Rua Alfredo da Silva - ( 2015 ) - ( Panorâmica da freguesia da «AJUDA» onde se insere a "RUA ALFREDO DA SILVA") in GOOGLE EARTH
Rua Alfredo da Silva - (18.07.1885) - ( Planta da Cidade de Lisboa e seus Arredores na sua totalidade, na época) in ARQUIVO/APS/FACEBOOK
Rua Alfredo da Silva - (1998) Foto de Paulo Catrica - (Campo das Salésias, antigo Campo de futebol do Belenenses, junto da "QUINTA DO ALMARGEM" onde se situa a "RUA ALFREDO DA SILVA") ( Abre em tamanho grande ) in AML
Rua Alfredo da Silva - (2014 ) Foto de Carlos Gomes - ( Aspecto do "GEOMONUMENTO DE LISBOA" e entrada da enorme Caverna, virado para o antigo leito do "RIO SECO") in BLOGUE DE LISBOA
Rua Alfredo da Silva - ( 2016 ) - A "RUA EDUARDO BARRADA" no sítio do "GEOMONUMENTO DE LISBOA", "antigo leito do chamado RIO SECO" in GOOGLE EARTH
(INICIO) - RUA ALFREDO DA SILVA [ I ]
«A RUA ALFREDO DA SILVA E SEU ENQUADRAMENTO ( 1 )»
A «RUA ALFREDO DA SILVA» pertence à freguesia da «AJUDA», começa na "CALÇADA DA BOA HORA" no número 87 e não tem saída.
Na ACTA Nº. 75 de 21 de Outubro de 1960, a "COMISSÃO CONSULTIVA MUNICIPAL DE TOPONÍMIA" considerou que a RUA - "D" à "QUINTA DO ALMARGEM" se denomine: "RUA ALFREDO DA SILVA - INDUSTRIAL - (1871-1942)".
Podemos acrescentar que a CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA teve a nobreza de colocar o seu nome numa RUA do "ALTO DA AJUDA" "olhando cá do alto" o sítio bem perto do seu início "INDUSTRIAL", que terá a freguesia de ALCÂNTARA como cenário.
A "QUINTA DO ALMARGEM" fazia parte dos terrenos da Ermida de SANTO AMARO, tinham sido reunidos por um "AIRES DE SALDANHA" (filho de um Navegador companheiro de D. AFONSO DE ALBUQUERQUE) e sua esposa "D. JOANA DE ALBUQUERQUE", que instituíram um MORGADO em 1600.
Grande parte do espaço era constituído por terrenos improdutivos, mesmo assim eles seriam arrendados em pequenas propriedades agrícolas, dando à família alguns lucros, que seriam aumentados quando em 1701, foi pedida a autorização a "D. PEDRO II", o aforamento de terrenos para ali se edificarem casas de habitação. Entretanto estes aforamentos permitiram a construção pela própria família de casas para alugar, e ainda a venda de alguns lotes. E tudo se foi transformando ao longo do século XVIII, num grandioso bairro urbano.
Os próprios "SALDANHAS" iam ao longo do tempo, prosperando o conjunto de casas rústicas que dominavam o seu "MORGADIO", datado de 1582.
Associado à "QUINTA DO ALMARGEM" estará o muito antigo "RIO SECO" do qual permanecem vestígios por onde passou o seu leito, e deixou a sua designação perpetuado com alguns topónimos. Este RIO, que possivelmente nascia no PARQUE FLORESTAL DA SERRA DE MONSANTO. Deste "RIO SECO" destaca-se um elemento que nos merece um pouco de atenção na encosta da AJUDA, pela riqueza na "HETEROGENEIDADE" Urbanística que o envolve, seja pelo "GEOMONUMENTO" presente no tecido urbano do vale do "RIO SECO", (RUA EDUARDO BAIRRADA). Surpreende quem por ali passa, devido às grandes dimensões a enorme CAVERNA, em plena Freguesia da AJUDA.
Dizia-nos o documento final do doutoramento de FREDERICO CRUZ (na época) estudante de Cartografia na Universidade de Lisboa - Faculdade de Arquitectura. "que outrora o RIO rico em organismos produtores de esqueletos (conchas) de natureza calcária, acabou eventualmente por ser mais uma vítima da industrialização com a ocupação empírica e desordenada, (90 milhões de anos mais tarde), levando à sua extinção e dando origem ao topónimo RIO SECO".
O RIO SECO, propriamente dito, ter-se-há extinguido algures por volta do início do século XIX, talvez aquando da construção do "CHAFARIZ DO LARGO DO RIO SECO" em 1821, sobrando somente um resquício de uma ribeira que percorria um trajecto descendente já canalizado, em parte, após a construção da "CORDOARIA NACIONAL", na "RUA DA JUNQUEIRA" e vinha desaguar no RIO TEJO.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA ALFREDO DA SILVA [II]- A RUA ALFREDO DA SILVA E SEU ENQUADRAMENTO (2)».
Dizia-nos o documento final do doutoramento de FREDERICO CRUZ (na época) estudante de Cartografia na Universidade de Lisboa - Faculdade de Arquitectura. "que outrora o RIO rico em organismos produtores de esqueletos (conchas) de natureza calcária, acabou eventualmente por ser mais uma vítima da industrialização com a ocupação empírica e desordenada, (90 milhões de anos mais tarde), levando à sua extinção e dando origem ao topónimo RIO SECO".
O RIO SECO, propriamente dito, ter-se-há extinguido algures por volta do início do século XIX, talvez aquando da construção do "CHAFARIZ DO LARGO DO RIO SECO" em 1821, sobrando somente um resquício de uma ribeira que percorria um trajecto descendente já canalizado, em parte, após a construção da "CORDOARIA NACIONAL", na "RUA DA JUNQUEIRA" e vinha desaguar no RIO TEJO.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA ALFREDO DA SILVA [II]- A RUA ALFREDO DA SILVA E SEU ENQUADRAMENTO (2)».
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