(CONTINUAÇÃO) - RUA AUGUSTA [ VII ]
«PARCERIA A. M. PEREIRA ( 1 )»
A «LIVRARIA A. M. PEREIRA» (mais tarde Parceria) fundada por «ANTÓNIO MARIA PEREIRA» em 1848, é considerada a mais antiga casa editora portuguesa.
«ANTÓNIO MARIA PEREIRA» tinha o ofício de livreiro e encadernador, este desconhecido de 23 anos de idade que foi aprendiz do ofício na «CASA DOS VINTE E QUATRO» (Corporação extinta em 7 de Maio de 1834 por D. Pedro), depois caixeiro da «CASA MARQUES», começa a partir do dia 18 de Agosto de 1848, quando se instala na «RUA AUGUSTA» no número 188. Conseguiu tornar a sua loja na mais importante de LISBOA, tendo editado não apenas o que o público da época apreciava (comédias, farsas, dramalhões e até livros religiosos), como também, destacados e grandes escritores da época como: «JÚLIO CÉSAR MACHADO» e «CAMILO CASTELO BRANCO» com quem manteve assídua correspondência que começou na «CADEIA DA RELAÇÃO» no PORTO onde se encontrava detido, por crime de adultério.
A primeira obra editada foi o romance histórico «O MESTRE DE CALATRAVA» de «AIRES PINTO DE SOUSA E MENEZES» (numa edição de 300 exemplares que custavam 7$200 réis). Foi, também, o editor de «O MISTÉRIO DA ESTRADA DE SINTRA» obra atribuída a «EÇA e RAMALHO» sendo o primeiro romance policial português. E nunca mais pararam as edições que se sucederam ao longo dos anos.
No ano de 1880 sucedeu ao pai na administração da Livraria o segundo «ANTÓNIO MARIA PEREIRA». Pessoa de raras qualidades humanas e intelectuais. «EÇA DE QUEIROZ» considera-o mesmo "um homem de letras" pois também escrevia com pseudónimo, nas publicações da época. Editou os maiores escritores: «CAMILO» (de que reuniu uma obra vastíssima), «MARTINS «EÇA», «PINHEIRO CHAGAS», «RAMALHO ORTIGÃO», «OLIVEIRA» entre outros.
Morreu jovem, não tendo completado muitos dos seus projectos editoriais, mesmo assim, conseguiu que a LIVRARIA fosse a mais importante e prestigiada do país.
É reconhecido e considerado o maior editor português do século XIX.
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5 comentários:
Boa noite, procuro uma fotografia do interior do jornal "o século",e hà alguns dias atrás pedi ajuda ao editor do blog "restos de coleção" que me disse para procurar nos arquivos da TT,mas infelizmente não encontrei o que procuro.Indicou-me então este blog que me poderia dar mais alguma informação. Agradeço desde já se me poder dar mais alguma ajuda .Obrigado
Vem recomendado de uma boa fonte credível e segura. Infelizmente a minha ajuda neste particular é bastante limitada, pois dedico-me mais ao exterior de ruas, edifícios e não interiores. Também não especifica se será uma foto do Hall de entrada, administração, refeitório os oficinas.
Poderá ler no meu blogue do dia 26 de Outubro de 2011, referente à Rua do Século [ XVI ], onde indico para onde foi o espólio do extinto Jornal o Século.
Deverá ver também este link http://antt.dgarq.gov.pt/exposicoes-virtuais/eventos-em-documentos/o-assalto-ao-santa-maria/
Ali encontra algumas fotos publicadas no jornal, poderá eventualmente ser alguma de seu agrado.
link para a minha página:
http://aps-ruasdelisboacomhistria.blogspot.com/2011/10/rua-do-seculo-xvi.html
Cumprimentos
APS
Bom dia procuro uma foto do interior da entrada principal,do lado esquerdo tem uma escadaria nobre e do lado direito actualmente a recepção.O que queria ver era o aspecto da recepção antes das obras que foram feitas nos anos 90 para o MAOT.Sabe me dizer se no periodo entre a extinçao do jornal e a instalação do ministerio o edificio esteve ocupado?
Obrigado
Boa tarde!
Quanto à foto do interior da entrada do Jornal não tenho possibilidade de o ajudar, o que lamento.
Uma breve explicação dos acontecimentos no Jornal O SÉCULO.
Depois da sua nacionalização em Julho de 1976 entrou em estado de falência em 1979, em Dezembro de 1981 eram feitas as partilhas entre os titulares do ESTADO. A sua aplicação só foi concretizada em 17 de Maio de 1986, até essa altura creio que as instalações se mantiveram encerradas. O Estado na qualidade da sua Direcção Geral do Património, ficou com o edifício; a Direcção Geral da Comunicação Social (hoje deve ter outro nome) foi-lhe confiado o tal arquivo fotográfico e à ANTT o restante património arquivista e a valiosa Biblioteca.
Cumprimentos
APS
Obrigado na mesma pela disponibilidade, vou procurar a direcção geral de comunicação social talvez encontre alguma coisa.
Cumprimentos
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