Largo Rafael Bordalo Pinheiro - (2014) - (A parte central do "LARGO RAFAEL BORDALO PINHEIRO" que antes de 1913 se chamava "LARGO DA ABEGOARIA" in GOOGLE EARTH
Largo Rafael Bordalo Pinheiro - (1875) - Desenho de RAFAEL - (O zé povinho simboliza o eterno explorado.Publicação na "LANTERNA MÁGICA" em que diz: Continuam todos debaixo da capa. A mesma albarda em cima das mesmas costas) in HEMEROTECA DIGITAL
Largo Rafael Bordalo Pinheiro - (1880) - (Caricatura de "RAMALHO ORTIGÃO) feita por RAFAEL BORDALO PINHEIRO ) in LAGASH
Largo Rafael Bordalo Pinheiro - (12.06.1875) - (O Sultão de Zanzibar na publicação da "LANTERNA MÁGICA") (ABRE EM TAMANHO GRANDE) in HEMEROTECA DIGITAL
Largo Rafael Bordalo Pinheiro - (1870) - (Caricatura gravada a água forte onde eram retratadas as mais ilustres figuras do meio literário lisboeta) in CITI
(CONTINUAÇÃO) - LARGO RAFAEL BORDALO PINHEIRO [ VIII ]
«RAFAEL BORDALO PINHEIRO ( 3 )»
Sobre a circunstância de ali ter morado, base da comemoração oficial do «LARGO RAFAEL BORDALO PINHEIRO», acresce ainda a razão deste grande artista ter sido idealizador da urbanização novecentista, do sítio da TRINDADE.
Muito boa gente costuma confundir a morada do pintor, com o prédio do "FERREIRA DAS TABULETAS", conhecido pelos azulejos, que se encontra aliás à distância de poucos metros.
"RAFAEL BORDALO PINHEIRO" tanto gostava de LISBOA que acabou por rejeitar ou abandonar cedo as propostas vantajosas que recebeu de grandes jornais estrangeiros, como o britânico "ILLUSTRATED LONDON NEWS" em 1873. Colaborou com várias publicações, mas nunca se decidiu a fixar residência fora da sua terra. A excepção chama-se BRASIL, onde esteve por mais de três anos, colaborando em "O MOSQUITO", no "PST!!!", em 15.09.1877 tendo durado 3 meses. Também no "BESOURO" em (1878/79) com grande êxito... mas acabou por voltar roído de saudades.
A infância e Juventude de "RAFAEL BORDALO PINHEIRO" foram praticamente passadas entre uma vocação que era irreprimível (a de desenhar com especial inclinação para a caricatura) e a dispersão de esforços e estudos, fruto em grande parte de uma submissão à vontade paternal.
De facto, tendo iniciado os seus estudos de desenho com o pai, cedo "RAFAEL" mostrou grande interesse e aptidão para um género então considerado menor: a CARICATURA. Simplesmente este tipo de trabalho artístico era ainda pouco habitual e quase sempre mal, recebido pelos visados. Quer dizer: enquanto hoje a caricatura pode até ser considerada uma homenagem do artista a uma determinada personalidade e, por outro lado, o sentido de humor (mesmo que forçado) obriga o retratado a rir-se, noutros tempos o acentuar de certos traços físicos, o brincar com a cara de cada um era tomado à conta de ofensa.
"MANUEL BORDALO" contrariou, pois, o filho quanto pôde. Chegou mesmo a conseguir colocá-lo como amanuense da "CÂMARA DOS PARES", a seu lado, na esperança de que o moço, dedicando-se ao trabalho, esquecesse as caricaturas.
O próprio "RAFAEL" decidiu matricular-se na "ACADEMIA DE BELAS-ARTES" portanto, por outros tipos de desenhos e pinturas. Mas a ironia e o espírito crítico estavam-lhe na massa do sangue. Aos 24 anos, lançava a sua primeira publicação, a "LANTERNA MÁGICA" de caricaturas para as quais obtivera autorização dos visados, pessoas superiores e com sentido de humor à frente da sua época: ALEXANDRE HERCULANO; BULHÃO PATO; PINHEIRO CHAGAS; RAMALHO ORTIGÃO; JÚLIO CÉSAR MACHADO; MANUEL DE ARRIAGA e outros mais...
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«LARGO RAFAEL BORDALO PINHEIRO[ X ]RAFAEL BORDALO PINHEIRO ( 4 )».
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