sábado, 22 de junho de 2013

RUA DO AÇÚCAR [ XIV ]

 Rua do Açúcar - (2010) foto de Barragon (Um troço da "Rua do Açúcar" onde vamos encontrar à nossa esquerda um edifício em estado degradado ver aqui, segue-se um prédio de rendimento, um espaço da "Rua José Domingos Barreiros", seguindo-se a antiga "Fábrica de Borracha Luso-Belga" e agarrado a este edifício as instalações da "Sociedade Nacional de Fósforos" até às imediações do "Palácio da Mitra") in  SKYSCRAPERCITY 
 Rua do Açúcar - (1955) (A "SOCIEDADE NACIONAL DE FÓSFOROS" anunciando duas novas marcas de fósforos "AVIADOR" e "GUARDA-CHUVA" para o mercado Nacional) in  RESTOS DE COLECÇÃO
 Rua do Açúcar - (1929) (Caixas de fósforos produzidos pela "SOCIEDADE NACIONAL DE FÓSFOROS" na "RUA DO AÇÚCAR", com a marca "PÁTRIA" alusiva às "QUINAS" da Bandeira Portuguesa) in   MUSEU DOS FÓSFOROS
 Rua do Açúcar - (Década de 30 do séc. XX - Foto de autor não identificado (Festa na Creche da "Sociedade Nacional de Fósforos" na "Rua do Açúcar") in    ARQUIVO NACIONAL TORRE DO TOMBO
 Rua do Açúcar - 32.12.1935 - Foto de autor não identificado (Momento durante a inauguração do Refeitório para o pessoal menor, da "SOCIEDADE NACIONAL DE FÓSFOROS") in    ARQUIVO NACIONAL TORRE DO TOMBO
Rua do Açúcar - (1922) - (Anúncio da "COMPANHIA PORTUGUESA DE FÓSFOROS" na "Exposição do Rio de Janeiro") in   CAMINHO DO ORIENTE 


(CONTINUAÇÃO) - RUA DO AÇÚCAR [ XIV ]

«A COMPANHIA PORTUGUESA DE FÓSFOROS, DEPOIS SOCIEDADE NACIONAL DE FÓSFOROS ( 3 )»

O interior desta "massame de betão" é composto por vários edifícios, uns localizando-se no interior do pátio e outros encostando-se ao muro da delimitação, muitos deles de dois pisos. A planta de 1920, revela-nos a localização interna das áreas funcionais de todos os restantes serviços de apoio. Das várias oficinas identificadas podemos destacar as estufas para fósforos e amorfos, a secção de massas químicas, de molha de fósforos, do enchido de fósforos e do empacotamento, entre outras. Este documento permite simultâneamente compreender a organização da unidade fabril, a identificação das várias secções existentes e o desenvolvimento tecnológico, num dos períodos mais significativos da história da empresa.
O projecto da casa das caldeiras, datado da mesma época, é um exemplo do crescimento da fábrica e de como a construção dos diversos sectores se realizou ma maioria das vezes, isoladamente.
A «COMPANHIA PORTUGUESA DE FÓSFOROS» produzia os fósforos suecos e os de cera. Em 1911, a "Fábrica do Beato" impressionava; "pela variedade de maquinismo que se encontram em numerosas e amplas oficinas, tendo em vista os mais delicados pormenores da divisão do trabalho. Em todas as instalações se nota o mais apurado método e uma excelente organização de serviços técnicos" ( 1 ).
A matéria-prima mineral era importada de França, sendo guardada em latas e colocadas em tanques cheios de água, para posteriormente ser aplicada nas cabeças dos palitos de cera (fósforo branco) ou na lixa das caixas dos fósforos suecos (fósforos vermelhos).
Para a fabricação dos fósforos eram necessários vários e numerosos operações, que podem resumir-se a quatro, no caso concreto das acendalhas vermelhas:
1) - Divisão da madeira eram pequenas hastes ou palitos;
2) - Preparação da pasta ou massa inflamável;
3) - A quimicagem;
4) - A excitação e embalagem.
Durante a década de trinta, a "SOCIEDADE NACIONAL DE FÓSFOROS", desenvolveu um forte plano de apoio social aos operários. Apesar de não ter construído casas para os empregados, a Sociedade criou um Serviço médico, um posto de socorros, um balneário, um refeitório, uma creche, uma cooperativa, um grupo desportivo, tudo no interior dos altos muros da "Fábrica do Beato". Por outro lado, desenvolveu uma política de subsídios, para o caso de doença ou invalidez.

( 1 ) - "Fábrica de Phosphoros", in Problemas e Manipulações Chimicas, Vol. III. LISBOA, 1911, pp 384-387.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DO AÇÚCAR [ XV ] - A FÁBRICA DE CORTIÇA NA QUINTA DA MITRA».

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