sábado, 4 de dezembro de 2010

RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO [ I ]

Rua Branca de Gonta Colaço - (2009) (Um troço da RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO no BAIRRO DE ALVALADE) in GOOGLE EARTH
Rua Branca de Gonta Colaço (1908) - Fotógrafo não identificado (A poetisa "BRANCA DE GONTA COLAÇO em 1908) Publicada in OCIDENTE Nº 1057, 10 de Maio de 1908, p. 114 in OEIRAS COM HISTÓRIA

Rua Branca de Gonta Colaço - (1932) - Foto publicada no Magazine Civilização Nº 44 de Fevereiro de 1932 - (Jorge Rey Colaço -1868-1942, casou em 1898 com Branca de Gonta Syder Ribeiro) in GENEALL

Rua Branca de Gonta Colaço - (200_) Foto de Alcino Santos & Silva (Um troço da Rua Branca de Gonta Colaço no Bairro de Alvalade, prédio acabado de ser reparado) in ALCINO SANTOS & SILVA
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RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO [ I ]
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«A RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO ( 1 )»
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A «RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO» poetisa (1880-1945), situada no «BAIRRO DE ALVALADE», pertence à freguesia do «CAMPO GRANDE».
Atravessa a «AVENIDA DA IGREJA» no número 45, e finaliza em rotunda sem saída.
Lisboa gosta particularmente de consagrar ruas aos seus poetas. Não estará feita a estatística, mas é difícil crer que têm eles lugar de honra nos nomes das ruas da cidade.
Assim, em 19 de Julho de 1948, a Câmara anunciava num edital que à rua número 2 do sítio do «BAIRRO DE ALVALADE» seria dado o nome de «BRANCA DE GONTA COLAÇO». Esta decisão foi tomada na reunião de 16.07.1948 que a «COMISSÃO DE TOPONÍMIA» tivera numa sala dos Paços do Concelho com a presença das personalidades: «LUÍS PASTOR DE MACEDO», «PEDRO CORREIA MARQUES», «AUGUSTO VIEIRA DA SILVA», «DURVAL PIRES» e «JAIME LOPES», onde aprovaram a referida artéria.
Rua aparentemente pacata, sem património cultural relevante, no entanto torna-se notório pela personagem que lhe deu o nome.
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Era lisboeta esta poetisa que foi também "mulher de jornais".Pode dizer-se que a poesia lhe corria no sangue, já que era filha do poeta «TOMÁS RIBEIRO». Sua mãe, «ANN CHARLOTTE SYDER», era inglesa, descrita pelos seus contemporâneos como "formosa e culta".
Casada cedo (aos 18 anos de idade) com o pintor e azulejista «JORGE REY COLAÇO» em 08 de Julho de 1898.
Dos trabalhos mais relevantes de seu marido destacamos, entre outros, as decorações no «PALÁCIO WINDSOR» em Inglaterra. No nosso país salientamos a «ESCOLA MÉDICA DE LISBOA»; «PALACE-HOTEL» no Buçaco; «ESTAÇÃO DE S.BENTO» no Porto e os murais do «PALÁCIO DA JUSTIÇA» em Coimbra.
«BRANCA DE GONTA COLAÇO» desdobrou-se por múltiplas actividades relacionadas com a cultura: foi, como se disse, poetisa, mas também prosadora, dramaturga e declamadora.
É, claro, o fascínio dos jornais não lhe escapou.
Passou várias temporadas balneares na "Feitoria" em OEIRAS, casa de seu pai, e em CARNAXIDE.
Diz-nos um seu parente «TOMÁS COLAÇO» que:
"Branca de Gonta Colaço passou muitos verões na Feitoria onde até fez um pequeno jornal. Nunca lá viveu. A casa era alugada a -TOMÁS RIBEIRO- por pertencer à Marinha e ele ter sido MINISTRO DA MARINHA".
"TOMÁS RIBEIRO tinha também uma casa em CARNAXIDE que ainda existe, e ainda hoje é comemorado o seu gesto de repor a imagem de NOSSA SENHORA DA ROCHA no santuário original em CARNAXIDE".
"Em CAXIAS teve uma casa alugada onde morreu o seu marido, o pintor «JORGE COLAÇO» no ALTO do LAGOAL".
"Em PAÇO DE ARCOS alugou uma outra casa onde passou outros tantos verões, com a família. Essa casa foi recentemente demolida".
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO [ II ] - A RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO ( 2 )».





2 comentários:

Presépio no Canal disse...

Desta semhora li "As Memorias da Marquesa de Rio Maior" :-)

Foi interessante conhecer a sua historia e especialmente ver a sua fotografia.

Bom fim-de-semana :-)

APS disse...

Deve ser muito curioso este livro "AS MEMÓRIAS DA MARQUESA DE RIO MAIOR". Sabe-se que a Marquesa relatou a sua viagem a quando da inauguração dos Caminhos-de-ferro em 29 de Outubro de 1856 (LISBOA-CARREGADO), integrada na comitiva, que alguns historiadores a acharam rocambolesca, pelas constantes peripécias do percurso.

Tenho um livro desta autora «MEMÓRIAS DA LINHA DE CASCAIS» - 1943 publicado em parceria com outra escritora "MARIA ARCHER".
Mandei encadernar em tempos, mantendo a página da capa no seu interior, conforme poderá ver na próxima quarta-feira, na foto que publicarei no Blogue.

Igualmente um bom fim de semana
APS