Rua do Cais de Santarém (Fragmento da planta da cidade de Lisboa antes do Terramoto de 1755. Reconstituição atribuída a JOSÉ VALENTIM DE FREITAS cujo original se guarda na BNL (Publicado por Luiz Pastor de Macedo no Volume III Publicações Culturais da CML) in LISBOA DE LÉS A LÉS - LEGENDA - 1)Cais de Santarém (que deu o nome à Rua) - 2)Palácio do Duque de Aveiro - 3)Palácio de Francisco Távora - 4)Palácio do Conde de Coculim - 5)Palácio do Conde de Vila-Flor - 6)Palácio do Marquês de Angeja - 7)Chafariz de El-Rei - 8)Beco da Mosca (hoje Trav. de S. João da Praça) - 9)Praça da Ribeira (hoje Ribeira Velha) - 10)A Cerca Moura de Lisboa.
Rua do Cais de Santarém - (1939) Desenho do Engº. A. Vieira da Silva (Parte do Lanço da CERCA MOURA DE LISBOA ao longo do Tejo, destacando-se a RUA DO CAIS DE SANTARÉM e seu envolvente) IN A CÊRCA MOURA DE LISBOA - LEGENDA - A)-Rua do Cais de Santarém - B)Arco de Jesus (antiga porta do Furadouro) - C)Propriedade e Palácio do Conde de Coculim - D)Cozinha Económica Nº5 - E)Propriedade e Palácio do Conde de Vila-Flor - F)Palácio do Marquês de Angeja - G)Chafariz de El-Rei - H)Porta do Chafariz de El-Rei (hoje Travessa de S. João da Praça) - I)Travessa de S. João da Praça
Rua do Cais de Santarém - (2010) ( A RUA DO CAIS DE SANTARÉM e seu envolvente vista de Satélite) in GOOGLE EARTH
RUA DO CAIS DE SANTARÉM [ I ]
«O SÍTIO DA RIBEIRA VELHA»
A «RUA DO CAIS DE SANTARÉM» pertence a duas freguesias. À freguesia da «SÉ» os números pares, à freguesia de «SANTO ESTEVÃO» os números ímpares. Tem o início do arruamento no «LARGO DO TERREIRO DO TRIGO» e finaliza no «CAMPO DAS CEBOLAS». São convergentes à «RUA DO CAIS DE SANTARÉM» o «ARCO DE JESUS» e a «TRAVESSA DE S. JOÃO DA PRAÇA».
Os «DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES» foram talvez os grandes responsáveis, não só por levarem para junto do Tejo o «Comércio» e a «Administração», como também aguçando os mais privilegiados, que copiaram o seu soberano, com a finalidade de ter também junto ao rio, a sua residência em LISBOA. Para satisfação deste capricho, quase toda a «CERCA MOURA» que contornava o Tejo, situada entre a antiga «PRAÇA DA RIBEIRA» e o «CHAFARIZ DE EL-REI», foi demolida em vários troços, ou simplesmente incorporada nos novos prédios que se foram construindo sobre ela ou que a ela se encostaram. Estabelecendo, na realidade, um alinhamento de fachadas nobres, diversificadas, apertadas umas contra as outras, o conjunto de casas que se levantaram do lado Norte a Oriental da «RIBEIRA VELHA», entre as quais podemos destacar pela sua estranha decoração, a «CASA DOS BICOS», solar dos «ALBUQUERQUES», pertencendo as casas solarengas e até palácios, mais para o lado do «CHAFARIZ DE EL-REI», o «PALÁCIO DO DUQUE DE AVEIRO», «PALÁCIO DE FRANCISCO TÁVORA» seguido pelo «PALÁCIO DE COCULIM», o «PALÁCIO DO CONDE DE VILA FLOR» e por final o «PALÁCIO DO MARQUÊS DE ANGEJA» (a alguns destes Palácios iremos referir-nos mais detalhadamente) e chegamos até ao «CHAFARIZ DE EL-REI».
É de salientar que alguns destes Palácios (na época) eram providos do seu cais privativo. Este sítio que nos propomos tratar, antes do terramoto de 1755, era designado por «RUA DA RIBEIRA», tendo um lugar à beira rio que servia para embarque e desembarque de pessoas ou mercadorias, denominado « CAIS DE SANTARÉM» o qual mais tarde, veio dar o nome à RUA.
No dizer dos serviços de «TOPÓNIMIA DE LISBOA» da CML no seu historial: "O Topónimo «CAIS DE SANTARÉM» é muito antigo e já o encontramos na obra «MAPAS DE PORTUGAL» do «PADRE CASTRO», 1758. Passados dois séculos ainda existia, e foi incluído no levantamento dos topónimos em uso que a «COMISSÃO DE TOPÓNIMIA» efectuou entre 1943 e 1945. Os cais sempre fizeram parte da paisagem ribeirinha de LISBOA, Os topónimos dos mais antigos estão geralmente associados aos produtos que aí aportavam, caso do «CAIS DO TOJO» ou do «CAIS DO CARVÃO», que já aparece mencionado no «SUMÁRIO de LISBOA de 1551». Outros há em que a associação é feita à proveniência desses produtos, caso do «CAIS DE ALHANDRA» ou do «CAIS DE SANTARÉM» (AA).
(CONTINUA) - (PRÓXIMO)-«RUA DO CAIS DE SANTARÉM [ II ] -O ARCO DE JESUS ( 1 )»
Rua do Cais de Santarém - (2010) ( A RUA DO CAIS DE SANTARÉM e seu envolvente vista de Satélite) in GOOGLE EARTH
RUA DO CAIS DE SANTARÉM [ I ]
«O SÍTIO DA RIBEIRA VELHA»
A «RUA DO CAIS DE SANTARÉM» pertence a duas freguesias. À freguesia da «SÉ» os números pares, à freguesia de «SANTO ESTEVÃO» os números ímpares. Tem o início do arruamento no «LARGO DO TERREIRO DO TRIGO» e finaliza no «CAMPO DAS CEBOLAS». São convergentes à «RUA DO CAIS DE SANTARÉM» o «ARCO DE JESUS» e a «TRAVESSA DE S. JOÃO DA PRAÇA».
Os «DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES» foram talvez os grandes responsáveis, não só por levarem para junto do Tejo o «Comércio» e a «Administração», como também aguçando os mais privilegiados, que copiaram o seu soberano, com a finalidade de ter também junto ao rio, a sua residência em LISBOA. Para satisfação deste capricho, quase toda a «CERCA MOURA» que contornava o Tejo, situada entre a antiga «PRAÇA DA RIBEIRA» e o «CHAFARIZ DE EL-REI», foi demolida em vários troços, ou simplesmente incorporada nos novos prédios que se foram construindo sobre ela ou que a ela se encostaram. Estabelecendo, na realidade, um alinhamento de fachadas nobres, diversificadas, apertadas umas contra as outras, o conjunto de casas que se levantaram do lado Norte a Oriental da «RIBEIRA VELHA», entre as quais podemos destacar pela sua estranha decoração, a «CASA DOS BICOS», solar dos «ALBUQUERQUES», pertencendo as casas solarengas e até palácios, mais para o lado do «CHAFARIZ DE EL-REI», o «PALÁCIO DO DUQUE DE AVEIRO», «PALÁCIO DE FRANCISCO TÁVORA» seguido pelo «PALÁCIO DE COCULIM», o «PALÁCIO DO CONDE DE VILA FLOR» e por final o «PALÁCIO DO MARQUÊS DE ANGEJA» (a alguns destes Palácios iremos referir-nos mais detalhadamente) e chegamos até ao «CHAFARIZ DE EL-REI».
É de salientar que alguns destes Palácios (na época) eram providos do seu cais privativo. Este sítio que nos propomos tratar, antes do terramoto de 1755, era designado por «RUA DA RIBEIRA», tendo um lugar à beira rio que servia para embarque e desembarque de pessoas ou mercadorias, denominado « CAIS DE SANTARÉM» o qual mais tarde, veio dar o nome à RUA.
No dizer dos serviços de «TOPÓNIMIA DE LISBOA» da CML no seu historial: "O Topónimo «CAIS DE SANTARÉM» é muito antigo e já o encontramos na obra «MAPAS DE PORTUGAL» do «PADRE CASTRO», 1758. Passados dois séculos ainda existia, e foi incluído no levantamento dos topónimos em uso que a «COMISSÃO DE TOPÓNIMIA» efectuou entre 1943 e 1945. Os cais sempre fizeram parte da paisagem ribeirinha de LISBOA, Os topónimos dos mais antigos estão geralmente associados aos produtos que aí aportavam, caso do «CAIS DO TOJO» ou do «CAIS DO CARVÃO», que já aparece mencionado no «SUMÁRIO de LISBOA de 1551». Outros há em que a associação é feita à proveniência desses produtos, caso do «CAIS DE ALHANDRA» ou do «CAIS DE SANTARÉM» (AA).
(CONTINUA) - (PRÓXIMO)-«RUA DO CAIS DE SANTARÉM [ II ] -O ARCO DE JESUS ( 1 )»
Sem comentários:
Enviar um comentário