

(CONTINUAÇÃO)
AVENIDA MOUZINHO DE ALBUQUERQUE
«MOUZINHO DE ALBUQUERQUE (2)»
Este feito que o notabilizou, valeu-lhe ainda ser promovido a Major por distinção, além de várias condecorações.
Em Fevereiro e Março de 1896 empreende a pacificação da região do Maputo, onde o régulo «N'GUANAZE» se mantinha em pé de guerra. A 21 de Maio de 1896 toma posse do cargo de Governador-Geral de Moçambique e, em Novembro seguinte é elevado a Comissário Régio. Ainda em 1896, decide ocupar de facto o distrito de Moçambique e empreende a Campanha dos «NAMARRAIS». Em Outubro é ferido em «MUJENGA» e em Fevereiro de 1887 trava novo combate em NAGUEMA.
Entretanto no plano administrativo, coloca homens de sua confiança nos Governos Distritais e procede a várias medidas.
Mas a agitação dos «VÁTUAS» voltara a reacender-se sob a chefia de «MAGUIGUANA». Em Julho de 1887 trava novo combate em «MACONTENE» e no mês seguinte consegue cercar a matar «MAGUIGUANA», em «MAPULANGUENE».
Em 6 de Setembro desse ano é publicado o decreto que lhe concede o grande oficialato da Torre e Espada. Regressa a Lisboa, onde chega a 14 de Dezembro, tem uma recepção apoteótica e é cumulado de honrarias, que se prolongaram por muito tempo. É enviado em missão diplomática à Inglaterra, Alemanha e França.
No mês de Maio de 1898 regressa a Moçambique, onde se mantinham focos de revolta indígena. Com espírito não só temerário como autoritário, os seus métodos de governação haviam suscitado a oposição do Governo de Lisboa, que, em decreto de 7 de Julho, pretendem limitar a sua autoridade e autonomia, facto que o leva imediatamente a pedir a exoneração do cargo de Comissário Régio, entretanto em litígio com os governantes da capital.
Desembarca em Lisboa em Setembro, é agraciado com a comenda de Avis e, em Dezembro, é nomeado ajudante-de-campo efectivo do Rei, oficial-mor da Casa Real e aio do príncipe D. Luís Filipe.
Não se consegue adaptar à vida da Corte, desabafando em 1899, numa carta ao Conde de Arnoso: «Maldito o dia em que para aqui entrei...». É-lhe atribuída a culpa na participação em planos de instauração de uma ditadura militar para «Salvação do País». Porém não conseguiram a aprovação de D. Carlos. Em 8 de Janeiro de 1902 suicida-se dentro de um táxi de praça diante da Quinta das Laranjeiras. Era casado com D. Maria José Galvão Mouzinho de Albuquerque. (1)
(1) - Dicionário Ilustrado da História de Portugal - 1985 - Publicações Alfa Volume II páginas 14 e 15.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «EPISÓDIOS SOBRE AS CAMPANHAS DE ÁFRICA E SEUS COMPANHEIROS DE ARMAS (1)»
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