Rua Alfredo da Silva - (2016) - (Início da "RUA ALFREDO DA SILVA" na antiga "QUINTA DO ALMARGEM" na freguesia da "AJUDA") in GOOGLE EARTH
Rua Alfredo da Silva - (Entre finais do séc. XIX e início do séc. XX) - (Anúncio da "Companhia União Fabril" das suas fábricas em ALCÂNTARA que produziam; sabão de todas as qualidades) in FOTOBIOGRAFIAS SÉCULO XX
Rua Alfredo da Silva - (anos 50 do século XX) - Foto de Ricardo Ferreira - (Chávena de café da SOCIEDADE GERAL, um interessante conjunto da marca CÉSOL-Fábrica de Faianças situada em SOUSELAS. Esta CHÁVENA era usada não só nas instalações em terra, como em Barcos da SOCIEDADE GERAL-SG) in GRUPO CUF
Rua Alfredo da Silva - ( 1956 ) - (Mais um anúncio da COMPANHIA UNIÃO FABRIL-CUF, publicitando toda a sua gama de oferta) in RESTOS DE COLECÇÃO
(CONTINUAÇÃO) - RUA ALFREDO DA SILVA [ VIII ]
«DO BANCO LUSITANO AO MUNDO DOS NEGÓCIOS»
Enquanto a IMPRENSA acompanhava a descoberta de novas fraudes o anterior presidente do BANCO LUSITANO era preso por falta de fiador, circulando boatos, usando desacreditar a recente-empossada direcção de "ALFREDO DA SILVA", de novo na linha da frente.
Em ABRIL, "ALFREDO DA SILVA" ascende ao lugar de Director do "BANCO LUSITANO". Aos 21 anos, subia o primeiro degrau que o levaria ao "Mundo dos grandes negócios". Para o jovem nem tudo estava perdido. Sem descurar a boa administração das acções familiares de que é responsável, começa então a participar com mais regularidade nas ASSEMBLEIAS GERAIS de outras empresas, ressaltando-se o seu desempenho junto das COMPANHIA DOS CAMINHOS-DE-FERRO, do GÁS e da CARRIS DE FERRO DE LISBOA-CCFL. Em finais de 1892, o director da CARRIS designa-o para realizar no estrangeiro um estudo sobre a questão da electrificação das suas linhas, com vista à instalação de CARROS ELÉCTRICOS. Pela mesma altura, entraria para membro do CONSELHO FISCAL DA COMPANHIA DO GÁS. Tinha conseguido já adquirir, por ele mesmo, um bem precioso: CREDIBILIDADE.
No entanto o historiador "RUI RAMOS" sintetizaria: a "falência do "BANCO LUSITANO" [foi] a oportunidade para a revelação de (...) "ALFREDO DA SILVA" (...), que aproveitou o descrédito da anterior Direcção para se promover a si próprio sob o lema "LEI DA MORALIDADE". ( 1 )
O certo é que nas ASSEMBLEIAS GERAIS de várias Empresas, onde firmou a sua personalidade, discutindo com os seus opositores problemas de Administração, foi provando assim do que seria capaz o seu espírito de administrador e organizador, quando para isso se lhe oferecesse oportunidade. Esta não tardou a chegar. ALFREDO DA SILVA estava atento... e agarrou-a.
ALFREDO DA SILVA o mais arrojado dos empreendedores industriais, responsável pelo lançamento do que será o maior GRUPO ECONÓMICO PORTUGUÊS em 75 anos.
Teve a vantagem de nascer no seio de uma família abastada da capital, da qual herda aos 14 anos, em 1885, prédios, terras e acções de grandes Companhias. Começando como empregado da CASA BURNAY, aos 22 anos e já figura proeminente, a ponto de ser convidado para Director da CARRIS. Cinco anos depois, proprietário da pequena "COMPANHIA ALIANÇA FABRIL", convence o MARQUÊS DE BURNAY a fundi-la com a sua "COMPANHIA UNIÃO FABRIL", de maior dimensão. Assim nasceu a CUF - COMPANHIA UNIÃO FABRIL, de que se tornou Presidente, no meio de uma relação por vezes tempestuosa com o banqueiro BURNAY. A CUF começa pela indústria de sabões e velas. ALFREDO DA SILVA tendo em conta o recente crescimento do consumo de adubos no ALENTEJO, todos importados, a Companhia, passou a produzi-los no BARREIRO, uma vila rural com excelente situação geográfica.
Cedo a Empresa adquire uma tendência monopolista no sector. Sempre adepto do autoritarismo. ALFREDO DA SILVA torna-se deputado franquista em 1907, chegando a acompanhar o primeiro-ministro de pistola em punho para o proteger de ataques populares. É personagem central do processo de Industrialização portuguesa do século XX.
- ( 1 ) - RUI RAMOS in "A SEGUNDA FUNDAÇÃO", in HISTÓRIA DE PORTUGAL" pág.167.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA ALFREDO DA SILVA [ IX ] O PENSAMENTO NA FUSÃO ENTRE A "CAF" E A "CUF"»
Sem comentários:
Enviar um comentário