitocentista que ele registara na memória do coração.
Entra 1890-1910, Portugal atravessa uma conjuntura de crise económica financeira, política e moral.
O «ULTIMATUM» Inglês (1890) vem acentuar a crise de identidade nacional e o descrédito da Monarquia.
Bernardino Machado entra na política pela mão de Fontes Pereira de Melo, em Fevereiro de 1893 é nomeado Ministro das Obras Públicas, Comércio e Industria no ministério regenerador presidido por HINTZE RIBEIRO.
Na sequência da Revolução de 5 de Outubro de 1910, Bernardino Machado ocupou a pasta ministerial dos Negócios Estrangeiros, por influência de AFONSO COSTA, seu amigo.
Ministro de Portugal no Rio de Janeiro (1912-1913) da actividade referida resultou a elevação das legações, no Rio de Janeiro e em Lisboa, à categoria de Embaixadas.
Em Agosto de 1915, Bernardino Machado é eleito para a Suprema Magistratura da Nação (1915-1917).
Bernardino Machado é eleito de novo em 1925, para um segundo mandato como Presidente da República Portuguesa (1925-1926).
Em Abril de 1944, com 93 anos lúcido e corajoso, Bernardino Machado morre na cidade do Porto.
Em 25 de Abril de 1977 foi atribuído a Bernardino Machado o mais alto grau da Ordem da Liberdade (2).
(1) - Divisão de Alvarás, Escrivania e Toponímia da C.M.L.
(2) - Presidentes de Portugal -Museu da Presidência da República (Bernardino Machado).

(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - (PRAÇAS - RELACIONADAS COM O BRASIL NA TOPONÍMIA DE LISBOA [II]) - PRAÇA DOM PEDRO IV (Vulgo ROSSIO) - PRAÇA JOÃO DO RIO.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

AVENIDAS - RELACIONADAS COM O BRASIL NA TOPONÍMIA DE LISBOA [II]

Avenida do Rio de Janeiro - (2008) - Fotógrafo não identificado (uma das laterais da Avenida do Rio de Janeiro em Lisboa) in www.skyscrapercity.com/
Avenida do Rio de Janeiro - (196_) Foto de Artur Goulart in AFML

Avenida Santos Dumont, 69 - (196_) - Foto de Artur Goulart in AFML


Avenida Padre Manuel da Nóbrega - (1954) -Foto de Armando Serôdio (Comemorações do IV Centenário da Cidade de São Paulo, descerramento da Placa Toponímica em homenagem ao fundador da cidade, padre Manuel da Nóbrega in AFML



Avenida Álvares Cabral - (1943) - Foto de Eduardo Portugal (Largo do Rato ao fundo a Avenida Álvares Cabral) in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa.

(CONTINUAÇÃO)
«AVENIDAS (2)»
AVENIDA ÁLVARES CABRAL-AVENIDA PADRE MANUEL DA NÓBREGA-AVENIDA SANTOS DUMONT-AVENIDA DO RIO DE JANEIRO
AVENIDA ÁLVARES CABRAL - (1910)
Pertence à freguesia de SANTA ISABEL, tem início no Largo do Rato e termina na Rua de São Jorge (ao Jardim da Estrela).
Pedro Álvares de Gouveia assim chamado na carta da capitania que o levou quando D. Manuel I lhe confiou o comando da segunda armada, (...) partiu de Lisboa em 9 de Março de 1500, (...). Como se tivesse desviado da sua rota para descobrir novas terras, não tardou a encontrar o Brasil, (...).
Pedro Álvares Cabral morreu esquecido em Santarém, uns dizem em 1520, outros em 1526. Foi-lhe erguido um monumento no Rio de Janeiro e outro em Lisboa, na Avenida que tem o seu nome(1).
AVENIDA PADRE MANUEL DA NÓBREGA (1954)
Pertence à freguesia de SÃO JOÃO DE DEUS, começa na Praça Francisco Sá Carneiro e termina na Avenida São João de Deus.
Era a Avenida «A» da zona compreendida entre a Alameda Dom Afonso Henriques e a linha férrea de cintura (ao Areeiro). (...) sacerdote Jesuíta que chefiou a 1ª expedição de missionários enviados para o Brasil, a pedido de D. João III, (...). Lançou os fundamentos da Companhia de Jesus no Brasil; criou colégios, abriu escolas e fundou pessoalmente os Colégios de Salvador, de Pernambuco, de São Paulo e do Rio de Janeiro, onde exerceu o cargo de reitor, (...). A ele também se deve a fundação da cidade de S. Paulo em 25 de Janeiro de 1554 e, a participação dois anos depois, na fundação da cidade do Rio de Janeiro. (1)
AVENIDA SANTOS DUMONT (1923)
Pertence à freguesia de NOSSA SENHORA DE FÁTIMA, com início junto à rotunda da Rua da Beneficência e finaliza na Praça de Espanha.
Era a rua «A», do Bairro de Londres, paralelo à Avenida de Berna.
No seu historial, refere-se ao aviador brasileiro, Alberto Santos-Dumont (Minas Gerais/1873-1932) que se suicidou aos 59 anos.
Precursor da aviação, pioneiro da aerostação, da aeronáutica e da aviação. (...) De 1898 a 1909 foi o 1º em voos homologados de piloto: de balão livre, de dirigível, de avião biplano e de monoplano. Em 1910, foi construído por ele o Demoiselle, o 1º avião ligeiro do mundo e o único verdadeiramente eficiente. (1)
AVENIDA DO RIO DE JANEIRO (1948)
Pertence à freguesia de SÃO JOÃO DE BRITO fica entre a Avenida dos Estados Unidos da América e a Avenida do Brasil.
Por Edital de 29 Julho de 1948, foi atribuída a designação de Avenida do Rio de Janeiro à avenida de ligação entre a Avenida dos Estados Unidos da América e a Avenida do Brasil.
O nome da Praça do Príncipe Real em vigor desde 1869, foi alterado em 1911 para «PRAÇA DO RIO DE JANEIRO». Em 1948 a Praça do Príncipe Real volta a adquirir o seu espaço anterior e a «PRAÇA DO RIO DE JANEIRO» passou a ser Avenida do Rio de Janeiro, junto da Avenida do Brasil nas Avenidas Novas.
(1) - Divisão de Alvarás, Escrivania e Toponímia da C.M.L.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «PRAÇAS - RELACIONADAS COM O BRASIL, NA TOPONÍMIA DE LISBOA [I]» PRAÇA AFRÂNIO PEIXOTO - PRAÇA BERNARDINO MACHADO.


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

AVENIDAS - RELACIONADAS COM O BRASIL NA TOPONÍMIA DE LISBOA [I]

AVENIDAS - Avenida do Brasil - (2003) - Fotógrafo não identificado (Entrada na Av. do Brasil lado esquerdo quem vem do Campo Grande) in campogrande.do.sapo.pt/avbrasil01.htm
AVENIDAS - Avenida do Brasil - (2003) - Fotógrafo não identificado in campogrande.do.sapo.pt/avbrasilo1.htm

AVENIDAS - Avenida de Brasília - (2005) - Foto de Carlos Augusto Magalhães (Av. de Brasília no lado esquerdo da linha do Estoril, à direita a Av. da Índia) in www.skyscrapercity.com/


AVENIDAS - Avenida de Brasília - (2005) - Foto de Carlos Augusto Magalhães ( Av. de Brasília no espaço paralelo com o espelho de água em Belém) in www.skyscrapercity.com/

«AVENIDAS (1)»
As placas toponímicas em que o Brasil está representado, de forma mais ou menos directa, espalham-se por pouco mais de dúzia e meia (precisamente dezanove) nas freguesias de Lisboa.
E queremos, com esta nossa preferência, homenagear o povo brasileiro, lembrando algumas personalidades relevantes e cidades do Brasil, através das artérias na urbe de Lisboa, que traduz na sua toponímia uma parte apreciável das ligações que temos com o Brasil.
Certamente que faltarão até alguns nomes considerados fundamentais, mas, mesmo sem nos ser pedido ou passado qualquer procuração da cidade para tal, acreditamos que pode Lisboa apresentar condições atenuantes. Em princípio, terá a ver com o tamanho da realidade de que falamos. Para nós que não conhecemos o Brasil, talvez só tenhamos ideia daquela vastidão sul-americana pela pragmática circunstância de olharmos para o mapa e verificarmos que o Brasil ocupa lá muito espaço.
Mas nem só de extensão territorial se poderá falar. Falamos de um país para onde exportámos algo das nossas maneiras de ser e estar, cultivadas neste pedaço de terra à beira mar plantado.
AVENIDA DO BRASIL (1948)
Pertence às freguesias de «SÃO JOÃO DE BRITO» e «CAMPO GRANDE». Tem o seu início no jardim do Campo Grande e termina na Praça do Aeroporto (Relógio).
Sinopse da sua história: Era a Avenida do Parque passando depois a Avenida Alferes Malheiro e actualmente Avenida do Brasil, foi um topónimo atribuído por Edital Municipal de 23 de Dezembro de 1948. Repare-se que ao repor os antigos topónimos de Largo do Rato e Praça do Príncipe Real, houve necessidade de encontrar novas localizações para os arruamentos consagrados respectivamente ao Brasil e ao Rio de Janeiro.
No fundo, tratou-se de mudar de local a evocação do Brasil na toponímia da cidade que, pelo seu Edital Municipal de 05/11/1910, designou o topónimo Praça do Brasil ao arruamento antes designado Largo do Rato - atribuído em "homenagem ao grande País nosso amigo e irmão e à passagem do Presidente Hermes da Fonseca, no início de Outubro, por esta capital". (1)

AVENIDA DE BRASÍLIA (1960)

Pertence às freguesias de «ALCÂNTARA», «SÃO PAULO» e «SANTA MARIA DE BELÉM». Começa no Jardim Roque Gameiro (Cais do Sodré) e termina junto à Avenida da Torre de Belém.

Era a Via pública a Sul, do Caminho-de-Ferro, paralela à Avenida da Índia, entre a passagem de nível de Alcântara-Mar, a Norte da Gare Marítima e a Avenida da Torre de Belém. (Podemos acrescentar que esta Avenida tem a sua continuação até ao Jardim Roque Gameiro no Cais do Sodré).

BRASÍLIA, cidade brasileira, capital do Brasil e do Distrito Federal, foi inaugurada em 21 de Abril de 1960, após ter sido construída em 41 meses segundo o plano de Lúcio Costa e executado por Óscar Niemeyer.(1)

(1) - Divisão de Alvará, Escrivania e Toponímia da Câmara Municipal de Lisboa.

(CONTINUA) - (PRÓXIMO) «AVENIDAS (2)»«AV. ÁLVARES CABRAL - AV. PADRE MANUEL DA NÓBREGA - AV. SANTOS DUMONT - AV. RIO DE JANEIRO»



sábado, 7 de fevereiro de 2009

AVENIDA MOUZINHO DE ALBUQUERQUE [XIII]

Avenida Mouzinho de Albuquerque - (1997) Foto de Carlos Gil ( Parte Sul da Avenida Mouzinho de Albuquerque, o Convento de Santos-o-Novo e a Escola Patrício Prazeres) in Lisboa em Voo de Balão.
Avenida Mouzinho de Albuquerque -(1956?) Foto de Arnaldo Madureira (Escola Patrício Prazeres) in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa.

Avenida Mouzinho de Albuquerque - (s/d) Foto de autor não identificado (Augusto Patrício dos Prazeres) in flickr.com/lupan/
(CONTINUAÇÃO)
AVENIDA MOUZINHO DE ALBUQUERQUE
«ESCOLA PATRÍCIO PRAZERES»
A Escola Patrício Prazeres situada nas traseiras do Convento de Santos-o-Novo, outrora local designado «por sítio do Paraíso», leva-nos a conjecturar que aqueles terrenos tenham feito parte do património das Comendadeiras.
Numa curiosa alusão ao seu património diz assim: "através do que resta do cartório, que sofreu um incêndio antes de 1708, ainda é possível ter uma ideia da dimensão do património das Comendadeiras. Entre os tipos de propriedades constam vinhas, casais, terras de pão, pinhais, quintas, lagares, olivais, chão, moinhos casas e courelas de terra. Em Lisboa, não existia freguesia onde não fossem senhorios que, fora da capital, incidia fundamentalmente a Sul do Tejo". (1)
Nas notas breves da Escola Patrício Prazeres diz que é uma zona aprazível, onde se situavam diversas quintas residenciais e de recreio, o local passou apenas a integrar a zona urbana da cidade durante a segunda metade do século XIX, na sequência da construção da circunvalação (estrada que corresponde hoje, parcialmente à Avenida Dom Afonso III. (2)
Muito próximo a esta Escola existe ainda (embora em ruínas) «O FORTE DE SANTA APOLÓNIA ou BALUARTE DE SANTA APOLÓNIA», uma das estruturas criadas por D. João IV para proteger Lisboa dos ataques espanhóis.
QUEM FOI PATRÍCIO PRAZERES
Augusto Patrício dos Prazeres, nasceu em Lisboa a 17 de Março de 1858 na freguesia da Madalena, filho de Joaquim José dos Prazeres e de D. Augusta dos Anjos Prazeres.
Católico praticante, monárquico fiel e dedicado, vivendo sempre leal aos seus princípios de honra e carácter.
Foi personalidade no campo financeiro e económico nos finais do Século XIX e início do século XX. Foi ainda um português exemplar, apesar do bulício que o circundava.
Reformador da Contabilidade Pública em 1907 e a Lei de Seguros do mesmo ano.
Contabilista, professor e político, coloca a Pátria e o bem público acima de aspirações e contendas partidárias. Recebeu dois convites para ministro: um durante a vigência da monarquia, outro feito pelo Dr. Afonso Costa. O primeiro teria aceite, não chegando, contudo, a tomar posse. O segundo recusara-o.
Oito anos após a sua morte, surge a consagração. Em 1930 a Escola Comercial Feminina é substituída por uma outra, sob o patronato de AUGUSTO PATRÍCIO DOS PRAZERES.
Era o reconhecimento público pelo muito que o Ensino Técnico devia a este homem, e uma maneira de perpetuar o seu nome.
A escola com este nome funcionou em vários sítios. No ano de 1945/46 esteve sucessivamente em edifícios do Largo do Contador-Mor, da Escola Primária Nº 10, da Costa do Castelo, do Paço de S. Vicente e, em comum, com a Escola Técnica Elementar Nuno Gonçalves, até que foi colocada em sede própria.
Inaugurada em 24 de Maio de 1956 começara a ser construída em 10 de Março de 1954, tendo a obra importado em 7000 contos.
Situada muito próximo ao «ALTO DO VAREJÃO» ocupa um terreno de 14000 metros quadrados e dispõe de uma área coberta de 2000 m2, na previsão de frequência de 1000 alunos de ambos os sexos.
Nela se ministra o «CURSO GERAL DE COMÉRCIO» iniciando-se em 1957/58 o ensino das complementares para admissão aos Institutos. (3)
A Escola Patrício Prazeres embora a sua situação geográfica não tenha entrada para a Avenida Mouzinho de Albuquerque, fica debruçada para esta avenida, principalmente no que diz respeito aos seus campos desportivos.
(1) - Matos, José Sarmento e Jorge Ferreira Paulo - Caminho do Oriente Guia Histórico Tomo I Lisboa, Livros Horizonte 1999 pagina 125.
(2) - EB/2/3 PATRÍCIO PRAZERES - Quinta das Comendadeiras - Alto Varejão.
(PRÓXIMO) - «AVENIDAS - RELACIONADAS COM O BRASIL NA TOPONÍMIA DE LISBOA»

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

AVENIDA MOUZINHO DE ALBUQUERQUE [XII]

Avenida Mouzinho de Albuquerque - (2008) Autor não identificado (Claustro do Convento de Santos-o-Novo) in http://lookingaround.aminus3.com/imagem/html.
Avenida Mouzinho de Albuquerque - (2000) Foto Luís Pavão (Viaduto de Santa Apolónia sobre o Caminho-de-ferro) in revelar lx - AFML

Avenida Mouzinho de Albuquerque - (s/d) -Eduardo Portugal (Convento de Santos-o-Novo lado da Igreja) in AFML.


Avenida Mouzinho de Albuquerque - (1944-03) Foto de Eduardo Portugal (Panorâmica sobre os terrenos do Convento de Santos-o-Novo) in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa.



Avenida Mouzinho de Albuquerque - (1961) - Foto de Armando Serôdio (Interior da Igreja do Convento de Santos-o-Novo) in Revelar LX - AFML.
(CONTINUAÇÃO)
AVENIDA MOUZINHO DE ALBUQUERQUE
«CONVENTO DE SANTOS-O-NOVO (5)»
A este Convento de Santos-o-Novo, podemos ainda colocar uma série de múltiplas questões.
Em primeiro lugar, obriga-nos a olhar de frente esse período esbatido do mundo filipino de Lisboa, em que se ergueram alguns dos maiores conjuntos ainda hoje centrais na imagem da cidade.
Impressiona, sobretudo, a escala com que foram traçadas, caso deste recolhimento (do Mosteiro de São Vicente de Fora em 1582) cujo projecto inicial apresentava uma dimensão que só muitos anos depois em Mafra se voltaria a repetir.
No início do século XVIII, o edifício distingue-se pela "grandeza dos dormitórios, numerosas janelas nos diversos andares com deleitosa vista sobre o Tejo e da outra banda muitas quintas e povoações, largas campinas e levantados montes"(1).
Neste enorme edifício, em que a tradição refere ter tantas janelas quantos os dias do ano. No entanto, apesar da sua grandiosidade, a obra final acabou por não corresponder ao plano inicial, que conseguia ser ainda mais ambicioso.
(1) - História dos Mosteiros, Conventos e Casas Religiosas de Lisboa, Vol. II Lisboa-CML-1992, p.228.
BIBLIOGRAFIA
- Matos, José Sarmento e Jorge Ferreira Paulo - Caminho do Oriente Guia Histórico I e II - Livros Horizonte - 1999 - Lisboa.
- Portugal, Fernando e Alfredo de Matos - Lisboa em 1758 - Memórias Paroquiais de Lisboa - Lisboa 1994 - CML.
- Lello Universal - Dicionário Enciclopédico Luso-Brasileiro-Lello e Irmãos - Porto 1976.
- Atlas da Carta Topográfica de Lisboa sob a direcção de Filipe Folque: 1856-1858-Coordenação de Inês M. Viegas e Alexandre A. Tojal-Catálogo do Arquivo Municipal de Lisboa- CML - Departamento do Património Cultural.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «A ESCOLA PATRÍCIO PRAZERES»