Praça D. Pedro IV (ROSSIO) - (195_?) - Fotógrafo não identificado - (Café Portugal no Rossio 56-58 e Rua 1º de Dezembro) - in RUA DOS DIAS QUE VOAM
Praça D. Pedro IV (ROSSIO) - (Anos 40/50 do Século XX) -Fotógrafo não identificado-(Café Portugal inaugurado em 1938) in O DE CONDUTA
(CONTINUAÇÃO)
PRAÇA D. PEDRO IV (ROSSIO) [XVII]
«O CAFÉ PORTUGAL»
O «CAFÉ PORTUGAL» (apesar de se dizer que foi o último café a surgir nesta Praça) teve uma vida relativamente breve, durou trinta e poucos anos. Apesar da sua pouca longevidade, marcou uma certa época, devido sobretudo ao esmero das suas linhas e ao seu serviço, tendo como características mais marcantes uma grande dimensão interior e a belíssima galeria.
Projectado pelo arquitecto «RIBEIRO CRISTIANO» exibindo frescos de «JORGE BARRADAS» e baixos relevos de «LEOPOLDO DE ALMEIDA».
Instalado nos números 56 a 58 do «ROSSIO» e inaugurado no dia 16 de Abril de 1938, (pertenceu esta iniciativa à firma Brasileira).
Como curiosidade, fui encontrar no Blogue «CAFÉ PORTUGAL» de 15 de Novembro de 2008 (ver mais aqui e comentários) um comentário referente ao assunto hoje apresentado, e que de algum modo representa a tradição oral da história dos acontecimentos. Dizia assim o senhor «JOÃO GALVÃO TELES»: "(...) Contou-me, então o meu tio, quando as «BRASILEIRAS» ainda eram património da família, que foi fundado no «ROSSIO» o luxuoso café chamado precisamente «CAFÉ PORTUGAL». Falou-me das alterações que para a época, eram grandiosas obras de engenharia que obrigaram a levantar o prédio com macacos hidráulicos, por causa da água do rio que como se sabe, chegava junto do teatro D. Maria II.
A sua inauguração terá dado brado, pelo luxo e pela sua modernidade".
Antes do «CAFÉ PORTUGAL» esteve ali instalado no século XIX uma casa de pianos, propriedade de «J. HELIODORO DE OLIVEIRA», vinda da «RUA DOS FANQUEIROS».
A sua inauguração terá dado brado, pelo luxo e pela sua modernidade".
Antes do «CAFÉ PORTUGAL» esteve ali instalado no século XIX uma casa de pianos, propriedade de «J. HELIODORO DE OLIVEIRA», vinda da «RUA DOS FANQUEIROS».
Na década de 70 do século passado o café começava a mostrar uma certa falta de clientela, os proprietários tentaram viabiliza-lo com um salão de jogos. Passaram-se duas décadas e novas obras surgiram mas desta vez para ali instalar a «MEGASTONE» de «VALENTIM DE CARVALHO» que, por sua vez, ocupou também o espaço onde funcionava a leitaria «O PASSO».
Com o encerramento total do «CAFÉ PORTUGAL» este espaço voltaria a ter uma loja de música, tendo esta editora mantido o seu aspecto do anterior café.
No final do século XX, a «MEGASTONE» de «VALENTIM DE CARVALHO» abandonará estas instalações no «ROSSIO» para se instalar no "novo" edifício «GRANDELLA» na «RUA DO CARMO».
Hoje encontramos o espaço do antigo «CAFÉ PORTUGAL» ocupado por uma sapataria.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «PRAÇA D. PEDRO IV (ROSSIO) [XVIII] - A BRASILEIRA DO ROSSIO E A TABACARIA MÓNACO»
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