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A RUA DR. LUÍS DE ALMEIDA E ALBUQUERQUE pertence à freguesia de SANTA CATARINA, começa na Rua Marechal Saldanha no número 11 e termina na Travessa de Santa Catarina no número 8.
Esta artéria teve inicialmente o nome de RUA DO LAMBAZ por morar nessa altura D. Diogo de Sousa, que por sinal deu nome à sua rua, que depois foi RUA DE BELVER com origem no nome daquele Monte.
O LAMBAZ(1) era a alcunha que tinha na corte este D. Diogo de Sousa, filho de Francisco de Sousa do tempo de El-Rei D. João III.
Deve o seu actual nome a um vereador da Câmara de Lisboa, jornalista e professor na Escola Politécnica que atingiu no século XIX o cargo de Director do "JORNAL DO COMÉRCIO" (situado nesta rua no número 5) que mais tarde, acabou por comprá-lo.
A sua primeira publicação iniciou-se em 17 de Outubro de 1853 e seus antigos proprietários (Mateus Pereira de Almeida e Silva e ainda José Pereira e Silva) cedo decidiram transformá-lo num diário designadamente virado para o noticiário essencialmente comercial.
Luís de Almeida e Albuquerque em 1881 vende o jornal a Henry Burnay também professor na Escola Politécnica. Na posse da família Burnay acabou por ser novamente vendido desta vez a pessoas ligadas às Colónias, daí ter o nome mudado para "JORNAL DO COMÉRCIO E DAS COLÓNIAS".
A partir dos anos 30 do século passado, Diniz Bordallo-Pinheiro foi o novo proprietário e director. Sendo este também o nosso local de trabalho nos anos (1950 a 1966), saímos ao emigrar para a África do Sul. Com o falecimento de Bordallo-Pinheiro, o jornal foi adquirido em 1962 pelo Dr. Fausto Lopo de Carvalho homem ligado as letras e aos seguros, sofrendo assim novas modificações.
Nos anos 70 do século findo passou novamente de mãos este diário, tendo sido adquirido pelo grupo Banco Borges. Depois de nacionalizada a Banca o "JORNAL DO COMÉRCIO" viu-se a braços com uma crise de identidade, tendo fechado definitivamente em 1983.
Muito perto desta Rua está a Travessa de Santa Catarina que foi chamada noutro tempo, Travessa do Cemitério, por ali se situar um cemitério anexo à Igreja. Também nessa mesma Travessa morou no número 7 o poeta Gonçalves Crespo marido de D.Maria Amália Vaz de Carvalho a grande e notável escritora, existindo uma lápide a recordar que ali viveu, notabilizando a sua memória. Esta residência tornou-se na época, num dos mais frequentados salões literários de Lisboa.
(1) - Pessoa lambona, glutona, comilona.
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