quarta-feira, 19 de agosto de 2009

PRAÇA D. PEDRO IV (ROSSIO) [XX]

Praça D. Pedro IV (ROSSIO) - (2009) - Farmácia Azevedos com o novo visual) Foto gentilmente cedida por Rafael Santos do Blog «DIÁRIO DO TRIPULANTE»
Praça D. Pedro IV (ROSSIO) - (2008) Foto da galeria Tatiana (Farmácia Azevedos no Rossio) in ALBUNS DA WEB DO PICASA

Praça D. Pedro IV (ROSSIO) - (2008) Foto de Joshua Mackes ( Farmácia Estácio no Rossio) in PLANETEYE
(CONTINUAÇÃO)
PRAÇA D. PEDRO IV (ROSSIO) [XX]
«A FARMÁCIA AZEVEDOS E A FARMÁCIA ESTÁCIO»
«FARMÁCIA AZEVEDOS»
A «FARMÁCIA AZEVEDOS» fica nos números 31 e 32 desta Praça e data de 1777.
Existiu neste local uma botica de um frade pertencente à «Ordem de São Domingos», de seu nome Francisco José de Aguiar; mais tarde este lugar passou a um José Rodrigues Crespo, cuja filha casou com «ANTÓNIO FELICIANO ALVES DE AZEVEDO». E assim começou então a «Farmácia Azevedos».
Em 1932 foi este estabelecimento completamente remodelado, obras dirigidas por «JORGE SEGURADO», e reabriu em 31 de Março de 1933. Estas eram as informações que nos transmitia o grande mestre da olisipografia «NORBERTO DE ARAÚJO» nas suas «PEREGRINAÇÕES EM LISBOA» livro XII página 72.
Foi a terceira botica que se fundou em Lisboa, depois do terramoto.
E era neste local que o poeta «NICOLAU TOLENTINO» tinha a sua tertúlia.
A «FARMÁCIA AZEVEDOS» foi remodelada em 2008 substituindo os armários brancos com pórticos vermelhos e balcões corridos por um espaço livre-serviço, com tons de verde e cinza. Um sistema robotorizado procura os fármacos armazenados, mas a figura em cerâmica policromada, do século XIX representando «AVICENA»(1), continua no estabelecimento.
(1) - Doutrina médica
«FARMÁCIA ESTÁCIO»
A «FARMÁCIA ESTÁCIO» funciona desde o ano de 1882 nos números 60 a 63 do «ROSSIO».
Os últimos edifícios do lado ocidental do «ROSSIO», só ficaram concluídos muitos anos depois do terramoto de 1755.
No ano de 1837 ainda era visível neste local os casebres do «DUQUE DO CADAVAL».
Além da «FARMÁCIA ESTÁCIO» a firma «ESTÁCIO & Cª.», fundada no ano de 1891, possuía também uma fábrica movida a vapor e um grande depósito na «RUA DO PRÍNCIPE» hoje «RUA PRIMEIRO DE DEZEMBRO», que veio a ser chamada de «DROGARIA HIGIENE».
Durante algum tempo e até 1895, a farmácia teve uma sucursal na «RUA DE SÃO PAULO».
«Emílio Estácio», farmacêutico e químico (1854-1919), formado pela Universidade de Coimbra e em Análise Química pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa, além de fundar a farmácia que recorda o seu nome, foi director técnico da «COMPANHIA PORTUGUESA DE HIGIENE».
Dedicado à química analítica, publicou um tratado de análise química. Estudioso da vitivinicultura, aplicou a pasteurização aos seus vinhos, conseguindo a sua exportação para o Brasil.
A «FARMÁCIA ESTÁCIO», da «COMPANHIA PORTUGUESA DE HIGIENE», conta hoje com quatro farmacêuticos, quinze técnicos e empregados, tem uma decoração moderna, de cores brancas e forte iluminação, num amplo espaço de atendimento, rodeado de balcões e agradáveis expositores.
Para Finalizar.
Hoje como ontem, o «ROSSIO» continua a ser uma Praça nobre por excelência, espectadora de grandes acontecimentos e centro da vida lisboeta.
BIBLIOGRAFIA
- Dicionário da História de Lisboa -Direcção de Francisco Santana e Eduardo Sucena - 1994 - LISBOA.
- Lisboa Pombalina e o Iluminismo de José-Augusto França - 1987-Bertrand Editora - Lisboa
- LISBOA ANTIGA (Bairros Orientais) de Júlio de Castilho Volume X - S.Industriais da CML - 1937 - Lisboa.
- Dicionário Ilustrado da História de Portugal - Coordenação de José Costa Pereira - Pub. ALFA - I e II volumes - 1985 - Lisboa.
- PEREGRINAÇÕES EM LISBOA de Norberto de Araújo Livro XII - Vega - 1992 - Lisboa.
- Lisboa em movimento 1850-1920 - Livros Horizonte - 1994.
(PRÓXIMO) - «RUA LUZ SORIANO [I]»



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