domingo, 26 de abril de 2009

RUA GUALDIM PAIS [ II ]

Rua Gualdim Pais - (2005) Foto de APS (Rua do meio da Vila Flamiano) Arquivo/APS
Rua Gualdim Pais - (1989) Foto de APS (Uma vista da Rua Gualdim Pais no final da década de oitenta do século XX) Arquivo/APS

Rua Gualdim Pais -(196_) Foto de Vasco Gouveia de Figueiredo (Interior do Balneário do Municipal) in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa.


Rua Gualdim Pais - (195_) Foto de Mário de Oliveira (Balneário Municipal) in AFML



Rua Gualdim Pais - (1956) - Foto de Armando Serôdio (Mercado de Xabregas, inaugurado em 31 de Março de 1956) in AFML.
(CONTINUAÇÃO)
RUA GUALDIM PAIS
«VILA FLAMIANO»
Embora a «RUA GUALDIM PAIS» estivesse projectada em 1908 como uma «nova artéria comercial, que ligasse o LARGO DO MARQUÊS DE NISA, com a ESTRADA DE CHELAS», pelo facto de «na RUA DIREITA DE XABREGAS, o trânsito de carroças ser bastante intenso, constante e ruidoso» (1).

A rua ia ficando concluída e com passagem mais larga, embora com o sacrifício do segundo prédio, sendo um dos inquilinos deste arrasado quarteirão (do qual nos referimos em 04.01.2008 no LARGO DO MARQUÊS DE NISA) era a taberna do «MORENO», muito afreguesada no tempo do Mercado no mesmo Largo.
Na correnteza dos «PRÉDIOS NOVOS» e à sua frente o recinto meio-murado da «VILA FLAMIANO», projectada pelo Engenheiro António Teixeira Júdice, para a Companhia da Fábrica de Algodões de Xabregas, inaugurada em 22 de Outubro de 1888 (2). A Vila é circundada por muros, mantendo assim a tradicional característica de (VILA), a privacidade da sua traça, exceptuando o lado virado para a «RUA GUALDIM PAIS», pois recebeu um extenso meio-muro com gradeamento e entrada por um portão de ferro na parte Norte da Vila. Esta e outras Vilas locais, faziam parte do aglomerado habitacional do tempo da Revolução Industrial na zona Oriental de Lisboa.
Deslocamo-nos para cima no lado esquerdo tínhamos o «PÁTIO BATATA ou PÁTIO ISABEL» no número 17-A, a entrada da «TRAVESSA DA AMOROSA». Todo este aglomerado de casas baixas, foi demolido já no século XXI.
Seguimos a Rua no seu lado esquerdo encontramos o «BALNEÁRIO MUNICIPAL» que na década de 40 e 50 do século XX era muito utilizado, dado a falta de água canalizada que se sentia, nas casas circundantes.
Frente ao «BALNEÁRIO MUNICIPAL», no lado direito, temos mais dois empreendimentos camarários: o «MERCADO MUNICIPAL» substituindo assim o antigo mercado a céu aberto no «LARGO MARQUÊS DE NISA», e o «LAVADOURO MUNICIPAL» substituindo também o antigo "tanque de lavar roupa e chafariz", que existiam no «LARGO DE XABREGAS», tendo sido inaugurado no ano de 1956.
(1) - Freguesia do Beato na História, página 46, Janeiro de 1995.
(2) - Noutra ocasião iremos publicar a história da «VILA FLAMIANO».
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «RUA GUALDIM PAIS [ III ] - SUB-SEDE DO CLUBE ORIENTAL DE LISBOA».




4 comentários:

Bic Laranja disse...

Uma rua deveras interessante, com notório ar de arrabalde industrial ainda agora. Essa fotografia de 89 é-me tão, tão familiar...
Cumpts.

APS disse...

...e num ápice, já passaram 20 anos.

Vaticinamos melhores dias para a "minha" rua.
Cumprimentos
APS

pessoa1 disse...

A segunda photo, pimeira casa à esquerda era un deposito de alfarroba para os cavalos da GNR. por ai começa o beco de orta das canas, que me vio crescer de 1952 a 1967.
Xabregas mon amour je t'aime pour toujours.

APS disse...

Caro Anónimo (Pessoa 1)
O edifício em causa era chamado "O CELEIRO DE XABREGAS". Eu conheci-o como uma grande MERCEARIA e tinha no seu lado direito (ou seja a terceira porta) uma drogaria. Sei que depois de fechar ao público passou a armazém de cereais e batatas. Quanto à "HORTA DAS CANAS" deve ser do tempo do "CARVOEIRO" e ainda do arco que existia, que ligava o BECO DAS CANAS ao LARGO MARQUÊS DE NISA.Conheci a HORTA DAS CANAS desde há muitos anos, embora tivesse deixado estas paragens em 1957.
Possivelmente deve conhecer o BECO e TRAVESSA DA AMOROSA, O BECO DOS TOUCINHEIROS, A VILA DIAS, A VILA FLAMIANO, A VILA EMÍLIA etc.
Deduzo que está fora de Portugal, desejo-lhe muitas felicidade e se for essa a sua intenção um bom regresso.
Despeço-me com amizade
Cumprimentos
Agostinho Paiva Sobreira-APS