quarta-feira, 7 de março de 2012

RUA AUGUSTA [ XVIII ]

Rua Augusta - (2010) - Autor da fotografia não identificado ( A nova Sede do "BANCO ESPÍRITO SANTO" na "AVENIDA DA LIBERDADE" número 195 esquina com a "Barata Salgueiro") in PORTUGAL DAILY VIEW
Rua Augusta - (2011) - (As instalações do "BES" na «RUA DO COMÉRCIO», ocupando todo o quarteirão que inicia na «RUA AUGUSTA» e finaliza na «RUA DO OURO») in GOOGLE EARTH
Rua Augusta - (início do século XXI) Fotógrafo não identificado - ("Ricardo Espírito Santo Silva Salgado" bisneto de "José Maria do Espírito Santos e Silva", hoje Presidente da Comissão Executiva e Vice-Presidente do Conselho de Administração do "BES") in EXPRESSO

(CONTINUAÇÃO) - RUA AUGUSTA [ XVIII ]

«O BANCO ESPÍRITO SANTO ( 3 )»

A constituição da Sociedade bancária de 1884 marcou o fim da primeira fase, correspondendo a mais de uma década de trabalho individual, marcada por um quotidiano habitado pelas incertezas de negócios voláteis, que exigiram espírito de decisão e, sobretudo, muito sacrifício pessoal.
Em 17 de Julho de 1891 faleceu a sua primeira mulher, de quem tinha duas filhas «MARIA JUSTINA DO ESPÍRITO SANTO E SILVA» nascida em 1871 e «LUÍSA CÂNDIDA DO ESPÍRITO SANTO E SILVA» nascida em 1882, que viria a falecer em Março de 1888. No ano de 1897 o pai e filha dividiram o património, tendo-se procedido a um inventário de bens, avaliado em 490 contos de réis, correspondendo a 60% desse valor a prédios rústicos e urbanos.
Duas semanas após a escritura da partilha «JOSÉ MARIA DO ESPÍRITO SANTO E SILVA» retoma a actividade bancária (que não mais a abandona), constituindo para o efeito a firma «SILVA, BEIRÃO, PINTO & Cª.»(1898-1911), onde investe 40 dos 200 contos que lhe ficaram da herança.
A nova sociedade é constituída a 29.12.1898 para a qual são convidados os três sócios que tinham participado na anterior firma. Com o capital social de 100:000$000, distribuído por; 40 contos (E.S.SILVA), 30 contos (CASQUILHO), 15 do sócio (BEIRÃO) e 15 do sócio (PINTO).
Em 1902 o sócio «CASQUILHO» saiu da empresa, recebeu o valor da quota em capital e lucros. No ano de 1906 o capital social foi aumentado para 200 contos de réis. «JOSÉ MARIA DO ESPÍRITO SANTO E SILVA» ficou com 100 contos e os sócios (BEIRÃO) e (PINTO) com 50 cada um. Em 1909, por morte de (JOSÉ NORBERTO DA SILVA PINTO), «ESPÍRITO SANTO E SILVA» adquire a sua quota. Em 1911 liquida 61 contos aos herdeiros do seu último sócio (ANTÓNIO PEREIRA DOS SANTOS BEIRÃO). Em consequência, torna-se o único sócio da Empresa.
Com o total controlo da «CASA BANCÁRIA», «JOSÉ MARIA» extingue-a para formar uma outra, em cuja denominação surge pela primeira vez o seu nome completo: «JOSÉ MARIA DO ESPÍRITO SANTO E SILVA»(1911), com o capital de 200.000$00 (Duzentos mil escudos), valor idêntico, note-se, ao do capital que o «BANCO BORGES & IRMÃO» tinham nesse ano de 1911.
Em 1915 apesar de consciente e conhecedor das dificuldades conjunturais criadas pela I Guerra Mundial, decide transformar novamente a sua sociedade bancária, formando uma outra em nome colectivo «JOSÉ MARIA DO ESPÍRITO SANTO E SILVA & Cª.» de responsabilidade ilimitada. Apesar da doença grave de que padecia, o banqueiro não estaria preocupado com a sua sucessão.
No ano de 1915 já «JMESS» tinha assegurado descendência masculina, Com efeito, depois da morte da primeira mulher, ocorrido no anos de 1891, «RITA DE JESUS RIBEIRO», filha de lavradores de VIDAGO, - sua segunda mulher pelo casamento celebrado no ano de 1907 em VILA NOVA DE GAIA - deu-lhe quatro filhos três dos quais varões, nascidos entre 1893 e 1908, «MARIA», «JOSÉ», «RICARDO» e «MANUEL».

(CONTINUA) - (PRÓXIMO) -«RUA AUGUSTA [ XIX ] - O BANCO ESPÍRITO SANTO(4)»

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